{Rp Fechada} ♪Gira gira Roda gigante quem leu girou também♫

Depois de um logo dia fazendo sessões de fotos, Safira estava cansada de não olhar pelo menos a atração turística principal  de Santa Mônica. Mais também ir assim que saísse do trabalho faria com que tivesse zero proveito, por isso foi pro quarto do hotel tirar um pequeno cochilo pra ter sua energia reposta. As horas passaram e com elas, o despertador que a loira havia colocado também tinha sua hora de trabalhar e com exatidão acordou sua dona que ainda estava sonolenta e com dificuldade olhou as horas que marcavam exatamente seis e meia da noite. Com muita preguiça foi capaz de levantar-se retirando as roupas que vestia para entrar logo em um banho rápido de ducha para despertar e deixa-la com frescor. — Deveria vestir algo mais despojado, e não tão chamativo. Leonard me deu uma blusa de presente, eu a trouxe, vou vesti-la. Você faz falta sobrinho... Você também Clarinha, os dias tem sido menos coloridos sem vocês dois em minha vida, e na mansão.... — Era notável que os últimos acontecimentos arrasaram Safira de uma maneira mais profunda do que muitos imaginavam. Ela tinha passado por muita coisa triste que fazia seu coração doer, desilusão amorosa, e perda de entes queridos....  Certamente foi uma boa decisão ir espairecer sozinha aonde ela em breve irá.

Após trinta minutos, a jovem finalmente chegara no famoso Pier de Santa Mônica. Não estava com uma animação habitual que antes tinha, porém tinha caprichado no visual, e no perfume, foi como se tivesse escutado não vá simples tia, você é linda demais para ir simpleszona arrasa nesse look que quero você um arraso. Certamente aquele jeito de Leonard fazia falta, mais sem perceber estava caminhando enquanto divaga sobre seus sentimentos amargurados foi quando notou um espaço bem vazio lá na frente do Pier, e então simples rumou até lá se debruçando levemente sobre a beira com os cotovelos enquanto apreciava o maravilhoso entardecer enquanto cantarolava. —Extrañarte es mi necesidad vivo en la desesperanza, desde que tú ya no vuelves más. Sobrevivo por pura ansiedad con el nudo en la garganta y es que no te dejo de pensar. Poco a poco el corazón va perdiendo la fe, perdiendo la voz... — Cantava a melodia na letra original, focando no horizonte, sentindo a suave brisa apalpar seu rosto e realçar sua voz levando aquela melodia triste a outros cantos e outras pessoas, sua voz cada vez mais aumentava. E pode não parecer, mais a bela voz da meio veela, era tão graciosa e suave com um toque de doçura que provavelmente remeteria uma paz triste no coração de quem ouvisse, pois naquele momento só pensava na sua família, e principalmente no panico de perder Olga para Marc.

+So I sneak out to the garden to see you: We keep quiet 'cause we're dead if they knew So close your eyes, escape this town for a little while♫

Søren recordava-se claramente, e com certa nostalgia, da história que sua mãe lhe contara quando ele ainda era uma criança que não conhecia nada além da majestosa Dinamarca. Ela falara sobre uma viagem à Califórnia que realizara com o seu marido pouco depois do casamento e antes mesmo dele nascer. O garoto se encantara com o brilho presente nos olhos maternos ao contar-lhe sobre o Píer de Santa Mônica, lugar que para ela era certamente o mais mágico dentre o mundo trouxa. Após décadas Søren mostrara que havia herdado o espírito explorador do pai, desbravando grande parte dos países europeus. No entanto, ao lembrar-se daquela memória terna de sua mãe percebera que nunca antes havia visitado o local fascinante do qual ela lhe falara. Ele sentia inexplicável vontade de ver o píer com seus próprios olhos, talvez ansiando compreender a tão verdadeira emoção que fora sentida por sua progenitora e, posteriormente, passada a ele. Vendo-se com tempo livre, decidira finalmente tocar os pés em solo americano, pensando que talvez agradáveis surpresas estivessem à sua espera.

O entardecer crepuscular atribuía distintos tons ao céu, mesclando cores que gradativamente tornavam-se uma. Os olhos esmeraldas de Søren caminhavam pelas luminosas atrações espalhadas ao redor do píer, tendo sua atenção completamente tomada pelas singularidades do local. Ele percorria a passos vagarosos entre os muitos visitantes, podendo ouvir as vozes entusiasmadas e os risos de alegria. Sua mãe estava certa, o famoso Píer de Santa Mônica era, de fato, cativante em cada um de seus detalhes. Contudo, o destino havia o reservado beleza ainda mais fascinante e inesperada naquele início de noite.

Conforme se aproximava dos limites do píer, o homem pôde ouvir uma triste melodia provinda da mais bela voz que até então escutara. O tom doce e feminino invadira seus ouvidos irrestritamente, tragando-o de maneira quase hipnótica. Søren sentira magnética atração ao doce toque do soar em seus tímpanos, deixando-se guiar pela música que se tornava mais alta à medida que se aproximava de sua fonte. Quando seus olhos pousaram sobre aquela que emitia o pesaroso canto, Søren fora imediatamente cativado. As mechas douradas da desconhecida moviam-se com os toques suaves da brisa constante, levando seu doce perfume ao homem que já não podia deixar de observá-la. As luzes finais do entardecer incidiam sobre ela de forma mágica, realçando ainda mais sua inegável e impactante beleza.

Ele caminhou em sua direção quase sem perceber, parando ao ao seu lado.  — A sua voz é linda. — Dissera em um impulso impossível de se conter, fitando-a com evidente interesse. — Peço perdão pela interrupção, mas o pesar em seu canto me intriga. De onde vem essa tristeza? — Ele sabia que poderia estar sendo uma inconveniência para ela, mas não conseguia conformar-se ao ver tão encantadora mulher expressar tão tocante tristeza.  Ele se perguntava como alguém poderia desejar magoá-la, sendo incapaz de obter uma resposta.  — Posso saber o seu nome? Me chamo  Søren, é um prazer. — Sorriu espontaneamente, perdendo-se na imensidão dos olhos daquela bela desconhecida.  

Com toda certeza o destino é bem zombeteiro, justo no dia que havia decidido conhecer o pier, um homem misterioso aparecia. Safira estava tão imersa nos sentimentos, aproveitando o clima e a paisagem do entardecer junto da melodia que ecoava dos seus lábios, que não percebeu a aproximação daquele homem alto e forte, sendo trazida a realidade pela voz melodiosa do mesmo.

Surpresa virou-se na direção da voz, ficando ainda mais surpresa pelo olhar do mesmo que eram um lindo par de esmeraldas. Sem jeito pelo elogio, sorria da mesma maneira e ajeitava algumas mechas de cabelo atrás da orelha enquanto o fitava de forma investigativa, foi um encontro inesperado com um elogio tão inesperado quanto. — Obrigada, gentil da sua parte dizer isto. — O encarou ainda meio sorridente, e depois mirou o vasto oceano novamente. Retornado o olhar ao do belo desconhecido, quando escutou aquela pergunta. Oposto de alguns minutos, o semblante era triste. Mas ela não ligava em responder, já tinha tido sua cota de solidão e companhia humana faria bem. — Não se incomode com isso, não interrompeu nada. Minha melodia que estava alta demais, me deixei levar, é que ser cantora é um sonho não realizado. Peço desculpas se a melodia o atrapalhou de alguma maneira. Quanto a resposta para sua pergunta, vem da vida injusta, do destino cruel, e de um coração dilacerado pelas perdas, da alma que morre a cada dia pela dor que o coração sente, pelo sofrimento que é passar por tudo isso... — Respondeu em enigmas que era mais um desabafo, estando farta daquilo tudo ela só queria a felicidade de volta. Apesar disso, ela não deixava de demonstrar um olhar triste e doce enquanto observava aquele homem alto. — Já amou tanto alguém e no final simplesmente a história que passaram juntos foi descartada como lixo? A vida é uma linda lança infinita de dois gumes, ambos lados podem te ocasionar momentos felizes, e ambos lados podem lhe remeter ao vislumbre da insanidade ao trazer sofrimento. Sofrimento a crianças que não mereciam morrer queimadas… Sofrimento de não ter sido capaz de salvar… Simplesmente dói, e não para de doer — Suspirou em tristeza.

Tal aumento de tristeza não durava muitos minutos, o moreno peculiar se apresentava como Soren. Um nome diferente certamente, mais mesmo assim ele mantinha aquele olhar que confortável e não parava nem um momento de olha-la e isso não causava desconforto por que junto do olhar suas palavras pareciam querer confortá-la, além de demonstrar interesse no motivo que causava aqueles sentimentos tristes. — É um nome bonito, acho que combina com você. Sou Safira, e é um prazer te conhecer. O que lhe traz até esse parque de diversões? Não vale dizer sobre minha voz. — Sorriu menos cabisbaixa, olhando fixamente no sorriso contagiante por assim dizer de Soren.

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A loira atendeu ao som de sua voz de imediato, expondo um sorriso surpreso e sincero que realçara ainda mais sua indescritível beleza. Søren não podia deixar de fitá-la, imerso em seus olhos e em cada pequeno detalhe em sua expressão. Ele pôde perceber certa tristeza no semblante feminino assim que lhe fizera a primeira pergunta, imaginando o peso que preenchia em excesso o seu fragilizado coração. — Um sonho não realizado? Com uma voz como a sua, tão verdadeira e repleta de sentimentos, eu digo com confiança que não conheço melhor cantora, por mais famosa que seja. — Sorriu brevemente, sentindo a brisa vinda do mar tocar sua pele como se desejasse atrair seus olhos para sua imensidão, mas incapaz de tirar sua atenção da mulher ao seu lado. — Não há porquê se desculpar. O seu canto, embora triste, me encantou por completo. — Ele falava com confiança e assertividade, agindo de forma espontânea, como sempre lhe fora natural.

Quando a loira finalmente lhe respondera, descrevendo o motivo de canto tão pesaroso, Søren pôde notar a sinceridade plena em sua voz, da mesma forma que percebera em seu cativante canto. Mesmo que ela não estivesse explicando-o em detalhes o que lhe acometera, ainda assim era capaz de transmitir seus sentimentos inteiramente. O homem atentava-se a cada uma das palavras femininas, fitando-a com intensidade, como se desejasse arrancar toda a tristeza de sua alma de uma única vez. Era difícil explicar o que ele sentia naquele momento, ele acabara de a conhecer, mas vê-la daquela maneira causava-lhe inesperado desconforto. — Por mais honestas que sejam suas palavras eu posso apenas imaginar a dor que você sente. Sei que sou apenas um estranho, mas sinto uma incontrolável vontade de ajudá-la de alguma maneira. — Ele suspirou, levando sua destra até uma das mãos femininas, tomando-a seguramente na sua em um ato reconfortante. — A vida é injusta, mas é acima de tudo misteriosa. As pessoas amadas que você perdera desejam a sua felicidade, sei que falar é muito mais simples, mas continue a sorrir e a vida sorrirá de volta em algum momento. — Sua mãe surgira mais uma vez em seus pensamentos, lembrando-lhe da dor que sentira com sua perda ainda em sua infância.

O semblante da loira pareceu iluminar-se sutilmente ao apresentar-se, voltando a expor o sorriso que para Søren era o mais belo que já vira em toda sua vida. — É diferente, eu sei. Sou dinamarquês, por isso o nome pouco familiar. — Sorriu, contagiando-se pela atmosfera confortável que ela o transmitia. — Safira? Como a mais bela joia. Também acho que combina com você. — Ele tentava animá-la, mas de fato nada do que a dizia era exagero. Sentia-se atraído por ela, por seu olhar, por sua voz, por seu sorriso doce e pelas mechas douradas de seu cabelo que moviam-se com o toque gentil do vento. — Minha mãe esteve aqui com o meu pai há muitos anos, antes mesmo deu nascer. Ela sempre me contara o quão lindo esse lugar é, finalmente pude ver com meus próprios olhos. Só não esperava encontrar algo ainda mais surpreendente. — Fitou-a em mescla de fascínio e curiosidade, como se tentasse desvendá-la por completo.  

Na vida Safira tinha recebido muitos olhares, e na maioria das vezes era desconfortável. Entretanto, o moreno olhava fixamente de forma quase hipnótica para a jovem meio veela, e apenas transmitia segurança e conforto além do interesse em talvez poder conversar com a mesma? Ele também era extremamente gentil, e espontâneo. Ocasionando uma atmosfera que Safira não se sentia mal, parecia menos tensa e feliz por ter uma companhia. — Agradeço pelas palavras gentis, porém mesmo sendo um sonho possível a estrada atualmente é com mais obstáculos do que um caminho reto. Além disso, existem maneiras modernas de mostrar o talento musical, a famosa internet. O que me faz lembrar se eu voltar para casa, sem doces e uma pelúcia gigante de gatinho… Olga irá virar uma dragãozinha, querendo saber cadê os doces e gatinho dela. Voltando a falar sobre música Soren, gosta de escutar alguma coisa? Ou não é ligado nisso? — Apesar de soltar aquilo sobre sua filha, existiam mais crianças naquela casa, que também haviam pedidos coisas. Raphahell, quase não deixou que viajasse sem que prometesse trazer uma lembrança para ele do pier. Enquanto Mors, mesmo não sendo criança, tinha alma de uma e por isso ela e Safira eram como mãe e filha, ao mesmo tempo que eram como irmãs duas almas de crianças. A jovem Hughes sorria lembrando do pedido da prima, que pedia o vestido mais bonito da coleção que Safira estava participando. Voltando a realidade, estava ela e Soren, ele um recém conhecido que demonstra uma fofura por assim dizer, ao ter tanto interesse e querer que ela não estivesse tão triste. Algo diferente que nem ela estava tão acostumada, poucas pessoas faziam ao seu redor, se resumindo a sua família, e Lars o celibata [strike]que dá vácuo em postagens[strike/].

Respirou fundo quando escutou a doce frase do moreno, e olhou pro mesmo com toda doçura do mundo. — Me faz bem saber que o canto, não o atrapalhou e ainda lhe mergulhou nos sentimentos da letra. Mesmo sendo o início da canção, às vezes a melhor maneira de se expressar não é conversando sobre o que deixa a gente mal, e sim uma forma alternativa. Suas palavras desde da primeira frase, tem sido lindas e gentis, obrigada de verdade. — Agradeceu fitando a expressão segura que ele tinha no rosto. O anoitecer se aproximava, e com ele as suaves brisas do mar não tinham intenções de descansarem, a todo momento tocavam seu corpo por inteiro fazendo os longos cabelos loiros voarem sutilmente, tendo que ajeitar uma vez ou outra. Ao encarar aquele mar que aos poucos deixava de realçar o sol, para dar lugar a luz da lua, veio em sua mente o que Lars havia dito, que tal um sorriso Fira? Soren, não era o doido e inconsequente amigo Lars, mais tinham algo em comum eram tão doces e gentis mesmo que parecessem o oposto, sempre
um sorriso verdadeiro da loira. Isso porque escutar aquele homem tão alto e forte, que estava ao seu lado sendo encantador e muito educado, proferia palavras tão verdadeiras e ao mesmo tempo tão cativantes que só parou de pensar nisso, quando sentiu o toque da mão dele sobre a sua envolvendo-a posteriormente, em um segurar de ambas. Safira entrou em um estado ruborizado que se tocassem em suas bochechas, sentiriam o grande calor emanado dali. Não teve reação, e cogitou até achar que estava gaguejando mais nem falar estava, com um pouco de dificuldade respirou profundamente se acalmando aos poucos.

Estando mais calma e menos sem jeito, olhou a mão dele, subindo logo depois sua visão para seu rosto um rosto… Lindo, ele parecia até um viking moderno. Analisou a expressão contida nele, o olhar penetrante dele para si, a vontade que possuía era tão meiga e incomum, é pode-se dizer que ele tinha cativado-a por completo, imediatamente a loira se emocionou com pequenas lágrimas rápidas e passageiras ostentando um sorriso aliviado. — Soren, você é meigo, fofo, e doce, além de confiante e muito mais muito boa pessoa. As palavras que disse, tocaram profundamente em mim. Mesmo não parecendo, vim aqui por este motivo: sorrir por eles. Embora com sua ajuda tenha realmente sido mais fácil, e levado menos tempo. É injusta e cruel… Mas com as companhias certas se torna menos misteriosa e dificultosa. Além disso, você já ta ajudando e muito. Veio até mim uma completa estranha, sim, seguiu a melodia só que assim que identificou de onde vinha poderia ter dado meia volta, mas não veio até mim e estamos aqui conversando. — Ainda ostentava um sorriso singelo, enquanto limpava a emoção do olhar.

Se recompondo parcialmente, suspirou e inspirou e depois respirou profundamente, olhando o moreno nos olhos escutou comentar sobre seu próprio nome, e como sempre o olhar dele parecia cada vez mais brilhar e cintilar conforme encarava Safira. — É um diferente bonito. Confesso que nunca teria pensado que fosse dinamarquês, tanto você quanto seu nome. Eu sou Inglesa e Italiana, mais falo fluentemente quase todos os idiomas locais dos países importantes, pois sou um pouco viciada em idiomas estrangeiros . Até porque ser modelo sem saber os idiomas, pelo menos que tem uma importância na carreira é totalmente afundar as chances de qualquer sucesso. — A conversa fluía muito bem, e quando percebeu já tinha anoitecido foi quando olhou para onde tinha os brinquedos e a visão foi magnífica, tudo brilhando e piscando colorido. Soren elogiava seu nome, causando rubor na hughes, pois ele a comparava com uma joia. — Obrigada… Também gosto, pena que não tenho o coração do oceano. É uma joia em formato de coração, com uma pedra azul também no mesmo formato, precisamente um diamante azul ou safira, não recordo direito no momento. — Suas tentativas de animá-la eram tão bonitinhas, que ele conseguiu arrancar um sorriso meigo da mesma.

Se surpreendeu quando escutou o motivo da sua visita ao local, e fitou seu rosto corando imediatamente com a parte final do que tinha dito. — Obr-igada… — Disse completamente sem jeito, não conseguindo encara-lo para argumentar sobre sua mãe, fazendo isso desviando o olhar enquanto coçava as maçãs do rosto com o polegar da destra, e ajeitava o cabelo com a outra. — Que lindos, seus pais pareciam um casal jovem e com muita paixão e amor. Ela fez bem em dizer sobre, graças a isso pude te conhecer, e agora me sinto bem melhor, e pelo visto você também compartilha do mesmo pensamento. — Sorria ainda mais sem jeito, e as palavras saíam com um misto de vergonha e sem graça por que ele a fitava de uma maneira ainda mais curiosa, beirava a uma hipnose da parte dele que Safira olhava envergonhada demonstrando um olhar meigo. [color=#cc3366]— J-J-J-á que viemos conhecer melhor o pier, deveríamos aproveitar para voltar a multidão e olhar as barracas. É… digo não ache que to querendo lhe dar perdido, apenas acredito que é um desperdício estar aqui e não olharmos e andarmos nos brinquedos, por que não fazer juntos já que viemos fazer a mesma coisa. Ou podemos continuar aqui, e conversaríamos da mesma maneira, com a condição de me esperar pois está batendo uma fomezinha.

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O domador de dragões pôde perceber que, ao longo da conversa, o semblante de Safira tornara-se mais alegre enquanto seu corpo parecia permitir-se relaxar, mesmo que vagarosamente. Ele sentiu-se verdadeiramente satisfeito por vê-la daquela maneira, afastando-se ao menos durante aquele breve momento dos pesarosos pensamentos que a pouco a afligiam. Søren sentia um distinto e sutil aquecimento em seu tórax a cada novo sorriso que brotava dos lábios femininos, como se a beleza da loira lhe arrancasse subitamente o ar de seus pulmões. — Tenho certeza que fará sucesso independente dos meios que utilize para isso. Você é incrível. — Sorriu largamente, passando os dedos sobre a barba espessa brevemente, assumindo expressão de curiosidade. — Olga? Por acaso é sua filha? — Ela certamente era uma mulher jovem, na casa dos vinte anos, mas não seria nenhuma loucura caso já possuísse uma filha pequena. O pensamento de que talvez ela fosse uma mulher comprometida lhe causara certo desconforto momentâneo que, naquele momento, fora simplesmente ignorado. — Aliás, eu entendo bastante sobre dragões e dragõezinhos, caso precise de alguma dica. — Brincou, rindo espontaneamente.

A doçura mesclava-se com enigmático encanto na imensidão dos olhos de Safira, que lhe fitava em retribuição ao seu intenso e constante olhar. — Não precisa me agradecer. Eu pensei que, se tivesse a menor chance das minhas palavras te ajudarem, eu tinha que tentar. — Suspirou, olhando para o mar pela primeira vez desde que a encontrara, observando o cair definitivo da noite e a ascensão da lua em seu natural esplendor antes de retornar ao sorriso de Safira. Ele pôde notar com clareza o rubor que tomara conta do rosto feminino no instante que ele tocara sua mão, não podendo evitar um sorriso de canto com o quão linda e meiga ela lhe parecera naquele momento. A loira pareceu emocionar-se com o que Søren acabara de lhe dizer, permitindo que pequenas lágrimas se formassem em seus olhos antes de deslocarem-se por sua pele alva. Em um impulso motivado por indescritível vontade de confortá-la, uma de suas mãos moveu-se até seu rosto, tocando-o e enxugando-o gentilmente. — Faz bem chorar de vez em quando, não é? Sente-se melhor agora? — Sorriu para ela enquanto a observava com os mais doces olhos. Ele não deixou de atentar-se a cada uma das palavras femininas, não evitando um riso breve de contentamento com os elogios que recebera. — Eu agradeço de verdade, mas foi o seu canto que me motivou a vir até aqui e que me encantou tão verdadeiramente que me deixou sem qualquer escapatória. Não que eu queira fugir, pelo contrário. — Passou as mãos pelas mechas escuras de seu cabelo que moviam-se com a brisa constante, estando completamente cativado pela joia que acabara de encontrar.

— Deixa eu ver se entendi bem. Além de uma incrível cantora você também é uma modelo, e a julgar pela sua beleza e sorriso provavelmente a melhor de todas, e ainda poliglota? Eu te achava incrível antes mas agora você passou dos limites. —  Sorriu divertido, sinceramente surpreso e fascinado pelas qualidades diversas e variadas que ela possuía. — Tenho certeza de que se trata de uma joia belíssima já que chamou a sua atenção. Mas aposto que não há coração mais puro do que esse que bate no seu peito. —  Søren acompanhou o olhar feminino quando este voltara-se às atrações e brinquedos que espalhavam-se ao redor do píer, sabendo que a beleza das cores em meio à escuridão noturna a encantava tanto quanto a ele. Ela voltava a enrubescer com as falas do homem que sentia seu coração pular uma batida sempre que a via em timidez. — Sim, meus pais sempre se amaram muito. E concordo plenamente, me sinto ótimo com a sua companhia. Você foi a melhor das surpresas, Safira. — Seu semblante permaneceu sério mas imerso em suavidade, como se fluísse por todos os bons sentimentos que aquele lugar e Safira lhe traziam. — Claro, eu adoraria te acompanhar. E fome é um problema sério, precisamos resolver isso. — Riu brevemente, oferecendo seu braço direito para que ela pudesse tomá-lo nos seus, acompanhando-a em proximidade não apenas devido à brisa levemente fria que começava a soprar, mas para tê-la junto de si. — Vamos? — Manteve um sorriso carinhoso, fitando-a com certa apreensão.

— Ganhei um fã numero um aqui, to até emocionada. Obrigada Soren, é bom ter esse apoio e confiança no meu talento. Se eu usar a internet, te farei como convidado especial no primeiro vídeo do canal.  — Riu da brincadeira que fazia com o mesmo, notando que também tinha um sorriso encantador, não só o sorriso mais a barba que possuía era charmosa. — Olha só, você é perspicaz! Sim!! Minha bebezinha ela, meu tesouro mais precioso. Mesmo que digam o contrário, para mim independente de não ter segurado ela na barriga por noves meses, ela é sangue do meu sangue. Adoção é bem comum na minha família, tenho inclusive sobrinhos e prima adotados, por isso quando a vi naquele orfanato e nossos olhos se encontraram soube que precisava adotá-la, era minha sina o destino da minha vida, fazer dela a garota mais feliz do mundo. A amo do fundo do meu coração. É minha bebê gigante sabe? Uma moça já, crescem rápido, até demais. E sempre cuidei dela sozinha, só recentemente a poucos meses que meus primos entraram em cena, pois sou solteira. Aí fui morar com eles, deixar a solidão de lado e a distância, sempre amei aquele bando de malucos. Quando pequenos moramos juntos também, foi uma época divertida. — Sorria animada contando sobre Olga e seus primos.


— Vou lembrar disso, quando ela soltar fogo por não ter doces. Ligarei imediatamente para você. — Respondeu dando risada. — Que amor isso!! Foi um doce da sua parte, e continua sendo um doce afinal acredito que suas intenções continuam iguais, ou até aumentaram agora que viu que suas palavras funcionaram como queria. — Fitou seu rosto com um olhar gentil, enquanto sorria meio sem jeito e abobalhada sentindo a brisa novamente passar pelo local.

Assim que viu as lágrimas rolarem, Soren imediatamente elevou sua mão até o rosto de Safira secando as mesmas, por mais que quisesse ter um autocontrole incrível foi impossível naquele momento um misto de arrepio, surpresa e rubor tomava conta de si. O toque daquela mão grande, de um homem tão fascinante e peculiar como era Soren, que demonstrava cada vez mais interessante nela, e tinha um toque gostoso e viciante. Por alguns momentos perdeu-se naquela sensação, sorrindo de forma meiga e envergonhada automaticamente ela gostava daquilo, carinho e fofura a conquistavam em muitos aspectos e ele é um homem carinhoso e cuidadoso. Ainda hipnotizada por seu toque aveludado e firme, Safira respondia no automático. — Com um toque carinhoso desses, dá vontade de chorar só para recebê-lo mais vezes. — Segundo após dizer aquilo, percebeu o que havia dito e corou ainda mais. — DD-dd-ii-go, ss-sim chorar alivia, o-obrigada pp-ee-elo gesto carinhoso.EE-Estou melhor ss-sim.. — Gaguejou algumas palavras, em completa vermelhidão pelo o que tinha soltado anteriormente.  — Ah, imagina meu canto não é tudo ii-isso… Fico feliz que tenha vindo, e se encantado, sinal que realmente expresso verdadeiramente o que sinto quando canto. Mesmo que eu também quisesse fugir, me sentiria triste. Sua companhia me alegra, e me faz sentir como se sua voz me viciasse a querer continuar conversando.— Respirou fundo, tentando se acalmar porém Soren a bombardeava de elogios, e palavras tão meigas que seu rosto não saia do vermelho, e ela mal conseguia dizer alguma coisa. — Eu… Isso.. Bem.. NN-Nã sei dizer se sou a melhor...  É… OO-Obrii-igg-gada. — Tentou balbuciar as palavras que saiam embaralhadas e completamente sem jeito. Fez um treino de respiração, para ter o controle novamente, assim se acalmando eventualmente.

Olhou surpresa mais encantada com o que dissera, e deu um sorriso feliz pelo elogio enquanto os olhos apenas transbordavam um novo sentimento, era encanto, Safira estava completamente encantada pelo jeito do moreno, simplesmente arrebatou seu coração naquela frase fazendo-a entrar em um rubor menos forte, com mais suavização só que ainda mais gracioso e meigo. — Você fala do meu coração ser puro, mas você também é puro. Puro charme e encanto, estou completamente encantada por ti, é tão fofo o que você diz, e fala. Um gentlemen!! Obrigada por vim até mim! — As cores dos brinquedos realmente chamavam a sua atenção, mas naquele momento tinha um lindo moreno que chamava mais sua atenção. — Percebi que você os admira muito, estou certa né? Seus olhos brilham quando falam da sua mãe, ou de ambos. Novamente sendo um fofo, que que eu faço com você sendo fofo assim? Fofura é minha kryptonita, e cada vez que faz essas coisas fofas, tenho um mini ataque do coração. Digo o mesmo, foi uma bela surpresa, as surpresas evoluíram agora são um homem lindo igual você. — Sorriu alegremente, mostrando o quanto estava bem em sua presença, porém notou que havia tomando um semblante mais sério então tomou intimidade de abrir um sorriso nele. — Você deveria voltar a sorrir, tem um sorriso bonito. Seriedade é bom, porém você brilha sendo extrovertido. — Disse olhando ele, e posteriormente o mar que refletia o luar.

Voltou a fitá-lo quando escutou a resposta positiva, sorrindo imediatamente piscando pro mesmo e fixando o olhar nos deles de maneira que buscava mais sobre ele. — Perfeito, terei a melhor companhia desse pier, e o mais bonito também. Ah, é que hoje eu ainda tive sessão fotográfica, desde de cedo, então quando cheguei no hotel fui direto para a cama exausta, se não nem conseguiria vir aqui. Acordei tão apressada que esqueci de comer algo.— Falou animada, porém com certo cansaço ainda pelo dia duro no trabalho. Assim que concordou ele mostrou o braço direito, para Safira segurar, só que antes disso ela precisava com urgência ajeitar aquele macaquinho que estava usando, uma pequena parte estava começando a incomodar, nada que ajeitando rapidinho não resolvesse. Tendo ajeitado a blusa transparente debaixo da roupa que usava, ela servia como uma espécie de sutiã para roupas daqueles tipo, que tinha transparência. — Vamos!! Desculpe, precisei ajeitar a roupa. — Disse colocando o braço ao redor do dele, e segurando-o um arrepio gostoso percorreu seu corpo, pois sentia seu braço forte. — Então Soren, você também é modelo? Pois beleza não falta. Você… Digo, você tem filhos? Olguinha sempre vive dizendo que me admira muito, por eu ser virgem, é engraçado. É incrível que um homem como você, não esteja aqui acompanhado. — Falou surpresa caminhando com ele.

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Søren não podia deixar de sorrir ao ouvi-la, encantando-se por cada pequeno gesto realizado por Safira, atentando-se a cada uma das palavras que deixavam seus lábios em tão doce tom. — Vou adorar participar, só não me peça pra cantar também, prefiro não passar essa vergonha. — Ele divertia-se com ela de forma que dificilmente poderia explicar, sentindo-se confortável e relaxado como há muito não se sentia. Ao ouvi-la falar sobre a filha, com tanto amor e carinho, tornou-se ainda mais atraído por ela, sentindo o coração acelerar brevemente quando ela lhe dissera que era solteira. — Imaginei que ela poderia ser adotada, afinal você é ainda muito jovem. Eu posso sentir o carinho que você tem por ela e por seus primos, é uma linda relação. — A fitava com constante curiosidade, incapaz de desviar seus olhos.

— Vai me ligar? Está pedindo meu número, Safira? — Riu, divertindo-se com a provocação. — Fico feliz por ter conseguido te animar um pouquinho. — Após seu toque em seu rosto, tomando a lágrima que escorria pela pele alva feminina, Søren notara toda a timidez na expressão angelical de Safira, cativando-se com sua beleza que parecia aumentar a cada vez que ele voltava seus olhos a ela, surpreendendo-se a todo momento. Não conteve um riso satisfeito e um pouco sem jeito ao escutá-la, podendo notar que ele causara certo fascínio nela, como ela fizera com ele. — Se for pra chorar que seja de alegria. Aliás, você não precisa chorar para receber os meus toques. — Dissera sem hesitação, sentindo-se confiante e seguro o suficiente para ousar um pouco mais. As palavras saíam timidamente da boca atraente e convidativa da loira, que parecia ter reparado na conotação do que dissera. Søren divertia-se com aquilo e não tentava esconder de forma alguma, mantendo um sorriso largo enquanto a observava em transe. — Pra mim você é. A melhor. — Seu tom tornara-se sutilmente mais grave e baixo enquanto ele a fitava com intensidade.

Riu com o fato dela achá-lo tão fofo, afinal seu trabalho era domar dragões, criaturas que demandavam firmeza e certa severidade. — Me acha fofo? Talvez seja o seu efeito sobre mim. — Ela falou sobre seus pais, trazendo um sentimento de nostalgia ao domador. — Sim, os admiro em vários aspectos. Foi o meu pai que me influenciou a fazer o que faço hoje em dia. — Ambos os seus pais haviam sido magizoologistas e exploradores, aventureiros que viviam em intensidade peculiar e fascinante. Søren perdera a mãe em sua infância e o pai há alguns anos, carregando-os com todo o carinho em seu coração. Preferiu não dizer que eles haviam falecido, desejando manter o clima de alegria que havia tomado-o por completo estando ali, junto de Safira. — Sorrir não é problema pra mim com você aqui. — Respondeu voltando a exibir um sorriso terno. Enquanto ela ajeitava a própria roupa Søren pôde notar com maior atenção sua figura por completo, vendo-se perder-se em pensamentos com o corpo escultural que ela apresentava. Ele voltou a si quando ela aceitou seu braço, rindo consigo mesmo enquanto apreciava o abraço feminino.

— É uma roupa muito bonita. Eu diria que fica bem em você mas qualquer coisa deve ficar em uma mulher tão linda. — Disse olhando-a caminhar ao seu lado. Ouviu-a  perguntar sobre ele, claramente lhe demonstrando interesse, surpreendendo o homem ao falar sobre sua virgindade com tanta naturalidade. A surpresa logo tornou-se uma espécie de fascínio e intriga, além de desejo que manteve sob controle. — Não, não sou modelo, mas é bom saber o quão bonito você me acha. Não tenho filhos também e, caso tenha interesse, sou solteiro. — Disse em tom divertido, sorrindo com olhos instigantes. — Ela está certa por te admirar. É realmente incomum e até surpreendente. Você é realmente uma joia das mais raras. — Disse perdendo-se em sua própria fala, percebendo a sorte que tivera por encontrá-la naquele fim de tarde. Ambos logo se aproximaram de uma das muitas barracas de lanches do local, possuindo as mais variadas delícias. — Acho que sua fome está prestes a ser resolvida.   — Disse satisfeito, tentando compreender o sentimento crescente que desenvolvera no instante em que ouvira sua voz pela primeira vez.

— Poxa, já tava feliz que ia fazer um dueto com um galã de novela. — Ria da brincadeira que tinha feito com ele, brincar assim com um recém conhecido, realmente parece que ambos estavam em sintonia e gostavam da atmosfera. — Será mesmo que imaginou ser adotada? Ohhh, você é bem surpreendente Soren, porém agora vem a pergunta que não quer calar. Como sabe que sou muito jovem? Vai saber se não sou até mais velha que você, as vezes posso ter vinte e nove anos, e você dezenove.  — Sorriu em provocação a ele fitando seus olhos, e sua expressão. Uma intuição a dizia que ele tinha disfarçado em relação a Olga, e queria descobrir se estava certa. — Mesmo a gente sendo todos adultos, é como estar em férias eternas. Sempre nos divertimos, e tem as brigas, confusões, temos que cuidar das crianças que não são poucas. Tem os animais do Matteo, é uma mansão, então espaço não falta, diversão também não. Como disse, me mudei a pouco tempo para lá, justamente pra estar mais perto dos mesmos, sentia falta deles. E Olga se animou muito por conhecer todo o restante da família, pois morávamos juntas dos meus pais. Acredito que deve imaginar o choro que foi para conseguirmos nos mudar, tivemos que prometer não abandoná-los. Contato sempre, e etc. É natural minha mama é coruja demais com Olguinha, eu também sou confesso hihi. — Falar da sua família para Soren, a deixava animada por que ela não sabia dizer, mais ele demonstrava interesse nela e automaticamente sentia-se tão bem falando tudo em sua presença, que simplesmente falava pois a receptividade do moreno cativava bastante a loira.

— É… Seu telefone? Como?— Retrucou ruborizada, completamente sem jeito com o que tinha escutado, mesmo já estando mais a vontade na presença do mais velho, ele sabia e tinha pleno controle de como fazê-la perder a compostura. —Eu… confesso que gostaria, pois gostei de você. Digo não dessa maneira que pode parecer comigo falando assim, não que você não seja interessante para esse gostar, é que nós conhecemos faz algumas horas. Digo.. Ahhhhh!! Deixa para lá, ignore. Seria muito bom ter seu contato, você é legal, extrovertido e um amor. Quero manter contato sim. — Fitou seu rosto com um olhar envergonhado, enquanto sorria meio sem jeito e abobalhada sentindo a brisa novamente passar por ali. — Conseguiu me animar um montão, não um pouquinho. Mérito exclusivamente seu, e apenas seu. E é bom que se sinta assim, não quero ser motivo de tristeza para alguém tão legal como você. Se sente melhor? Eu notei você me olhando com certa tristeza, aparentemente por me ver triste. Fofo da sua parte!!! Também notei pelas palavras que dizia. — Sorriu tentando passar conforto. Aquele sorriso ainda permanecia, já o sentimento era diferente do anterior. Era a primeira vez que ele sorria sem jeito, e foi bonitinho. Mais ele conseguia fazer outro rubor aparecer com aquela frase dele. — Concordo completamente, choro de felicidade é mágico. Ahn… Assim você me deixa mais vermelha do que tenho estado. SS-Só por que seu toque é viciante, eu não irei reclamar… É que na vida, nunca me tocaram como você me tocou. Inevitavelmente senti uma paz que jamais senti. Posso não parecer mais sou simples sabe? Aquela garota do interior da Itália, modesta, gentil, amorosa, carinhosa. Que está sozinha por escolha, depois do coração ter sido magoado profundamente por um único homem… As vezes sinto a carência bater, não para beijar, apenas carinho. Puramente carinho, cafuné, a companhia de quem amo. Olguinha me da tudo isso, mas é de filha. Então, quando senti seu toque foi como se nunca tivesse existido, só veio paz e felicidade e conforto. — Comentava sem jeito, e tímida por revelar aquilo. — Então vou querer sempre, já que não preciso estar chorando... Dizia envergonhada, porém era verdadeira nas palavras.

— Você também é o melhor em tirar a tristeza dos outros. Acho sim, muito fofo. Bem… Efeito sobre você?— Retrucou um pouco perdida.. — Tão lindo isso, é raro ver filhos que tem esse amor e admiração. E o que você faz? — Perguntou curiosa, olhando-o com uma interrogação em ambos olhos. — Tinha esquecido o quanto é galanteador. Mais que bom te causo sorrisos, gosto de causar amor, paz e felicidade em pessoas legais igual você. — Sorria marotamente mostrando um pouquinho a mais de felicidade Olhou surpresa mais encantada com o que dissera, e deu um sorriso feliz pelo elogio. — Hah, obrigada. Existe uma blusa transparente por debaixo desse macaquinho, tava ajeitando ela, presente do meu falecido sobrinho. Mas sua roupa também é linda, combina perfeitamente com quem veste!!  — Deu uma leve risadinha, sua companhia a deixava bem, pra dizer no mínimo.

— Não é? Estou chocada, como isso ? Por Merlin!! Um homem desse fora das câmeras, um absurdo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! — Brincou fazendo caras e bocas, mudando o tom tudo pro divertimento alheio do moreno, e finalizou com uma gargalhada muito contagiante. — Estou mais aliviada, é maravilhoso saber que desfrutarei do seu tempo hoje sem nenhuma obsessiva stalker pirada tentando me atacar por estar conversando contigo. Embora eu já soubesse, você não é nem um pouco bom em disfarçar essas coisas. Cada frase e “cantada” só deixavam evidente seu estado civil Oh, se anime pelo menos tem um dom natural em encantar minha pessoa.— Disse rindo, enquanto apertava o braço dele naturalmente pois começara a sentir um pouco de frio.

Voltou a fitá-lo sem jeito com o que escutou. — É que eu gosto daquelas ideias da princesa esperar pelo príncipe, e só então ser o único homem em sua vida por completo. Não vejo graça, ou sentido em “ter algo para satisfazer coisas momentâneas...” Banalidades isso sim. Se vamos fazer algo, façamos com todo o amor pela pessoa, conhecendo-a , e tendo certeza que é a sua alma gêmea. — Disse levemente incomoda com o que dissera, mais logo relaxou ao lembrar que estava nos braços daquele moreno alto, e fito-lhe nos olhos de maneira sorridente. — Ohhhhhhh!!!!!!!!!!!!! — Clamou com os olhos brilhando ao ver aquela barra cheia de coisas deliciosas. — É UM SONHOOOO!! Não sei o que escolher, ahhh olhe Soren quanta coisa!! — E naquele momento, Safira tinha virado uma coisa fofa aos olhos de quem visse a cena, gesticulando completamente encantada com tudo, as cores os aromas, os brinquedos, era simplesmente magnífico pra jovem. — Aliás Sore, não nos apresentamos oficialmente. Safira Bianchinni Hughes, ao seu dispor para o que quiser, quando quiser, e onde quiser. Principalmente se envolver comidas. — Ria apertando o braço do mesmo, em carinho e maneira brincalhona enquanto o admirava.

+So I sneak out to the garden to see you: We keep quiet 'cause we're dead if they knew So close your eyes, escape this town for a little while♫

A cada minuto que passava com ela sentia-se mais confortável, como se a conhecesse há muitos anos, mas cada nova descoberta que fazia a respeito da loira lhe fascinava, alimentando sua crescente curiosidade sobre ela. Søren ria das brincadeiras que surgiam com naturalidade entre eles, sendo impossível para o dinamarquês deixar de sorrir na presença de Safira. — Também pensei que poderia ter uma filha jovem, uma criança pequena ou mesmo um bebê. — Um semblante pensativo tomou-lhe a face enquanto falava, sorrindo de canto com o que ela lhe dissera em seguida. — Eu garanto que não tenho dezenove. Não acho que você se sentiria atraída por alguém tão jovem. — Provocou-a, sorrindo e passando rapidamente uma das mãos sobre a barba espessa. — Da forma como descreve eu imagino que seja bem animado, não é? Isso é ótimo, é bom estar sempre com pessoas que te façam companhia e tirem alguns sorrisos desse rostinho lindo. — Ele já não se importava de disfarçar suas cantadas, mas ainda preocupava-se com a tristeza dela, ficando feliz ao saber que ela vivia tão bem acompanhada.

Ele adorava vê-la ruborizar-se a cada uma de suas novas investidas, continuando a se encantar a todo instante. — Você consegue ficar ainda mais linda quando fica tímida, sabia? — Riu, divertindo-se com a fofa confusão da loira. — Ótimo, também quero manter contato com você, Safira. Não posso te deixar escapar tão fácil. — Ao dizer isso olhou para seu braço entrelaçado ao dela, enfatizando que não a largaria, logo voltando aos seus olhos. — Eu que deveria te perguntar isso. Não precisa se preocupar comigo, eu estou ótimo contanto que você esteja bem. — Era cativante que ela lhe mostrasse preocupação e carinho, mesmo que há pouco estivesse tão triste. Ele sentia-se sinceramente feliz por tê-la ajudado, desejando permanecer ao seu lado de forma que dificilmente poderia descrever. — Meu toque é viciante? Então acho melhor você me manter bem perto, assim não entra em crise de abstinência. —  Riu com a própria brincadeira, satisfeito por ter aquele efeito sobre ela. — Eu acho que entendo o que você quer dizer, e fico feliz por ter sido capaz de lhe confortar com algo tão singelo. — Levou sua mão esquerda ao rosto feminino, movendo delicadamente uma de suas mechas loiras que lhe caía sobre os olhos.

— Digamos que eu sou um domador. Lido com as feras mais perigosas que você possa imaginar. — Dissera ao ser perguntado sobre sua profissão, pensando nos dragões que aguardavam por seu treinamento. — Galanteador? E está dando certo? Você me causa coisas muito boas, Safira. Isso não posso negar. — Ele adorava instigá-la, podendo perceber em cada detalhe da loira que ela retribuía seu imediato e crescente encantamento. Ela voltou a falar da roupa, levando novamente seus pensamentos à veste transparente que ela utilizava, o que o fizera suspirar. Riu com o comentário feminino quanto ao seu estado civil, voltando a brincar com ela. — Mas eu poderia estar comprometido e ser um cafajeste, não? E está mais tranquila só por isso? Eu aposto que gostou de saber que seu caminho está livre. — Semicerrou os olhos, fitando-a com intensidade e curiosidade, esboçando um sorriso malicioso.

— E você acha que eu daria um bom príncipe? Você sem duvidas é uma princesa. Concordo plenamente com você, eu acredito em amor verdadeiro, sabia? — Sorriu espontaneamente, logo tendo sua atenção desviada para a animação de Safira com a grande variedade de comidas e outras atrações. Søren a guiou até uma das barraquinhas, comprando um algodão doce azul e dando para ela. — Azul como uma safira. É bem doce, espero que goste. — Sorriu gentilmente, observando-a com atenção esperando o sorriso encabulado da loira que ele sabia que logo tomaria sua expressão.