[RP] Nem é tão ruim assim

O dia de ir para a escola de magia e bruxaria chegava, mas ainda não tinha comprado nada dos materiais previstos. Era dependente da companhia de um adulto só que eles pareciam estar sempre ocupados com outras coisas.
Deitado no sofá, pensativo sobre minha situação embaraçada, arremessei mais um jogo para minha coleção de zerados: - Já esta quase na hora de me despedir de você... - murmurei baixo ao desligar o console. Certamente seria o objeto de casa que mais me faria falta.
Indeciso se deveria ou não, levantei com intenção de sair à rua. Talvez encontrar meus amigos trouxas para brincar uma última vez, e deles também precisava me despedir, visto que após o ano letivo começar só nos veríamos novamente nas férias de dezembro.
Terminei de vestir os sapatos quando escutei a campainha, caminhei até a porta e topei com meu tio em frente a ela: - Bom dia tio - Falei confuso, enquanto abria as trancas. Assim q o fiz ele com seu jeito breve e direto de ser, continuou: - Já esta pronto? Seu pai não avisou por que anda muito ocupado, mas me pediu para que te levasse comprar os materiais no lugar dele. Tudo bem por você? – Perguntou-me, então se virou e começou a andar, eu ainda confuso, mas como uma criança normal de 11 anos apenas consenti, enquanto apressava o passo para acompanha-lo.
O clima fora da casa estava escuro e frio, ruas desertas, conversamos pouco durante a caminhada, e após passar por algumas passagens secretas finalmente chegamos ao beco diagonal. Dali já conhecia algumas lojas, Gemialidades Wesley, Artigos de qualidade para quadribol e floreiros e borrões: esta última, por ter sido uma vez obrigado a entrar com minha irmã, só que desta vez ela estava muito mais cheia, deveria ser o prenúncio do inicio das aulas.
Outra loja igualmente cheia era o Sr Olivaras, renomada loja de varinhas mágicas. Recebi alguns poucos galeões do meu tio que me empurrou em direção a ela: - Temos pouco tempo, vá buscar sua varinha que compro seus livros, nos vemos de novo na Madame Malkin. Seja rápido ou vai voltar sozinho pra casa-. Ele não era muito atencioso com crianças, nada atencioso na verdade, uma sorte aceitar o pedido de me levar ao beco, refleti enquanto caminhava apressado em direção a velha loja.
Ao ver a loja por dentro me preocupo um pouco mais, pois talvez tivesse mesmo que voltar sozinho. Fico por alguns minutos observando como as coisas funcionavam, e então ao ver o dono voltar para atender o próximo cliente, passo na frente da fila que tinha quase uma dúzia de bruxos com seus filhos: -por favor senhor, tenho de ir pra Hogwarts, quanto custa uma varinha? – Perguntei apoiado no balcão, na torcida de ser atendido e não repreendido.
O senhor como se calcula-se o preço em mente responde pensativo: - Pra quem espera na fila costuma ser apenas 13G$, no seu caso ainda tenho de ver melhor – Alguns bruxos riem outros continuam sérios, sinto menos vergonha do que preocupação em não ter o dinheiro preciso. O homem se vira para algumas caixinhas de madeira próximas a ele enquanto prossegue: - Bruxos com tendência a se meter em confusão precisam de varinhas boas em feitiços defensivos, vamos ver o que ainda tenho aqui, Abeto, sorveira, talvez azevinho, o que você acha? –
Mesmo sendo uma pergunta genérica não vi melhor momento em poder interrompe-lo: - Na verdade acho que prefiro mais uma varinha boa em feitiços de ataque senhor Olivaras... – Protestei o mais educadamente possível. Recusando o meu pedido ele continuou: - Existem diferenças entre o que você quer e do que você precisa... Mesmo para sua idade você é um pouco mais baixinho não? – Falou o velho em mais uma de suas perguntas genéricas, mas agora ele tinha errado em cheio, sem me dar tempo de interrompe-lo novamente, para explicar que era o mais alto da minha classe, continuou: -  E o núcleo, ficarei surpreso se não for corda de coração de dragão, teste essa! – Ordenou o velho me empurrando uma das caixas pretas.
Recebi a mercadoria com descrença, e não preocupava em esconder a insatisfação. “Vou trocar de varinha com o primeiro aluno que encontrar na viagem pra hogwarts” pensei ao pegar a caixeta e ler em mente as escritas entalhadas no fundo “Sorveira, corda de coração de dragão, 20 centímetros, rígida.”
Passo a manga da blusa para tirar a poeira da tampa, depois deslizo a mão até o feixo, ao abrir a caixa me surpreendo um pouco, esteticamente ela era até bonita, de um cinza escuro levemente prateado tinha a empunhadura de uns 8 centímetros, zigrinada e contorcida em si mesma, já o corpo era um pouco mais fino, mesmo assim robusto, e seguia linearmente até seu fim. Tinha uma massa considerável, meu punho cerrado deixava alguns centímetros do cabo descoberto mas não era problema, avia de se encaixar melhor quando me tornasse adulto.
Sr Olivaras que me observava analisando a varinha, indaga se eu não a testaria, feliz pelo convite mas sem saber ao certo o que fazer corto o ar rapidamente com um movimento curto e transversal, duas frentes frias de vento divergem pela loja balançando objetos suspensos de pouco peso, e assoprando  parte da poeira q recobria a loja nas duas direções correspondenes: - Desculpe duvidar da sua reputação sr Olivaras, agora acredito em você, posso ficar com ela? – Perguntei com um sorriso contente de criança logo após o teste. Ele com o mesmo bom humor que mantivera desde o inicio consentiu: - Por que não? São só 13G$ - Feliz por ele não cobrar mais, retiro as moedas contadas do bolso e entrego a ele. Estava surpreso, sabia que algumas vendas podiam demorar horas por não encontrar a varinha correta, com a caixa na mão direita e varinha na esquerda saio da loja saltitando para encontrar a loja da madame malkin e posteriormente meu tio.