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RP FECHADA + 18 — Let me take care of u

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Mensagem por Abraham Wilhelm Krieger Sex Mar 15, 2019 7:59 pm

Post dedicado a um banho entre Abraham Krieger e Arbellia Mikhail. A garota apresentava um breve estado febril e após medicada, Abraham a daria um banho morno para ajudar a redução da temperatura. Ou quem sabe aumenta-la?

— Local: Castelo Krieger.

— Horário: Aproximadamente 23:10pm.

— Clima: A temperatura é considerada normal, valendo o local em que o castelo existe. (Ilha da Islândia). 4º Graus.



RP Fechada.


Abraham Wilhelm Krieger
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Mensagem por Abraham Wilhelm Krieger Sex Mar 15, 2019 8:33 pm


Subia as escadas com um estática Mikhail em seus braços. Seu olhar era fixo e cada passo que dava para subir as escadas exibia como Bel pesava menos do que uma caixa de livros nas mãos daquele bruxo que parecia estar tão relaxado que não existia nada em seus braços. Quando alcançou o hall dos quartos, começaria a caminhar em direção ao próprio quarto, o enorme de portas duplas no final do corredor. Contudo, para romper o silêncio, puxou um assunto. ———— Diga-me. Se você sabe que moramos em terras frias, porque dormiu com roupas curtas? Isso é perigoso, pequena. ———— O corredor carregava inúmeras tapeçarias presas em suas paredes, além de algumas varinhas de ex-Krieger's que já se foram. Em uma das últimas tapeçarias encantadas, estava a última missão de Abraham. Exibia o bruxo em sua forma de penumbra, com a varinha erguida frente ao peito, seu dragão sobrevoando-o enquanto inúmeros bruxos caiam de suas vassouras. Mais a baixo, havia um trem em chamas, uma visão que Bel poderia ver apenas por um breve momento.

Quando alcançou as portas duplas, elas se abriram como se soubessem da presença de seu mestre. E Arbellia teria visão do quarto. A cama deveria caber no minimo seis pessoas deitadas lado a lado e com espaço. Havia no minimo oito estantes no andar debaixo. Sim, andar debaixo, pois havia um mezanino na parte de cima onde havia uma pequena adega e mais estantes, assim como o teto era abobadado e algum encantamento fazia com que auroras boreais vivessem presas ali no topo, aparecendo e partindo de tempos em tempos. Criados mudos ao lado, piso de madeira apesar de alguns tapetes aqui e ali. Saidas para uma sacada, que dava vista para o penhasco e para o enorme e vasto mar que era oferecido pela visão. Era possível ver Falha, o dragão de Ab, voando por ali vez ou outra.

O lugar era simplesmente um paraíso. O banheiro? Ficava a direita. Deixou-a sentada na cama, e foi até lá. Abriu, analisou quantas toalhas tinham, e seria assim que Bel conseguiria enxergar. O banheiro também era enorme. Possuia uma banheira, uma pia tão grande que lembraria a da cozinha, armários com tudo que podia ser necessário em um banheiro, e mais ao fundo, uma ducha larga, com no minimo quatro chuveiros. Dois para cada um deles, ela poderia imaginar. ———— Certo. Temos toalhas o suficiente. ———— Foi o que o homem disse, antes de sair do banheiro. Estalou os dedos, e foi o suficiente para portas e janelas começarem a se fechar, assim como as duas lareiras laterais se acendessem. ———— Vamos lá? ———— E então, ele começou a se despir. Primeiro, da cintura para cima. O torço do Krieger era adornado com algumas tatuagens que fez em sua juventude. E apesar de muitos olharem para ele e imaginarem ele como alguém de idade avançada, Bel teria o vislumbre que isso era um engano. O corpo do Krieger era totalmente definido e jovial, não havia aspectos de rugas ou afins. Talvez o que engane sejam as marcas de expressão de seu rosto. Enfim. Em seguida, o que se foi foram as peças inferiores, apenas para ostentar coxas largas, assim como as panturrilhas. A virilha era lisa e possuía uma tatuagem na região do abdômen inferior que pegava parte da virilha lisa, que se afunilava para uma extensão larga de no minimo dezenove inertes centímetros, que ostentava suas veias e um prepúcio a ocultar a glande.

Do pulso? Retirou uma "xuxa" verde escura, a qual usou para puxar os fios longos e prender em grande coque no topo da cabeça, e arfou, sentindo o vento frio lhe arrepiar indiretamente a pele. ———— Vamos, vamos. Antes que eu fique gripado também. ———— E marchou para dentro do banheiro, afim de preparar as águas dos chuveiros em uma temperatura morna e agradável.




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Mensagem por Arbellia Mikhail Sex Mar 15, 2019 9:24 pm

Desde o momento que ele a pegara no colo, Arbellia manteve-se totalmente imóvel. Haviam partes daquele lugar o qual ela não tinha permissão de ir e isso às vezes incluía seu quarto, cômodo que só conhecia por uma fresta ou outra de quando desbravara o lugar enquanto nenhum Krieger estava em casa, mas não atreveu a passar disso. Tinha certeza de que, por alguma magia estranha, ele descobriria que ela entrou lá e possivelmente mexeu em algo. Com esse pensamento, voltou à ala que tinha permissão, e por lá ficou.

Naquele momento, entretanto, ela conseguia ver tudo com uma clareza borrada de alguém que se sente indisposto, ainda que curioso. O corpo ardia em febre e algumas dores o assolavam; o rosto estava corado e a respiração era forte. O remédio faria efeito logo? Por favor. Não quero que ele continue nesse estado. Ter Abraham em sua cola, com preocupação, LHE preocupava. Pois era um sentimento novo, uma situação inusitada que não costumava a acontecer nem quando estava em casa; logo, se encontrava sem saber como reagir.

Sua cama era grande, muito grande, realmente grande. E macia. Perguntou-se se ele costumava a brincar com Munich quando ela era apenas um bebê. Oh, sim, ele tinha filhos. Esqueceu-se deles por um instante. O maior raramente lhe tinha uma figura paternal na cabeça. Era um homem formado, cheio de tatuagens, de voz grossa e corpo trincado. Diferente dos russos. Diferente de homens que acostumara a conviver.

Não se lembrava o motivo de ter dormido de roupas curtas. Apenas... caiu no sono durante a noite, depois de ler alguma coisa. Naquele enorme castelo também existia uma biblioteca quase que intocada, senão pela estudiosa Krieger que reinava em todo lugar que ia. Tinha a permissão deles para lá entrar quando quisesse, e acabou que num cantinho escondido do próprio quarto, havia uma pilha deles. E de um instante para outro, Abraham se despia diante dela.

Para uma Mikhail, era estranho ver um corpo sem marcas. Para Arbellia Mikhail, entretanto, não era estranho ver um corpo. Nudez não era algo que, na visão da loira, podia ser considerado impuro. Era artístico, mesmo que nem tanto quando se estava doente. E assim como ele, se despiu do que vestia. Uma blusa própria, de mangas; uma calça de moletom, meias. Tirou-os lentamente, sem energia o suficiente para se mostrar entusiasmada. Arbellia não usava sutiã. Assim que a blusa fora jogada em cima da cama, já era possível ver as marcas do chicote a delinear as curvas da cintura, de onde provavelmente pegavam as pontas das tiras de couro. O contraste das cores em seu corpo era bonito de se ver. Os tons alvos, rosados. Cores fantasias pintavam as unhas dos pés, que davam adeus à calcinha de renda clara, que parecia se juntar ao corpo e fazer um só pela cor. Era uma jovem mulher magra, de corpo formado, que não exibia tanta carne, mas era bonito de se ver. O cabelo já estava solto - parte dele, quase que enrolado pelo suor antes seco. Necessitava daquilo.

Com as pernas tremendo de frio, ainda que as lareiras estivessem acesas e as janelas fechadas, ela ouviu os chuveiros se ligarem. Então marchou até lá dentro, encontrando uma névoa de ar quente a assolar o gigantesco banheiro; botou-se a esperar Abraham, com as mãos em frente ao corpo, esperando sua próxima ordem.

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Mensagem por Abraham Wilhelm Krieger Sex Mar 15, 2019 9:40 pm


Abraham não havia visto o momento em que a menina se despiu. Do lado de dentro, a mão grossa experimentava a água com certo receio de deixar quente demais para ela. Assim como também, não queria deixar frio demais, para piorar sua gripe. O ponto da temperatura deveria ser equilibrado, em busca de alcançar assim um resfriamento para ela pós aquele banho. Contudo, com quatro graus, qualquer temperatura que saísse daqueles chuveiros seria maior do que a do ar em volta, e logo, todo o piso estava com fumaça.

Quando finalmente havia concluído que a temperatura era agradável, soltou um baixo "Pronto." e voltou uma passada para fora do box, para ir atrás da menor. Contudo, encontrou-a de prontidão ali dentro. E Ab travou por um momento, ao vê-la. Deveria a ser a segunda vez que ela testemunharia isso no bruxo. A primeira, fora com seus quadros e as várias cores que ela trabalhava tão cuidadosamente. Abraham passou horas no atelier da Mikhail, tentando entender suas pinturas, buscando razões pelas escolhas das cores ou simplesmente apreciando o que em sua mente, julgava já ter entendido.

Mas agora não falamos mais de um quadro com expressões a qual eram limitadas a sua pintura. Falávamos de um corpo, de um ser vivo. Nunca havia notado que Bel era denotada de uma beleza única em si. Suas curvas eram firmes, suas cores tão leves que Ab chegou a sentir a mão esquerda tremer por um breve desejo de toque. Não um toque que a daria em breve, em um banho. Mais um toque como homem, e isso o assustou brevemente. Não por despreparo, mas por anseio, sabendo que isso despertaria em si desejos mais do que mentais, mais físicos, que poderiam constranger a menina.

Foi assim que se repreendeu. A cabeça se ergueu e os dedos estalaram, para a porta do banheiro se fechar logo atrás dela. ———— Venha, vamos. Deixei a água na temperatura ideal. ———— Disse, com a mão estendida de uma forma que indicava para ela passar a sua frente, e entrar primeiro. Seria somente assim, ganhando mais proximidade, que conseguiria enxergar detalhes daquele corpo. Marcas de chicote nas ligações das curvas, sobre a pele alva e que a julgo do bruxo, era delicada. Desejou tocar. Sentir o relevo sobre a pele, ver sua expressão. Questionar como era pra ela sentir aquilo, sentir o toque naquele lugar.

Estava fascinado, como a artista podia ser mais complexa do que todos os seus quadros.

E só então, em seu fascínio, a acompanharia, praticamente meio passo atrás dela.




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Mensagem por Arbellia Mikhail Dom Mar 17, 2019 10:06 pm

A magia não-verbal dele ainda lhe era uma coisa nova. Se assustava toda vez, como se sempre levasse para si que aquele era um comando direcionado a ela. Com paciência, as portas se fecharam assim que ela marchou dois passos a frente. Só então olharia Abraham, com uma expressão um tanto quanto... diferente do que ele costumava carregar. Seu semblante sempre tinha uma postura muito séria, de alguém que está sempre pensando em todos os detalhes de todas as coisas. Mas não naquele momento. Parecia surpreendentemente estupefato com a ideia de que ela tomaria banho, por mais que fosse uma coisa que... bom... fizesse todos os dias.

Sua voz a chamou e ela obedeceu. Assim que chegou perto da água, guiada por um grande homem atrás de si, estendeu uma das mãos, para que então pudesse felicitar-se de que a temperatura ideal de Ab era quente, assim como ela se acostumara a deixar. Primeiro a palma da mão, depois as costas, então o braço, o ombro e logo, a cabeça. A febre a deixava com frio. Ouviu uma vez que era errado ficar então quente - ainda mais quente do que seu corpo já estava. Isso poderia desencadear um desequilíbrio na temperatura e, oficialmente, te fazer ter complicações sérias a ponto da morte. Mas nunca chegara lá para saber se isso era realmente verdade. No meio tempo desse pensamento, soltara um sorriso, sentindo o quente escorrer pelas costas marcadas.

O corpo começava a ficar vermelho - muito comum, afinal de contas, nem mesmo o mais resistente pálido conseguiria submeter-se a uma agua quente e continuar intocado. Sabia então que aquela era a hora ideal para dar um tempo. Desligou o chuveiro, com o cabelo molhado e lambido para baixo. Só então voltou a olhar o Krieger; ainda cansada, e aquilo estava aparente. — O shampoo. — Pediu. E esperou.

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Mensagem por Abraham Wilhelm Krieger Ter Mar 19, 2019 10:15 pm


Abraham a assistia, em seu breve momento antes de mergulhar naquele banho. A temperatura enganava. Era quente, apenas porque estava acima da ridícula temperatura baixa que a Ilha oferecia. Em um país tropical a água seria considerada fria(muito fria) por assim se dizer. Poucos graus acima do que era o lado exterior naquele momento. Mas bem, era o suficiente para alguém em estado febril se aquecer e ao mesmo tempo, se resfriar. Era o equilíbrio exato.  ———— Não suba a temperatura. ————  Afirmou.

Tempo depois, testemunhou a pele dela se tornar mais avermelhada. Engraçado. Ele também ficava assim, mas... Nela as cores se encaixavam bem melhor, como em uma tela branca com um belo desenho, diferente dele. Uma tela bagunçada e suja. Suja... A palavra em sua mente, o fez capturar um sabonete com o nome de marca "Memphis - Imperador". O cheiro era presencial e firme. Chegou a molha-lo na água, após entrar no box com ela, até ela decidir desligar o chuveiro. " Shampoo. " Afirmou. A mão livre? Estalou os dedos, e o recipiente veio a se levitar próximo da menor segundos depois.

Após isso, o enorme homem avançou na direção da úmida Bel. Se ajoelhou perante a menina, o que deixava-o quase na altura de seus seios, dado a diferença de altura de ambos. As mãos ensaboadas começariam pela panturrilha, com movimentos firmes, de subida e descida, enchendo-a com o sabão e espuma. O olhar? Era concentrado, o... Tradicional de Abraham, que enquanto com uma mão esfregava com firmeza, disfarçadamente, as pontas da mão livre... Sempre passeavam por uma cicatriz ou outra. E assim evoluía, subindo as mãos para o começo das coxas, antes de lançar um olhar para a Mikhail. Seria um...  ———— Se incomodar. Me avise. ———— ... Pedido de autorização? Difícil dizer.




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Mensagem por Arbellia Mikhail Ter Mar 19, 2019 10:49 pm

O recipiente com o produto do cabelo chegara rápido. A vida do maior parecia muito mais fácil e ágil se, tudo que ele precisasse, pudesse somente estralar os dedos e esperar acontecer. Infelizmente, não tinha essa habilidade, então sempre esteve a prontidão para tudo. Suas pernas nunca paravam, estava sempre em movimento, correndo para lá e para cá. E ele poderia notar isso. Arbellia não fazia mais exercícios do que os diários afazeres naquele castelo. Isso lhe rendera pernas firmes. Não fortes, não toneadas e muito menos musculosas, mas firmes. O suficiente para causar uma mentirosa impressão de grande vigor, coisa que agora lhe faltava no corpo.

O produto preencheu os cabelos loiros, que começaram a ficar rapidamente espumados e embaraçados. O cheiro era bom - aquelas fragrâncias masculinas que se vende por um valor bem alto - e combinava com Abraham, se assim fosse pensar. Aquela era noite dela ter em si um pouquinho dele.

Quando ele se agachou, a diferença de alturas ficou ainda mais aparente do que com os dois em pé. Ele ficava de frente com seus seios, por onde escorria vez ou outra algumas gotas d'água da nuca - o que se tornara raro, pois o cabelo com shampoo impedia. Ele gentilmente começou a ensaboar o corpo, pelas pernas, e subindo, de modo a qual as pupilas se dilataram, apesar de não sentir o coração palpitar. Gostava daquele cuidado, lhe parecia inocente. Será que era impressão, por estar doente e fraca? Poderia até ser, mas existia nele uma bondade que dificilmente os outros enxergariam, pensou.

As mãozinhas, então, cheias de espuma do cabelo, seguraram nos ombros largos e firmes do homem, já que o balanço de suas mãos fazia o corpo ir para lá e para cá. Tinha medo de cair. Lhe faltava resistência no corpo. — Está tudo bem. — A resposta viera rápida. Agora, apoiada, nada temia.

Do ângulo de Abraham, Arbellia poderia lhe parecer um anjo esculpido e pintado numa tela em relevo. Ele sabia de sua descendência veela? Talvez ele nem notasse que ela fechou os olhos e esperou que ele terminasse, mas não por preguiça ou pressa, e sim por relaxar. Nunca, repito, nunca houvera entre ela e outra pessoa tamanho carinho - e eu não falo SÓ do físico, mas também do querer, do desejar bem, do esforço para a plenitude da alma. Ela estava em paz, apesar de febril. E o firme aperto em seus ombros poderia ressaltar isso.

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Mensagem por Abraham Wilhelm Krieger Ter Mar 19, 2019 11:23 pm


Arbellia parecia uma escultura delicada a qual as mãos de Abraham tentava remoldar, e mesmo assim, falhavam. Mesmo com sua força, sua largura, sua... Aspereza lisa pelo sabonete. Quando as mãos de Bel pousaram sobre os ombros de Ab, ela poderia sentir que a temperatura da água era... Menor do que a dele. Isso óbvio, se ela ainda lembrasse do calor da água. As mãos seguiram-se a ensaboa-la, subindo até as beiradas das nádegas. Lá, deslizaram em movimentos circulares, curtos mas cheios de destreza, sem nenhuma invasão onde a intimidade era maior.

O cuidado de Abraham em manter o respeito era... Completo. Até mesmo em seu olhar, havia uma neutralidade completa, mesmo que impetuosamente seu corpo... Se magnetizava a menor. E ele combatia aquilo com bravura, mesmo com o desejo a morder-lhe a nuca e arrepia-lo o corpo a cada centímetro que as mãos passeavam. Mesmo assim, seu rosto era impassível em relação a sua batalha interna. ———— Hn.. ————  Soltou a grave voz, em um suspiro leve, antes do olhar se erguer para a Mikhail.

Já se perdeu na infinidade de alguns segundos? Quão bela pode ser uma única mulher? Naquele rosto sereno de olhos fechados, transpassou para ele tantas coisas, muito além de serenidade. Era uma beleza que desarmava até mesmo ele, que estava sempre armado. As mãos em seus ombros eram suaves, e desenhavam um sustento irônico de si mesma sobre ele, que agora tinha as mãos perfeitamente encaixadas em seu quadril. Era como se a qualquer momento, Abraham a ergueria como uma bailarina e dançariam para o público. Mesmo que seu único público fosse a neblina quente do banho.

Seu coração vibrava. Céus, como pode? O que havia nela que o tirava tanto de seu eixo, de tamanha firmeza? Havia o Krieger voltado a ser um puritano inocente? Não. Impossível. Sua vida foi tão cheia de aventuras amorosas quanto suas aventuras de batalha. E nem mesmo a mão de Munich e Bris havia mexido dentro daquele velho e perigoso bruxo como B estava mexendo. E tudo isso, na passada de um segundo a outro, tempo dele se colocar de pé.

Não havia notado quão próximo estava. Mas agora, sim, notava. As próprias mãos mantinham o corpo da Mikhail próximo do seu. Involuntariamente. As mãos da pequena Mikhail em seu ombro acabavam por mante-lo achegado a ela, também. Não havia notado como em pé, a diferença não era tão grande, e assistir aquele rosto sereno o deixava tão... Próximo dela. A serenidade existia na face de Abraham, igualmente. Era uma paz desejosa de paz. Que conflitava entre olhar os lábios da Mikhail, ou os traços de sua expressão, e o reflexo disso era um coração forte a pulsar firme com os dedos que seguravam a menor, com um medo subconsciente de sua fuga.

Meio-veela, não é? Ele provavelmente não sabia. Mas havia se perdido nela.



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Mensagem por Arbellia Mikhail Qua Mar 20, 2019 8:47 pm

Homem. Essa era a melhor forma de descrever Abraham num todo. Um tipo de homem que jamais encontrara fora das paredes de casa. Durante a infância e a maior parte da adolescência, diversos meninos e rapazes se aproximaram dela, com intenções não tão puras quanto as que o maior agora ali tinha. Por diversas vezes, teve de se desvencilhar de mentures sujas, mãos travessas, pegadinhas e zoações. Tivera de lidar com o fardo da aparência, do dom que descobrira só mais tarde, quando não havia nada para fazer e nem modo nenhum de remendar seus machucados. Com isso, tivera de aprender a lidar com a alma quebrada e o corpo marcado, corpo o qual ele tocava agora.

Levantando-se, parecia que ele crescia ainda mais do que o normal. Tanto que as mãos caíram para seu peitoral, pois não alcançava com clareza seus ombros. Com os olhos fechados ela sentia todo o toque que ele sobrepunha no próprio corpo, com mãos quentes e grandes. Mas agora... não sentia nada. Ele a segurava, obviamente para que ela não caísse pelo chão escorregadio, pensava. Estavam ali, inertes, esperando o tempo passar, sem motivo algum. Portanto, abriu os olhos, e encontrou-o fitando a si como se fosse algum tipo de ouro nunca encontrado anteriormente.

— Ab? — Soou baixinha a voz, piscando rapidamente, como se não quisesse espuma do cabelo ardendo os olhos. — Está tudo bem? — Respirou fundo. As orbes claras então focaram em seu rosto. Seu cabelo desgrenhado era bonito, ainda assim. Mas era fora de linha para Abraham, pois tudo com ele devia estar em seu devidíssimo lugar. E isso a incomodou, pois sabia como ele gostava das coisas e sabia como ele ficava irritado.

— Aqui... — e ergueu os pés, ficando em suas pontas, para que pudesse arrumar seu cabelo. Uma das mãos apoiou o peso do corpo em seu peito, enquanto a outra colocou a mecha para trás de sua orelha. Em segundos, pareceu muito mais satisfeita, e o sorrisinho brotou nos lábios como uma criança feliz. Daquele ângulo, Abraham era mais do que o simples homem o qual era dono da casa em que trabalhava por um contrato. Era atraente. Agradável.

E num susto, num pulo, uma vontade súbita, ela colou os lábios próprios nos dele, fechando novamente os olhos. A coisa mais simples do mundo lhe parecia tentadora, e agora, ela se deixava ir. Sensação macia, quente. Ignorava todo resto. Foi, literalmente, do nada. E por mais que não tivesse experiência, o corpo parecia saber o que fazia.

E pouco tempo depois, soltou-o, voltando a colocar a sola dos pés no chão molhado. E tudo, tudo que conseguira pensar em falar foi: "ah, meu deus, desculpe, assim vai ficar doente também".

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Mensagem por Abraham Wilhelm Krieger Qua Mar 20, 2019 10:43 pm


Homem. Era tudo que definia o que Abraham se sentia naquele momento, com ela tão colada a si. H o m e m . Pecador, cheio de malícias em sua mente, anseios em seu corpo, malicia em sua pele. Nunca foi alguém do tipo que esperava para ter. Ia pelas bordas com muitas curvas e com todo o cuidado, aproveitando e conquistando cada espaço inexplorado. Não. Era o tipo de homem que vinha, tomava o que era seu e acabou. Mas... Mas... Com ela, era diferente. Queria fazer estas curvas. Queria o caminho mais longo. Não se importava em aguentar o coração acelerado, a excitação de sua carne, o anseio de sua mente. Tudo que queria, ele tinha. Fosse por Poder, por Dinheiro ou por Controle.

A própria Arbellia havia sido conquistada por dinheiro, ou... Será que a oportunidade de tê-la foi pelo dinheiro? Não, Abraham não acredita nisso. Bel foi conquistada por seu desejo de ser bom com ela, de ser gentil. Cansado dos mal tratos Mikhail’s com ela. E agora, seu prêmio, seu lucro, estava na sua frente. E ele desejava toma-lo. Consumi-lo. Mas... O que o brecava? O que era aquela sensação em seu coração que dizia ”Espere por ela.” invés de ”Tome-a de uma vez.” Tantas confusões emocionais embrulhadas de uma vez, que não surgiam a todo momento, não. Apenas... Em alguns específicos, como aqueles de extrema intimidade.

Intimidade. Quão intimo Ab já foi de outras figuras, outras mulheres e homens, outros corpos e pessoas? Não sei dizer. Pouco? Seu corpo já experimentou sabores. Mas sua alma nunca se deitou junto disso. Sua mente estava sempre turva e perdida, ocupada em seus anseios e ambições. Nunca se sentiu satisfeito em ter alguém aninhada a seu peito, como ela indiretamente estava com ambas as mãos ali. Mãos que se atentas se tornariam testemunhas do retumbar acelerado de seu coração. ”Ab?” Sua voz soou como a caricia de uma música na audição do Krieger, que se arrepiou. Merlim. O que está acontecendo? ”Está tudo bem?” Os lábios se entreabriram para responde-la, mas as palavras não vieram, nem a mente nem a boca. Fitava os olhos claros, perdido, ansioso, e isso a fazia ser “apertada”, segurada pelas mãos. Um medo indireto de que sua falta de respostas a roubaria de si. Uma proibição dela partir.

”Aqui...” E então, arrumou algo em seu cabelo. Os corpos colaram. Céus, como sentir aquilo o agradava. O peso dela sobre seu peito era tão leve que poderia dormir com ela ali. E sim, já pensava nisso. Em proibi-la de usar outro lugar para seu sono que não fosse o aconchego de seu peito. E um sorriso surgiu nos lábios dela, que roubaram dele toda sua ternura em um sorriso. Foi assim que ela se lançou em um beijo. Céus, tudo que ele desejava. Pois sua retribuição foi completa. Foi de corpo e alma, por assim dizer. Era macio, quente, envolvente, receptor e doador.

Quando então os lábios se separaram, os olhos se abriram como alguém que buscava ar depois de mergulhar profundamente. Pode sentir seu peso voltar para os próprios pés e sair dele, e lamentou isso. Mas não podia constrangê-la. Não podia ir além daquilo, ou podia? Difícil saber, então... ———— Vamos te enxaguar. Não quero que adoeça. ———— A voz carregava uma neutralidade tremida, falsa. As mãos soltaram-na devagar, antes dele retornar a ligar a água. E quando isso aconteceu, teve o direito de contemplar a menor mais uma vez. Olhou diretamente para os olhos claros. Vibrou.

E desta vez, não se conteve, e em um avanço contido mas continuo, lançaria sua mão a nuca da Mikhail e a outra em sua cintura, trazendo ela para si uma vez mais e envolvendo mais uma vez em seu beijo, com o calor da água a explodir em suas costas e nas dela, dada os vários chuveiros. Duraria segundos, sim. Mais longos que o anterior, para só então com o separar dos lábios a voz soar mais... Firme. Mais Abraham. ———— Me desculpe, eu... Precisava disso. ———— E pigarreou, beijando-a a testa e cedendo espaço para ela, com um passo para trás.




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Mensagem por Arbellia Mikhail Qua Mar 27, 2019 10:29 pm

Caro leitor, você deve estar um pouco menos confuso do que Arbellia nesse momento. Para uma mulher de vinte e dois anos nunca ter vivenciado uma relação amorosa pode, ser para você, algo intenso e muito atrasado. Lembra-se das cicatrizes que ela anteiormente mostrara? Os chicotes que o pai usava nela como forma de castiga-la por não saber usar magia corretamente marcava não só as costas como também o seu psicológico. Ela crescera muito obediente, assim como muito amedrontada. De fato, aquela situação lhe dava calafrios, pois saía de sua zona de conforto e ela tampouco era uma mulher de muito poder a estar acostumada com coisas do tipo. Mas ela gostava daquilo. Não da má sensação, mas do calorzinho intermitente que seu corpo gentilmente transpassava. Os pés estavam ligeiramente inquietos. Seu coração batia um tanto mais forte. Como pudera ser tão atrevida?

Ele então ligou os chuveiros novamente. A neblina quente voltaria a pairar sobre o casal. Aproveitou, voltou para debaixo de um deles. Engraçado. Foi o tempo exato de tirar toda a espuma do cabelo liso para que ele a puxasse num beijo impensado. Sem saber o que fazer, ela manteve os braços para cima, como se estivesse refém, com os dedos curvados, talvez até um tanto tímida para tal situação. A diferença foi que, dessa vez, destemida em confronta-lo, Bell fechou os olhos com força. Aquela seria a coisa mais corajosa que faria em toda sua vida.

Mas por mais que durasse mais do que a última vez, acabara-se antes mesmo que pudesse dar ainda mais um passo para além do que estava acostumada: nada. Esperava que, daquela vez, tudo fosse diferente. Balançou a cabeça negativamente para Abraham quando este pediu desculpas, como se não houvesse nada a ser desculpado. Então criou coragem, o que demorou um tanto, para que pudesse olha-lo frente a frente - mesmo que houvesse ali um perceptível desequilíbrio de alturas. Fixou-se nele, não a fim de intimida-lo, mas como uma forma de ser notada; esperando, além disso, que ele também lesse seus pensamentos a fim de saciar sua vontade.

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Mensagem por Abraham Wilhelm Krieger Qui Mar 28, 2019 12:37 am


Ser retribuído era a melhor e a pior parte de tudo aquilo. É como experimentar uma droga que vícia logo de primeira e ela surtir o maior dos efeitos, te dar o maior dos baratos. E isso que ela havia sido para Ab. Seu vicio mais rápido. Quando os lábios se soltaram e pode finalmente assistir aquela que tocava, os olhos claros e mergulhados sobre o Krieger exibiam a ousadia de alguém que se libertava de suas próprias algemas, aquelas que nenhum dinheiro ou bruxo poderia libertar se não fosse ela mesma.

O manear negativo da cabeça o passava a certeza de que, não havia sido uma irrealidade produzida pela mente absorta de um homem ansioso. Ela havia permitido, havia gostado. Não recuou por desejo, e não por temor de sua autoridade. Que onda de alivio e anseio o abateu naquele instante, mesmo que o contato visual fosse tão pouco. Chegou a engolir o ar ao notar os lábios suavemente entre-abertos, em um pigarrear discreto. Esse breve espaço de tempo o fez aceitar que havia acabado. Mesmo com o corpo queimando e suas... Voluptuosidades estarem quase o entregando.

Seria somente então que ela voltaria, quase que abrupta para si. Os olhos claros o fitavam, em busca de comunicar o homem de algo que ele ainda não havia percebido assim de cara. Mas só então entenderia. Um pedido silencioso de que seu igual desejo fosse saciado. E foi assim, que a destra de um bruxo com os dedos cheios de marcas de suas histórias, se ergueu ao rosto da mais jovem, marcada pela educação abusiva de sua infância. Deslizou pelo rosto, até firmar-se no queixo fino, e puxou-a para si. O beijo retornou, agora mais intenso. Aquela mão desceu para o pescoço, avançou para nuca, se enchendo dos fios loiros. O braço livre envolveu-se pela cintura, e a mão deslizou para o intermédio do quadril e das nádegas, trazendo-a para perto, para sentir os corpos colados. E dali em diante avançaria sem parar, até que ela o mandasse parar.




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Abraham Wilhelm Krieger
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