[RP] Wie geht's dir?

Hail Kilieger !

Revirei os olhos só com a ideia de visitar o Gingotes, desde pequena me questiono sobre o intuito de trabalhar em minha família, já que Harriet detém de um poder econômico abundante. Já estávamos fazendo compras no beco desde cedo, muitas ervas e utensílios, a medibruxa precisava reabastecer seu hospital pessoal na ilha Orwell Krahl. Vovó sempre dizia que aquele lugar lhe faz relaxar, uma botânica completa e objetos mágicos criados por ela tornavam aquela ilha um paraíso medicinal. – Vó, se importa se eu for tomar um chocolate? – Pedi de forma respeitosa e humilde, estava diante de meu maior exemplo de mulher. A mesma me olhou desconfiada e pensou alguns segundos, até que com um acenar de cabeça liberou minha ida ao mundinho dos doces.

Algo me dizia que apena a diretora do mungus me conhecia de verdade, conhecia o meu íntimo e o pior lado de Pandora, até então pouco aflorado. Estava chovendo mas nem dei bola, corri até a entrada da pequena loja, seu interior era quentinho e aconchegante. Alice havia cortado cafeina de meu cardápio e muito a contragosto respeitaria sua ordem, então segui meu caminho e me sentei no balcão ao lado de um rapaz que havia chego antes de mim. Logo apareceu uma das funcionarias, seus feições não era lá das mais felizes, porém o que mais tem no beco é funcionário descontente. – Boa tarde senhorita. – Falei bem educadinha, era a melhor forma para não ser maltratada e conseguir o que desejava.

Sorri de forma simpática e isso deixou a mesma sem reação, talvez não esparasse tanta simplicidade vinda de um cliente. – Poderia me trazer um copo de leite de cabra, quente, barrinhas de chocolate e alguns biscoitinhos? – Pedi a mulher que retribuiu o meu sorriso e de forma cordial foi buscar o que por mim foi solicitado. Olhei de relance o jovem ao meu lado, o mesmo era totalmente sem expressão, tipo de coisa que me deixava muitíssimo instigada, tudo graças ao meu dom. Contive meus instintos e foquei meus pensamentos em outra coisa, nesse caso as crianças que brincavam e corriam pelo salão, seus pais claramente cansados e só querendo um sopro de ar fresco sem aqueles pentelhos. Logo que a funcionara chegou com meu pedido tratei de gradecer, primeiro colocou um pratinho com os biscoitos, depois um segundo pratinho com os chocolates e assim que a mesma colocou o copo sobre o balcão aconteceu um pequeno acidente.

Sem querer a mesma acabou derrubando o copo e um pouco do leite caiu na perna do rapaz que estava do meu lado, logo o mesmo ficou furioso e eu caí na gargalhada. Era inoportuno, mas foi tão cômico, a senhorita pediu desculpas e logo deixou o local, me deixando sozinha com garoto transtornado. – Desculpe, sei que rir não é apropriado. – Falei pegando um guardanapo de pano que levava em minha bolsa, havia meu nome bordado em rosa e algumas estrelas. Tentei limpar suas vestes o máximo possível, – Eu sinto muito, muito mesmo... – disse tentando ajudar o rapaz. Também ficaria furiosa mas como não foi comigo, é fácil manter a calma e até achar graça em tal cena.

Hail Kilieger !

Que situação patética fui me meter, contando com certeza ninguém acreditaria, o rapaz foi bem grossinho com a mulher. Uma reação relativamente aceitável tomando seu estado de espirito após tomar um pequeno banho de leite quente. Ergui uma das sobrancelhas e gargalhei ao ouvir seu murmuro sobre minha culpa no episodio, serio mesmo que ele estava se ouvindo? Certas coisas na vida é melhor ignorar, principalmente se for um cara estressado e molhado. – Pandora. – Falei deixando meu guardanapo sobre a mesa, não lhe jogaria em minha bolsa, deixaria tudo com aquele cheiro estranho. – E o seu? Senhor esquentadinho? – Questionei o rapaz ao meu lado, me via no direto de também saber com quem me sentava. Suas ações, respostas rápidas intuitivas eram bem parecida com as minha há algum tempo, porém como uma grande observadora, pude notar ações erronias em meus costumes.

Não que eu não sinta falta de ser grossa e colocar certas pessoas em seus lugares, todos dias tem alguém pra me tirar do sério. Porém consegui entender que no momento em que me encontro, ainda não estou em posição de ser tão prepotente, preciso de aliados, mesmo aqueles sem muita função futura. Quando deixarem de me ser útil podem ser descartados, como o pior corte da carne. – Pelo visto hoje não é seu dia, pena que perdi minha bebida. – Proferi pegando o primeiro biscoitinho que estava sobre o pratinho, felizmente eles estavam a salvo. As barrinhas de chocolate tinham nenhuma função no momento, a intenção era que elas fossem derretidas no leite mas agora meu leite foi por água a baixo. – Servido? Sem o leite o biscoito não fica tão bom... – Ofereci a Kilieger de forma educada mas ao mesmo tempo informativa, estava decepcionada por não ter meu pedido completo.

Levantei a mão chamando a funcionaria que estava assustadíssima e provavelmente desconfortável a ter que retornar a nossa presença. Sorri de forma que tentasse deixar a mesma mais confortável em uma situação tão desconfortável. – Primeiro gostaríamos de pedir desculpa pelo modo que esse senhor lhe tratou, foi desnecessário. – Falei em um tom muito calmo e antes que o mesmo pudesse negar ou contradizer a minha frase, sei um leve chute em sua canela, para que o mesmo não interromper meus planos. – Bem, eu sei que logo você ira trazer uma nova bebida para mim e que esse nosso lanche será cortesia da casa. Aproveitando, você pode trazer mais um Capuccino para deixar meu amigo aqui mais calmo. – Solicitei isentando nossa conta, não que precisasse desse tipo de coisa, se tem uma coisa que minha família me dá é dinheiro. Mas não poderia deixar essa oportunidade de carta branca do paraíso dos doces passar em branco, comer todo aquele açúcar de não pagar nada. Fazendo do limão uma limonada.