[RP Fechada]A cruel fate now condemns us to burn to a cinder...

Cruella caminhava pela loja abarrotada de livros com um espanador imundo na mão direita, corria até o balde com água limpando-o para voltar a limpar as estantes. Poderia fazer aquilo mágicamente enquanto estava sentada tomando um milkshake? Podia, mas gostava de limpar manualmente, enquanto cantava, os fones ouvidos grandes o suficiente tocavam The Phanton Agony e ela sorria enquanto cantarolava pela loja. Sua voz doce e melodiosa enchendo o lugar de sua canção favorita. A porta estava entreaberta, mas Cruella sabia que quase ninguém aparecia por aquele horario. Suspirou enquanto alguns livros resolveram mudar de estante para sua sorte, foram acomodar-se numa estante limpa. A ruiva começava a gostar da inteligencia mágica desses livros, eles mesmos não suportavam o nível de poeira do lugar.

Depois de sacuri o espanador outra vez, a mulher que outrora cantarolava foi tomada por uma crise de espirror, o rosto vermelho e os olhos lacrimejantes a fizeram sorrir: - Desgraça pouca não é mesmo Cruella? Sussurrou para si mesma enquanto corria em direção a bolsa para pegar um anti alérgico. Tomou uma pequena dose da poção e agradeceu a Merlin pela prima ser uma ótima herbologista. Voltou mais calma para o trabalho e continuou a limpar a poeira, depois de ter tirado o pó de grande parte das estantes de madeira, com um aceno da varinha uma vassoura começou a limpar o chão da loja, tirando a grossa camada de poeira que deixava o chão marrom num tom de cinza terroso. Com um sorriso satisfeito a ruiva sentou na enorme cadeira atrás do balcão e puxou um copo de café, um senhor copo de café, Cruella precisava forças e o café tinha tudo que ela nessecitava.

A música nos fones mudara e Cruella se levantou dançando de um lado para o outro com uma prancheta e pena nas mãos, conferindo os estoques de livros novos e usados de Hogwarts, esses não podiam faltar nunca, separou alguns por anos, montando pilhas estratégicas, era mais facil fazer o pack de cada ano. Sorriu consigo mesma cantarolando Bubblegum bitch e suspirou ao final das pilhas feitas militremicamente organizadas para facilitar. Pegou o maço de chaves de cima da mesa, mas decidiu ficar mais um pouco, certas coisas precisavam ser arrumadas no caixa. Religou os fones e as notas da musica levaram seu corpo junto.

A ruiva saltou
ao ouvir a sinetinha chata da porta e sorriu ao ver a prima:— Addy para de me encher e deixa eu dançar, não tem ninguém aqui... Sussurrou Cruella indicando com a mão todo o local vazio. Voltando a acenar com a varinha, a ruiva dança enquanto organizava os livros mais teimosos das prateleiras mais altas. Desviou o olhar do que estava fazendo com a velha caixa registradora para ver a prima se embrenhar entre as prateleiras procurando alguma edição antiga de algum livro de herbologia que Cruella fazia uma mínima noção de qual seria.

O silêncio que se seguiu era constrangedor e bom, Ella amava a prima como a uma irmã e tê-la ali era reconfortante. Começou a cantar The Phantom Agony e passeou atrás de Adallyn olhando as lombadas dos livros mais altos. Estava puxando o livro que a prima queria quando o nome de Killian era citado. Cruella sentiu a pressão despencar, as pernas bambearam, faltou oxigênio em seu sistema e ela caiu sentada no chão.”não chore, elas tem razão” Aquela velha vozinha da consciência que atacava as vezes sussurrava na mente de Cruella que a vida fora feita para ser vivida. Tentando recuperar o equilíbrio Ella respondeu: — Mamãe não vai descansar enquanto eu não morrer com uma ligação de alma rompida de forma falsa… Não quero homem nenhum Adallyn, pra quê se apaixonar? A Mégara não vai gostar, ele não está à altura, ele vai me largar… é o que todo mundo sempre faz. Disparou Cruella amargamente para a prima que estava a suas costas, não queria encará-la, tinha o rosto encharcado por lágrimas que caiam molhando o tecido negro da roupa. Maldição, em dias como esses Cruella desejava ser apenas um trouxa comum. Tirou a varinha do chão apontando para a porta do estabelecimento para fechá-la, tudo que não precisava eram clientes agora.