[RP Fechada] Trabalho.

Os orbes azulados do olhos do homem analisavam metodicamente o conteúdo descrito nos pergaminhos, cujos tratavam-se de uma série de rigorosos relatórios relacionados a área de atuação e competência do Aurores, quais Marć checava com base naqueles dados se vinham cumprindo com sucesso a sua tarefa de manter a segurança sobre a comunidade mágica britânica. Papel para qual ele foi contratado há quase meio-ano, quando deixou a sua nação de origem e veio para o Reino Unido, assumir o comando do departamento de Execução das Leis da Magia. Departamento que por sinal, era responsável por toda a segurança mágica do Reino Unido, assim como também pela manutenção das leis e suas burocracias. Um pequeno suspiro escapou por entre os seus lábios é ele continuou a ler os relatórios.

Sendo que nem precisava observar muito para perceber o quanto o homem levava a sério a sua posição, comandar o maior departamento do Ministério da Magia não era uma das tarefas mais fáceis, no entanto, o Rüdenhausen nos últimos meses vinha tirando isso de letra e desempenhando um ótimo trabalho, semelhante a um maestro sobre o comando de uma orquestra. A sua personalidade compenetrada e o seu senso objetivo de responsabilidade, fazia com que ele se sentisse plenamente a comandar todo aquele ambiente. Não falhando em nenhum momento com suas convicções sobre todo o pragmatismo necessário para manter as coisas em plena ordem e competência, proeminente do seu alto grau de compromisso com a sua função. — Senhor Rudenhausen, são quase 18h00, não podemos encerrar por hoje é continuarmos pela manhã? — Indagou o seu jovem estagiário, atraindo a atenção súbita de Marć. — Não! Iremos terminar de analisar tudo hoje e assinarei os relatórios para serem levados para a sala do Ministro. Ele precisa receber as estáticas de cada área de sucesso do seu governo, nós iremos terminar isso hoje. Afinal, já lhe falei inúmeras vezes que nesse departamento não atrasamos nossos compromissos e nem jogamos para o amanhã, o que pode ser feito hoje. — Respondeu o Rüdenhausen, encarando o subalterno com uma expressão rígida sob os óculos de armação grossa. Pondo fim no assunto sem nenhuma palavra a mais, antes mesmo que ele pudesse começar. Afinal, não tinha a menor intenção de repetir o que tinha dito, cerca de uma hora atrás.



— Uffa! Até que enfim terminamos! — Balbuciou o jovem uma hora mais tarde, erguendo-se preguiçosamente e caminhando na direção da porta, como se estivesse prestes a deixar o local. Chamando, por consequência, novamente a atenção de Marć, que se encontrava até então concentrado, assinando os pergaminhos com uso de uma pena e um tinteiro. — Terminou? Tem Certeza? — Questionou com uma sobrancelha arqueada, indicando com o dedo a outra pilha de relatórios que se encontrava sobre a superfície da pequena mesa no canto da sala. — Ainda tem mais uma pilha. — Acrescentou, voltando a sua atenção para as assinaturas que efetuava sob os pergaminhos. À medida que o pobre rapaz seguia desanimado rumo a nova pilha de relatórios.



— Parece que agora terminamos, chefe! Posso por Merlin, ir para casa? — Marć franziu o cenho, encarando o homem por cerca de dez segundos, antes de olhar para a pilha de pergaminhos completamente analisada e assinada. Imaginando que pelo menos por hoje, o expediente estava encerrado, para a felicidade do homem e sua satisfação. — Claro! Só junte os relatórios e leve para área de arquivos, ponha eles sob as pastas e organize-os sob a estante. Deixe a mensagem que eles devem ser levados para a sala do Ministro logo cedo pela manhã, então estará liberado para ir. — Disse por fim, dispensando-o e utilizando a sua varinha para organizar novamente o seu escritório.


Dias mais tarde, a notícia que o estagiário havia pedido demissão, tinha ganhando os corredores do segundo nível sob irritantes burburinhos. Trazendo segundo ela, a informação que o rapaz não aguentava mais trabalhar como escravo do departamento chefiado pelo senhor Bonham-Rüdenhausen. Marć, por outro lado, recebeu a tal notícia com a sua habitual expressão de desinteresse, suspirando pesarosamente, e refletindo se havia pegado pesado mais uma vez, ou o rapaz somente não conseguia acompanhar o seu ritmo. Obviamente, preferiu a segunda opção. Não tinha tempo para ficar pensando sobre estagiários e suas incapacidades, uma vez que havia como sempre, muito trabalho a ser feito por ele naquele momento. Desocupados! Pensou, a respeito de quem estava disseminando aqueles boatos e seguiu para o seu escritório.