[RP FECHADA] Waking Up
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por Niara Durst. Laforet Sex Set 22, 2017 2:43 pm
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Niara Durst. Laforet
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Profeta Diário
por Niara Durst. Laforet Sex Set 22, 2017 2:43 pm
NIARA AKILLI
VESTINDO
O PROFETA
17H.
EVERYBODY WILL DIE, BUT NOT EVERYONE LIVES.
Não estava no melhor dos meus dias e sabia que meu trabalho acabaria sendo tão escuro quanto meu humor naquele dia. Tive uma longa briga com Corella por assuntos pertinentes à sua teimosia em deixar Saphira sob meus cuidados, uma discussão ainda maior com Aalyah pela constante movimentação de crianças no apartamento às escondidas e uma considerável crise com minha mãe, que tentava defender as duas. Minha cabeça estava prestes a estourar.
Estava se tornando difícil por as palavras no papel e a situação se agravava a cada tic tac do relógio. Já tinha uma puclicação inteira escrita, mas lhe faltava refinamento e minha segunda publicação, para o Profeta Vespertino, estava longe de ficar pronta.
O grande problema do teor deste trabalho é que a inspiração pode ir e vir em questão de segundos, flutuando conforme nossos sentimentos faziam o mesmo. Encarei o papel à minha frente outra vez, checando palavra por palavra e procurando deixá-lo o mais agradável quanto fosse possível.
Deixei a sala ao terminar em busca do café mais forte que pude encontrar, sentindo-o queimar e amargar minha gargante enquanto tentava dissipar minha frustração com o que acontecera em casa.
Só sentei à mesa outra vez quando tinha estruturado em mente todo o texto que queria escrever e, aos poucos, as palavras tomaram forma e pude respirar aliviada ao olhar para o trabalho pronto na mesa.
Termino horas depois, mas quando o faço posso entregá-lo para a edição com o orgulho de um trabalho feito e volto para casa com a tranquilidade no olhar de quem finalmente encontrou a solução para seus próprios problemas.
Estava se tornando difícil por as palavras no papel e a situação se agravava a cada tic tac do relógio. Já tinha uma puclicação inteira escrita, mas lhe faltava refinamento e minha segunda publicação, para o Profeta Vespertino, estava longe de ficar pronta.
O grande problema do teor deste trabalho é que a inspiração pode ir e vir em questão de segundos, flutuando conforme nossos sentimentos faziam o mesmo. Encarei o papel à minha frente outra vez, checando palavra por palavra e procurando deixá-lo o mais agradável quanto fosse possível.
- A metade da laranja:
- Ninguém é de ninguém, ninguém foi feito para ninguém. Por mais romântico e sedutor que seja cair na presunção de achar que alguém no mundo foi planejado e concebido especificamente para promover a sua felicidade, nada disso passa de um dos muitos modos doentios que o ser humano encontra para se livrar da responsabilidade. A metade da laranja é muito diferente do que esperamos que seja, no final, e muitas vezes, aquela metade muito menor que a sua, mais murcha, mais velha, vai ser a que mais vai lhe fazer sorrir e, errada ou não, você se adapta a ela.
Essa falácia de almas gêmeas, o conto dos “nascidos um para o outro” é linda na literatura, ainda mais linda em uma declaração de amor planejada para dizer que aquele ex não foi nada pra você, mas na vida real, nas duras penas de tentar fazer um relacionamento dar certo, essa conversa fica do lado de fora da porta, com todas as outras lendas que criamos.
Nenhuma "metade" é encontrada, mas construída. E não se engane, fazê-lo requer quatro xícaras de paciência, um quilo de boa vontade e dez colheres de parceria. É preciso, desde o início, saber que ambos os lados terão que ceder e que fazê-lo não te põe em desvantagem, mas que poupa o casal de uma talvez infrutífera discussão ou briga.
Essa receita, se assada em um forno aquecido com os melhores sentimentos, temperada com todo o respeito do mundo e recheada pelas diferenças saudáveis que existem entre todas as pessoas do mundo, é a fórmula secreta da laranja inteira, que não jamais será partida ao meio outra vez.
Deixei a sala ao terminar em busca do café mais forte que pude encontrar, sentindo-o queimar e amargar minha gargante enquanto tentava dissipar minha frustração com o que acontecera em casa.
Só sentei à mesa outra vez quando tinha estruturado em mente todo o texto que queria escrever e, aos poucos, as palavras tomaram forma e pude respirar aliviada ao olhar para o trabalho pronto na mesa.
- Declaração:
- Hoje sei que todos as minhas desilusões foram atalhos para me levar até você. E mesmo que pensemos no que nos afastou por tanto tempo, agora sei que foi apenas uma projeto do Destino para que pudéssemos aproveitar o reencontro. Hoje sei que te revi no momento certo, no lugar certo e no humor certo, pois não estava pronta para viver o que vivemos hoje e esse foi o presente mais incrível que a vida me deu.
Numa dessas reviravoltas do destino, me vi nos seus braços desejando que o tempo congelasse e que tivéssemos todo o tempo do mundo para se amar.
E por falar em amar, demorei a dizer por temer o papel de boba sem saber que já o fazia toda vez que olhava em seus olhos. E se prestasse atenção e olhasse bem fundo nos meus, lá estava toda a vontade de se entregar, de gritar aquele "eu te amo" que era sempre engolido. Cheguei aos poucos pra não te assustar, sem perceber que você já me conhecia por inteira. Fui me declarando com versos camuflados e coragem disfarçada pra entrar de vez no teu mundo e começar a construir o nosso.
Estou ciente da imprevisão do destino e me apavoro ao te imaginar distante de mim, mas permaneço assim. Vou torcer infinitamente para continuar a te ver sorrir pelas manhãs e se as voltas que o mundo der forem favoráveis, sei que haverá uma casa escondida entre as belezas da nossa terra esperando pelo dia em que voltarmos e, ainda que seja um recomeço, sei que estaremos disposta a ir onde for preciso.
Quando te digo, hoje, que te amo, sem motivo algum, durma com a certeza de que o faço com a sinceridade de quem perdeu aquele medo bobo de ser de humana e que já não teme o corte de novas feridas ou os arremates da felicidade.
Termino horas depois, mas quando o faço posso entregá-lo para a edição com o orgulho de um trabalho feito e volto para casa com a tranquilidade no olhar de quem finalmente encontrou a solução para seus próprios problemas.
A BEAUTIFUL BODY HAS A BEAUTIFUL SOUL INSIDE.
Niara Durst. Laforet
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