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[RP FECHADA] Início das Aulas

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Mensagem por Aeryn Thomas Hughes Dom Mar 17, 2019 5:06 am
Local: Salão Principal de Hogwarts
Descrição: Cerimônia de abertura de ano em Hogwarts
Observações: RP fechada, apenas os alunos, funcionário e docentes de hogwarts poderão participar.
Aeryn Thomas Hughes
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Aeryn Thomas Hughes
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Mensagem por Aeryn Thomas Hughes Dom Mar 17, 2019 5:10 am



O Discurso
A terrível dor do luto.
O salão principal estava iluminado por milhares de velas flutuantes próximas ao teto como de costume. As quatro enormes mesas estavam lotadas pelos alunos, cada casa em sua respectiva mesa. Em seu extremo, em uma pequena elevação, havia uma outra grande mesa onde os professores se encontravam sentados assim como o diretor em seu centro. Haviam bandeiras penduradas com os rostos dos alunos que perderam suas vidas em um ataque dos bruxos das trevas a caminho da escola de magia e bruxaria de Hogwarts. Entre eles três eram muito conhecidos; Leonard Heik. Hughes, Clara Rose Hughes e Caitlin Wilderich.

Geralmente aquele seria um dia de alegria onde Hogwarts receberia seus novos alunos com comemorações das casas ao receberem um novo aluno, porém o clima era de luto e tristeza e o diretor havia decidido prestar homenagens aos bravos alunos que com toda sua coragem tinham lutado bravamente ao lado dos adultos e assim conseguiram salvar muitas vidas, mas infelizmente a deles havia sido levada de uma forma brutal. O chapéu já havia designado os alunos para as casas e agora seria hora do pronunciamento do novo diretor.

Aeryn levantou-se de sua cadeira, seu rosto expressava pura tristeza pelos alunos perdidos e ainda mais por dois deles serem de sua família, havia sofrido uma grande perda naquele início de ano, seus olhos estavam sem brilho e seus lábios permaneciam retos sem demonstrar um sorriso sequer. Vestia-se totalmente de preto, deixando a mostra o seu luto pelas vidas perdidas. Em sua mão direita segurava a varinha de sua mãe, decidiu usá-la como reserva depois de perder a sua em batalha. Andou até a frente da mesa e logo pigarreou, tentava achar palavras para poder começar a falar.

- Peço que todos fiquem em silêncio - falou alto para que todos ali presentes pudessem ouvi-lo - Mesmo sabendo que um dia a vida acaba, a gente nunca está preparado para perder alguém que era muito próximo a nós - respirou fundo mentalizando os rostos daqueles que agora não estavam mais presentes - Como todos sabem, tivemos terríveis perdas esse ano, dentre elas a vida de três alunos que os ajudaram muito a caminho daqui e acabaram tendo suas vidas tiradas de uma forma muito trágica - Thomas sentia como se fosse explodir, aquelas eram palavras que ele nunca imaginou que diria, porém eram necessárias - temos que lembrar que em nossas vidas, a mudança é inevitável. A perda é inevitável. Eles se foram, mas serão lembrados como heróis e sempre estarão em nossos corações - o diretor sabia que tinha muito mais a ser falado, porém mal conseguia falar sem que seus olhos enchessem de lágrimas e sentia que se continuasse iria desabar ali, na frente de todos.

Respirou fundo controlando suas emoções enquanto se virava para a mesa dos professores - se algum professor quiser vir a frente para prestar homenagem aos nossos alunos, sinta-se a vontade - voltou a sentar em sua cadeira onde escutou atento às palavras dos docentes que levantaram para poder falar palavras de conforto aos alunos ali presentes, afinal eles haviam perdidos amigos que fariam muita falta.

Assim que todos que se prontificaram a falar foram ouvidos, todos no salão permaneceram em silêncio por um minuto em respeito aos que faleceram e após isso o mais novo diretor balançou a varinha fazendo as mesas se encherem das mais deliciosas comidas e bebidas para que os alunos tivessem uma refeição digna depois de todo o aperto que haviam passado.


Made by Me


Última edição por Aeryn Thomas Hughes em Dom Mar 17, 2019 10:00 pm, editado 1 vez(es)
Aeryn Thomas Hughes
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Aeryn Thomas Hughes
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Mensagem por Ludwick Teppes Dom Mar 17, 2019 3:06 pm
Carpe Noctem.

Tagged: Hogwarts Wearing: Click! Credits: Cács @ CG!


A atmosfera do local estava deleitosa. Não que estivesse feliz com a morte dos alunos, mas o salão principal estava finalmente no ponto em que ele gostava. Naturalmente Ludwick gostava da morbidez que a morte trazia, esta era uma das melhores maneira de encarar a vida como ela era. A iluminação deixava evidente a dicotomia em que os alunos estavam passando, Vida e Morte - Luz e Trevas. Enquanto alguns tinham sido assassinados, novos alunos se juntariam as fileira da escola, sendo selecionados e acolhidos em suas respectivas novas casas.

Enquanto fazia seu caminho para a mesa da Sonserina ele fez um breve sinal cumprimentando as bandeiras dos alunos falecidos. Demorou um breve momento confirmando que aquela era mesmo Caitlin mas seguiu sem demonstrar qualquer mudança de expressão, de fato conhecia muito pouco de cada um deles mas já poderia ter se encontrando com Leonardo ou até mesmo Clara no corredores, mas agora já não fazia nenhuma diferença... E o tempo passou rapidamente, como previra novos rostos se juntavam ao primeiro ano da Sonserina mas diferente do ano passado não havia tanta felicidade pela chegada dos novos alunos.

O discurso cheio de sentimentalismo havia deixado tudo mais interessante, não que Ludwick fosse incapaz de entender a dor de perder pessoas mas verdadeiramente ele sentiu que faltou uma boa história de como seguir em frente mesmo com as “Trevas” devorando a  “Luz”. De como a responsabilidade de mudar o mundo estava cada vez mais urgente, talvez até mesmo de como era necessário erguer as varinhas e clamar por mudanças.  Neste momento ele apenas pode abaixar a cabeça  encostando a fronte sob a mesa, não era engraçado participar apenas tedioso ter de lidar com os Bruxos neste segundo ano de Hogwarts. Então ele ouviria por alto os demais discurso, apenas se manifestando quando a comida fora servida.

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Mensagem por Kananda B. Hughes Dom Mar 17, 2019 5:50 pm



Cerimônia de Abertura

a little adrenaline

O clima do salão era tenso e intenso, as luzes das velas que iluminavam o local estavam poucos mais escuras do que o normal, reforçando o clima de luto que toda Hogwarts se encontrava. Todos os professores tinham uma expressão triste no rosto, porém o que mais demonstrava era o Diretor de Hogwarts, afinal assim como a Nanda, ele havia perdido duas pessoas de sua família. Bandeiras penduradas no teto continham os rostos dos alunos que tiveram suas vidas ceifadas pelo bruxo das trevas.

A seleção do chapéu seletor ocorreu quase que normalmente, porém sem toda aquela festa tradicional das casal ao ganharem um novo membro, todos estavam de luto pelas vidas perdidas. Kananda não se importava muito com as pessoas que haviam falecido, o que lhe interessava era que ela havia conseguido manter ela e sua irmã vivas e sem nenhum arranhão, afinal ninguém havia mandado que os três ficassem para trás para enfrentar o dragão, era óbvio que eles não tinham poder suficiente para isso. Para Kananda aquilo não era valentia e sim tolice, arriscar a vida em vão.

O medo que tinha sentido aquele dia não se comparasse a qualquer outro, sentia como se aquilo fosse acontecer novamente a qualquer minuto e isso a aterrorizava. Toda vez que fechava os olhos a cena dos lampejos dos feitiços e dos corpos caídos no chão voltavam em sua mente. Ainda sentia o cheiro dos corpos carbonizados invadirem suas narinas e agradecia por não ter aquilo que todos chamavam de valentia, pois assim poderia fazer parte das baixas da família Hughes.

Após a seleção de casas, Aeryn começou um discurso para homenagear os alunos mortos, Kananda esperava muito mais vindo dele, porém sabia que aquelas palavras estavam sendo difíceis para o mesmo. A sonserina apoioi os dois braços em cima da mesa para assim apoiar o rosto em suas mãos, era evidente o tédio que estava sentindo, queria apenas comer para saciar sua fome e sair logo dali para que pudesse encontrar Sophie, estava com saudades da menina.

Depois de longos minutos de discursos, finalmente o banquete foi liberado e um monte de comidas gostosas apareceram em sua frente. Nanda comia tudo que conseguia, afinal a menina era magra só de ruim, pois amava comer. Os elfos que cozinhavam para Hogwarts eram incrivelmente bom em fazer comida, a menina não se lembrava de um dia sequer em que havia comido algo ali que não tinha gostado.

∆ MONA - FG
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Mensagem por Penélope Dwyer Mikhail Dom Mar 17, 2019 6:47 pm
HOGWARTS, #pray for
Estando segura e ilesa, Penélope mal podia esperar pelo fim da noite. A memória do ataque ainda presente em sua mente deixavam a menina irritada a ponto de somente querer descansar e apagar aquele dia da sua existência. Olhando para as bandeiras com as fotos dos alunos que morreram, a garota não sentia nada mais do que alívio por sua não ser a sua foto ali, e mesmo que quisesse sentir alguma empatia por eles, entendia que nem ao menos os conhecia para tal e não sentia culpa por seus sentimentos.

A cerimônia de seleção para as casas foi silenciosa e rápida. Enquanto andava para sentar-se no pequeno banco, Penélope sentia seu coração doer por estar abandonando a sua querida Wampus, e ao ser selecionada para a Sonserina, percebeu que talvez ambas as casas não fossem tão diferentes, o que de certa forma a confortou. A mesa da Sonserina era de longe a que mais indicava o tédio acerca do ataque, não era desrespeitosos a ponto de demonstrar seus verdadeiros sentimentos, mas era notável que todos estavam entediados.

Sentou-se ao lado de três garotas que nunca havia visto e permaneceu em silêncio enquanto observava o restante da cerimônia com a mesma cara de tédio que os demais. Passou em sua cabeça procurar o menino que havia ajudado no trem, mas achava difícil o achar em meio a tantos alunos e desistiu sem ao menos tentar. Uma hora ou outra ele irá aparecer.

O diretor se pronunciou pouco antes do banquete surgir a mesa e Penélope sentiu a dor que proferir o discurso causava no homem, sabia disso por que havia escutado que dois dos alunos que faleceram eram da família do bruxo, não criticou e nem desdenhou, a família era o bem mais precioso que uma pessoa possuía. Ao pensar em família, seus olhos voaram em direção a Lars e a menina pensou em como o abordaria dali pra frente, visto que ela de agora em diante iria viver com o homem e sua família, bem, a família de ambos.
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Mensagem por Raphael A. W. Hughes Dom Mar 17, 2019 7:28 pm

BURY A FRIEND, TRY TO WAKE UP

A mente do rapaz não podia deixar de divagar até ao momento que a vira pela última vez. Não na batalha, no meio daquele desespero horrível, mas sim quando estavam se arrumando para irem para King’s Cross. Raphael xingara Clara imensas vezes por ela ter se esquecido de levar o livro de Herbologia. Como ele era patético.

Avançava pelo Salão Comum, bem depois da hora estipulada para ele lá estar, com uma cara mórbida, inchada. Era claro que ele passara as últimas horas chorando e quebrando tudo que lhe pertencia. Raphael não aceitava aquilo, ele não aceitava aquele vazio no peito, aquela incapacidade de respirar.

O ar pesado daquele salão não ajudava o seu humor. E aqueles amaldiçoados banners… Como ele queria queimá-los. Não precisava ver a cara dos alunos, não precisava ver a cara de Leonard, não precisava de ver a cara de Clara. Ele não iria chorar, mas o seu queixo estava tremendo violentamente. Ele odiava basicamente tudo naquele momento.

A Cerimônia de Seleção continuou normalmente. Raphael não moveu um músculo, mesmo que algum pirralho fosse posto em sua casa. Ele não ligava, não queria saber. Eventualmente seu primo Aeryn subiu ao pedestal para discursar.

Pela primeira vez desde que chegara ali, Raphael moveu os olhos em outra direção que não fosse a mesa. Fitou Aeryn, não sabia se estava com raiva, pena, ou a tristeza o estava cegando com um misto de sentimentos ruins que tornavam a comunicação ainda mais difícil. E ouviu seu discurso. Ai, como doía. Raphael começou a sentir a incapacidade de respirar novamente. Ele precisava se acalmar.

Distraiu-se com memórias da sua casa de infância, o Azulejo. Tinha saudades do lago aonde brincava, tinha saudades do piano poeirento de sua mãe. Não admitiria com facilidade, mas até tinha saudades de alguns momentos na Mansão Hughes, quando dizia que iria mudar o seu nome para “Raphahell” e Inara ficava brava e tia Safira até apoiava a ideia.

Ele daria tudo para voltar para esses momentos e sair dali.

A comida apareceu. Mas Raphael não tinha fome. Apenas fitava o prato vazio, pensando em como ele estava sendo inútil. Olhou em redor. Viu alguns familiares e eles pareciam relativamente bem. Decerto melhor que ele. Raphael não sabia lidar com emoções, estaria ele exagerando? E porque raios ele não conseguia respirar direito?! Queria desesperadamente gritar por socorro, mas não iria fazê-lo. Era patético. Morte fazia parte da vida, não? Ele mesmo dizia isso. Então porquê estava sendo tão difícil aceitar que havia um banner com a cara da sua irmã morta que parecia estar olhando diretamente para ele?

Raphael respirou fundo. Ele iria se acalmar a bem, ou a mal. Só mais um pouco e ele poderia sair dali. Entretanto, ele realmente não sabia se iria conseguir aguentar até ao final da cerimônia. Ao menor problema, ele sabia que iria fugir. No fim do dia, ele era tão pirralho como os mais recentes membros da corvinal.

what do you want from me?

Raphael A. W. Hughes
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Mensagem por Eleonoora L. Tykky. Dom Mar 17, 2019 7:52 pm
Opening Cerimony
O caos instalado no Expresso Hogwarts após o inesperado baixo ataque dos comensais, havia deixado um clima bastante tenso e trágico para a cerimônia de abertura. Nas bandeiras onde antes estavam estampados os brasões de cada uma das casas, ao menos era assim que minha mãe havia me contado, agora apareciam as faces dos alunos que morreram durante a trágica batalha. Observar o banquete na mesa à minha frente me fez perder um pouco a fome.

Não somente por aquele motivo, mas também pelo nervosismo ao pensar na possibilidade em ser selecionada para uma casa que não fosse a Sonserina, o Chapéu havia ousado citar a casa Corvinal, casa que minha prima considerava sua e esbanjava o fato de ser considerada "inteligente". Para mim, não ir para a Sonserina seria considerada uma afronta à minha família, especialmente por seu histórico, apesar de eu pouco saber sobre, ou sequer demonstrar interesse a respeito.

As homenagens eram prestadas uma a uma, primeiro do diretor, e em seguida, dos professores. Tentei me emocionar com alguma delas, mas o fato de não conhecer aqueles que perderam suas vidas me fez ficar tão fria e apática quanto eu poderia ser sempre. Meus olhos buscavam entre as pessoas na mesa a face de uma pessoa conhecida além de minha irmã, a qual me sentei bem longe, não por não gostar de ficar perto, mas por medo de passar vergonha na frente de seus amigos e meus mais novos colegas. Meu cabelo agora vermelho me fazia disfarçar um pouco o fato de eu ser uma Tykky, minha mãe e eu tínhamos características parecidas, algo que me orgulhava, mas que definitivamente não era muito bom considerando a fama da minha irmã.

Queria começar ali como uma pessoa desconhecida, sem precisar falar sobre o passado, meus pais, ou minha família. Gostaria de ser reconhecida por quem eu era e iria provar à minha prima que não é necessário ser de uma casa conhecida por sua inteligência para ser inteligente. Eu tinha plena noção de que eu estava em meio à meio-sangues, mas também pouco me importava apesar do meu histórico familiar, era simplesmente algo que eu evitava, mas que não me impedia de fazer amizades.

Com o passar da noite, um dos meus colegas novos que haviam se sentado ao meu lado lançara uma simples pergunta. "Você não vai comer? Vai passar mal com o início das aulas, ouvi dizer que é intenso." Dando um breve sorriso sem muita emoção, pego um pedaço de torta de maçã, a única coisa que realmente me chamara a atenção além do suco de abóbora geladinho que eu já havia começado a tomar minutos antes. O ano em Hogwarts não havia começado muito bem, mas definitivamente havia muito a acontecer ainda e eu estava preparada.
5 paragraphs for everyone at hogwarts
Eleonoora L. Tykky.
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Mensagem por Adèle Duskin Lavillenie Dom Mar 17, 2019 8:39 pm
all we need is love
i'll love you if you let me
Em meio a todo caos recente, mais um ano letivo se iniciava. O clima mórbido estava instaurado no grande salão. Oposto aos anos anteriores, onde todos costumavam retornar animados e cheios de expectativas para mais um ano, todos estavam quietos, calados, tristes, alguns choravam, consumados pela dor da perca de um ente ou amigo próximo. Embora não tivesse perdido ninguém que fosse próximo, Adèle já havia tido a dadiva de sentir a dor que era perder alguém. Quando ainda era pequena, com apenas alguns meses de vida, a mãe havia sido brutalmente assassinada. Não tinha lembranças dela, a única coisa que lhe permitia lembrar-se do rosto da mãe era uma foto antiga da época de escola, e sobre o jeito e manias, apenas histórias sobre as quais o pai costumava lhe contar, permitindo-a fantasiar a mãe perfeita que Loren era.

Os banners postos no alto do grande salão permitia que todos ali vislumbrassem os rostos dos alunos mortos na batalha. O olhar da corvina se estendia sobre eles passando lentamente por cada um. Mentalmente, Adèle tratava de agradecer pelo atraso do pai, pois graças aquele fato, que havia a deixado frustrada mais cedo, a garota não havia tido a chance de chegar na plataforma antes que ela se fechasse. Um suspiro de alivio escapou sobre os lábios rosados. Não queria pensar no que poderia ter lhe acontecido caso estivesse no trem. Quando os olhos pairaram sobre Clara, a simpática e tagarela lufana que Adèle havia tido a chance de conhecer no final do ano passado, uma leve fisgada atravessou seu peito. Não se recordava de um dia que havia a visto de mal humor, Clara costumava ser sempre sorridente, exatamente como estava naquela fotografia. Vidas tão jovens serem tiradas tão cedo era algo lastimável de se ver. E tudo por uma guerra de poderes, que todos sabiam, estava longe de acabar.

O olhar percorreu sobre a mesa da corvinal, procurando entre eles um rosto conhecido. Um que ela certamente não conhecia bem, mas o suficiente para saber o quanto ele deveria estar sofrendo. No final do banco, distante, isolado de todos, lá estava Raphael. Adèle não pode conter-se em deixar o local onde estava e caminhar até o rapaz, mesmo não sabendo qual seria a reação dele. Se não fosse das melhores, ela estaria preparada, mas caso ele precisasse de um abraço, ela também estaria lá. A solidão em momentos como este nunca é boa. De fato, não era uma das melhores amigas de Clara, nem uma das mais próximas, mas isso não a impedia de saber o quão ligada ela era ao irmão, certamente a lufana não gostaria de vê-lo assim.

 – Raphael? – Chamou, recebendo como resposta o silencio. Não sabia se ele realmente estava a ignorando ou só não havia a ouvido chamar, afinal parecia estar tão distante. – Eu sinto muito sobre o que aconteceu com a Clara, de verdade... – Tocou levemente o ombro dele, afagando-o, afim de consola-lo. Poderia ter o abraçado, mas não sabia se ele reagiria bem se ela o fizesse, afinal mal o conhecia. – Eu sei que o que está sentindo agora é horrível, mas... Tudo vai ficar bem
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Mensagem por Hope Mori Bouwknech Dom Mar 17, 2019 8:53 pm

Hogwarts

A visão sobre hogwarts da adolescente estava afetada de uma forma que ela poderia apenas deduzir como negativa. Quando a chave de portal, criada por uma docente, os levou diretamente a escola, Hope estava dominada pela adrenalina e a viagem foi feita com mais rapidez do que ela esperava. De imediato foram levados a enfermaria, onde houve a constatação de que Mori havia entrado em choque, apesar do seu corpo estar fisicamente bem, exceto por alguns arranhões superficiais em sua pele, que sequer sangravam. Era notável que seu estado psicológico estava abalado e até os efeitos da adrenalina passarem – tais como coração acelerado a ausência de qualquer dor – ela permaneceu sentada em uma das camas da enfermaria, encarando o nada e ausente de pensamentos. Mas a consciência não demorou a cair.

A primeira reação que Hope teve foi chorar, enfiando o rosto entre os joelhos e recebendo uma poção com o intuito de acalmá-la. E, mesmo após a constatação de que estava tudo bem, a jovem bruxa não conseguia imprimir a mesma animação que sentia quando pensava em Hogwarts. Sentia na realidade que deveria se esforçar para se tornar uma bruxa poderosa, como se o mundo fosse agressivo. Como toda criança exposta ao perigo, Hope não era a pessoa mais corajosa existente, mas saber que pessoas que mal conhecia – mas lembrava de ter visto seus rostos – haviam morrido naquele trem a enchiam da sensação que deveria ter feito mais. Era perturbadora a ideia de que, em um momento, a vida poderia abandonar uma pessoa com tanta facilidade. Eram jovens que nem ela.

E ver seus rostos em imagem no salão principal deixou a garganta dela seca, entalada com um choro que ameaçava transbordar. Mas ela já havia chorado tudo o que se permitia. Estava tudo bem agora ou iria ficar. Mori respirou algumas vezes e a calma finalmente a alcançou.

- Hope Mori Bouwknech! – Uma docente chamou, e automaticamente a menina de cabelos escuros e feições tipicamente asiáticas, exceto pelas sardas quase imperceptíveis que se espalhavam por suas bochechas e nariz, avançou e sentou-se no banco, sentido – em seguida – o chapéu recair sobre sua cabeça. Era óbvio que Hope estava nervosa sobre a seleção, já tinha observado uma porção de estudantes serem sortidos em casas distintas, e isso só pareceu aumentar suas expectativas, em que casa ficaria?! Claro, ela desejava ficar na casa que mais se encaixava, afinal era esse o propósito da seleção, mas e se houvessem erros? E se ela ficasse numa casa de bruxos com personalidade detestável?

Como uma criança que cresceu longe da comunidade bruxa londrina e de qualquer estereótipo imposto a qualquer uma das casas – que ela descobriu seus nomes após ouvir estudantes sendo selecionados – Hope não sabia o que esperar, só desejava que pudesse cair em uma casa onde encontraria amigos que poderia confiar a própria vida se fosse preciso.

E, como se estivesse respondendo as milhares de perguntas da asiática: o chapéu se manifestou – Hmmm... Hope Mori Bouwknech, interessante! – ele exclamou, fazendo com que a adolescente quase se assustasse, se sentisse desconfortável com toda aquela enrolação que mais parecia brincadeira, só que ela definitivamente não estava se divertindo! Mas a enrolação não demorou o suficiente. Já que o anúncio de que se encaixava na sonserina veio como um alívio. E Hope se uniu aos estudantes que ocupavam a mesa.

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BY MITZI
Hope Mori Bouwknech
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Hope Mori Bouwknech
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Mensagem por Davon Rowan Andersen Dom Mar 17, 2019 10:01 pm

Hogwarts fora vista por muitos anos como uma inabalável fortaleza, um refúgio bruxo capaz de acalentar em braços firmes e protetores todos aqueles que buscassem instrução dentre suas paredes. Era difícil livrar-se da concepção fantasiosa de um sonho de infância, um sonho que carrega consigo a mais pura ingenuidade. Sendo assim, muitas vezes apenas o choque da implacabilidade do mundo real era suficiente para abrir os olhos dos que ainda se enganavam com lúdicas ilusões. Davon conhecera a morte de perto, acompanhara a decadência de seu pai quando sequer possuía idade o suficiente para compreender o significado do fim de uma vida. O que ocorrera aos alunos, no entanto, possuía algo de diferente. Fora súbito, incontrolável e incerto até o momento em que os corações bateram pela última vez. Ao menos soubera desde o primeiro sintoma que seu pai o deixaria, tivera algum tempo para lhe dizer adeus.

Como era de se esperar, o pesado tom melancólico fazia-se palpável no salão, perceptível em cada expressão desolada, arrependida e introspectiva. Nos anos anteriores o grifino sempre dissera para seus companheiros de casa fazerem menos barulho durante a seleção das casas, mas naquele dia as vozes em algazarra lhe faziam falta. Percorrera os rostos expostos das vítimas, de cada uma delas, cerrando os punhos ao imaginar o sofrimento de suas famílias. Quando seu pai morrera sua mãe entrara em profunda depressão, apenas conseguindo se recuperar, mesmo que minimamente, meses depois. Saber que outras pessoas se sentiam daquela maneira causava um aperto em seu peito, assim como o enraivecia nada poder fazer a respeito.

Enquanto o Diretor discursava, tentando da melhor maneira trazer conforto aos ouvintes, Davon continuava a observar os demais alunos, nada encontrando a não ser a mais genuína tristeza, tão contrastante com as expressões dos anos anteriores. Ao fim dos dizeres dos docentes ocorrera uma pausa em respeito às vidas tomadas, levando o grande salão ao mais profundo silêncio. Naquele momento o rapaz sentiu seus olhos umedecerem, aquela situação lhe trazia lembranças pessoais e sensíveis, sendo difícil controlá-las ao tê-las em mente mesmo que por um instante. Recompôs-se, evitado as lágrimas, observando a fartura apossar-se das mesas com o início do jantar. Não sentia fome, não tinha espaço para isso naquele momento.

Em tempos como aquele, mesmo sendo difícil, Davon aprendera a ter esperança. A melhora poderia tardar mas viria, contanto que alguém ainda lutasse para obtê-la. Ele não queria mais se sentir daquela maneira, ou ver aquela expressão nos rostos de pessoas que antes não paravam de sorrir largamente. A perda trouxera a queda, mas após o luto viria a reestruturação em bases fortalecidas. Era nisso que acreditava.


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Mensagem por Annikki L. Tykkyläinen Dom Mar 17, 2019 10:52 pm


Takaisin Hogwartsia
Sen pitäisi              olla      hauskempaa ...




Depois de todo aquele incidente Annikki estava a milhão, havia adorado a ideia dos comensais e era sem coração o suficiente para não se importar tanto quanto os outros pelos alunos que ela mal conheciam que haviam morrido, no máximo se sentia triste em ver o Diretor daquela forma, afinal em algum lugar dentro de si a menina não suportava ver aquele homem triste ou decepcionado, mexia com sentimentos mais profundos do que ela conseguia e podia entender, tanto que a garota estava sentada sobre a mesa olhando para alguns colegas de casa e conversando, como se nada estivesse acontecido, parecia até mesmo bem humorada, virava o rosto para os alunos novatos quando ouvia chamarem o nome da irmã mais nova. O nervoso tomava conta de seu coração, não queria que ela fosse mandada para nenhuma outra casa que não fosse a sua, afinal aprontar em conjunto era muito mais divertido que aprontar sozinha.

Celebrava ao ver que a menina vinha para sua casa, porem parecia se decepcionar ao ver que ela se sentava longe, mas tentava entender, não sabia exatamente se havia feito algo de errado ou se ela queria ser a garota popular de sua forma, afinal ninguém gosta de ficar na sombra dos outros e com isso sorriu orgulhosa pensando "esta é a minha garota" e voltou a conversar com o grupo que estava falando, cruzava as pernas colocando uma das botas sobre o acento para se apoiar enquanto papeava falando sobre as loucuras de suas férias, escondendo os segredos que deveriam ser escondidos.

Ao ouvir a voz de Aeryn, a rosada se levantou e se sentou de forma descente, no banquinho colocando ambos os cotovelos sobre a mesa e olhando para o rapaz atenta a cada movimento e expressão, havia passado tempo demais junto com ele para que aquela vozinha que apenas os mais chegados perceberiam e aquelas expressões não fossem o suficiente para faze-la sentir um aperto em seu coração, não tinha ficado tempo o suficiente para conhecer a família toda de Aeryn, mas sabia como eles eram unidos e tentava imaginar como cada um dos que conheceu se sentiam, como Inara, Rehan, Matt, Safira, Brandon estavam, afinal ela já conseguia ler o como Aeryn se portava e sabia que bem ele não estava, o que fez a menor soltar um forte suspiro triste. Com o término do discurso a comida era colocada na mesa, com isso Annikki se levantava e pegava um bolinho de chocolate com maracujá, um dos que sabiam que era o preferido de sua irmã e alguns dos mais diversos, desta forma caminhava pela lateral da mesa deixando o bolinho que sabia que a mais nova gostava ao lado dela da forma mais discreta que podia como se dissesse parabéns para a menor, afinal estava estupidamente orgulhosa da menina e assim continuou seu caminho em silencio até se aproximar da mesa dos professores, entregou um bolinho para cada um dando um sorriso doce a todos, porem quando se colocou a frente do diretor a menina o olhava nos olhos de forma carinhosa estendendo a mão com o bolinho do sabor predileto de Aeryn e falando baixinho quase em um sussurro para que só ele pudesse ouvir.

--- Dizem que uma pitada de açúcar as vezes pode adoçar um coração machucado, ainda mais se for do sabor que mais apreciamos!

Assim a rosada piscava para o rapaz e se afastava, ainda olhando aos olhos do mais velho por alguns segundos antes de finalmente se afastar de vez voltando para seu lugar em sua cadeira, queria de alguma forma anima-lo, mas sabia que não seria fácil, ainda mais na frente de tantas pessoas.




♡ Kanssa: Hogwarts  
♡ Vaatteet: - koulupuvut
♡ Ilmasto:  tumma
♡ Huomautus:
Haluaisin mieluummin nähdä hänet hymyillen

♡ Persson
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Mensagem por Octavio R. Clearwater Seg Mar 18, 2019 10:09 pm
send me away with the words of a love song
Quando toquei naquela mala, enfeitiçada para atuar como uma passagem direta para Hogwarts, senti o piso vacilante do vagão desaparecer sob os meus pés. A adrenalina e o medo da criatura que ameaçava nos atacar me doparam, eu estava amortecido quando as coisas começaram a girar ao meu redor, vi os rostos apreensivos dos outros alunos sendo distorcidos pela pressão mágica e senti meu estômago sendo retorcido. Porém, um ponto luminoso permaneceu inalterado no meio de toda aquela bagunça, e mesmo distante eu era capaz de saber que era ele, Leonard estava próximo o suficiente - se corresse conseguiria alcançar a chave de portal, mas ele continuou parado, e antes de ser puxado para um mergulho na escuridão o seu sorriso foi a última coisa que vi.

O plano havia sido um sucesso, todos nós conseguimos chegar ao castelo - mas a batalha ainda não tinha acabado, com esses pensamentos fui levado para a enfermaria, apesar dos poucos ferimentos eu ainda precisava de cuidados. Os cortes cicatrizaram com a ação das poções mágicas e meus hematomas se desfizeram com o aceno de uma varinha, várias horas se passaram e eles ainda não haviam retornado. Recebi de bom grado a caneca com chocolate quente servida por uma das enfermeiras, após alguns goles senti cada músculo do meu corpo relaxar, assim como os meus olhos, que passaram a ficar pesados e sonolentos.

Quando acordei deduzi que fosse o começo da madrugada, a lua estava alta no céu e um silêncio pesado preenchia a enfermaria - não por que todos estavam dormindo, algumas pessoas passavam apressadas pelo meu leito, outras apenas encaravam as paredes com um olhar vago. Já me sentindo melhor decidi que iria até o salão principal para espairecer, mas uma enfermeira veio apressada quando notou minha movimentação. Reuni todas as minhas energias para lhe dar um sorriso genuíno de uma pessoa recuperada, a mulher de meia idade pareceu compreender e me fitou durante alguns momentos, ela tinha lágrimas nos olhos.

- Aconteceu alguma coisa? Sussurrei, estranhando a minha voz rouca. Havia me dado conta de tudo o que tinha acontecido horas atrás, qual teria sido o desfecho da luta contra os comensais? - Os alunos que ficaram para trás, naquele vagão, já chegaram? Emendei rapidamente, me virando para vasculhar cada cama da enfermaria, talvez já estivessem ali. Entretanto, a mulher parecia confusa, abriu a boca por alguns momentos sem saber o que dizer. - Minha criança, nem mesmo os bruxos adultos conseguem lidar com um dragão... A sua voz era serena, tranquila demais, talvez ela já estivesse acostumada a dar notícias ruins. Fiz sinal para que ela interrompesse a sua frase, eu não precisava ouvir mais nada para saber o que havia acontecido.

Antes de voltar para o meu dormitório, recebi um último olhar de compaixão seu. Trilhei o caminho mais longo até a torre da Corvinal, me distraindo com os quadros e estátuas que decoravam os corredores e escadarias, eu precisava encher a minha cabeça com qualquer outra coisa que não fosse a tragédia recente. Me senti um lixo ao perceber que eu não queria aceitar o quanto estava sofrendo pela morte de Leonard, mas já era tarde, eu havia estabelecido um vínculo com ele e a minha metade sereiana certamente já o enxergava como um possível parceiro. Minha sala comunal estava vazia e assim que atingi o banheiro senti uma ardência nos olhos, mas continuei firme até chegar ao chuveiro. Liberei a água quente sobre o meu corpo, molhando as roupas leves da enfermaria, o choque estava passando e finalmente permiti que as lágrimas caíssem. "A água cura." Minha mãe havia me dito essas palavras quando era pequeno e tinha machucado o joelho, mas dessa vez não estava dando certo, por mais que fosse real e apertasse o meu peito, não era uma dor física, e ela apenas crescia enquanto mais lágrimas rolavam pelo meu rosto, se misturando com a água do chuveiro.

Vesti a primeira peça de roupa que achei no meu malão, que estava bagunçado devido a confusão na estação de trem. Ouvi alguns alunos do terceiro ano mencionando que a cerimônia da seleção ainda aconteceria e que o diretor diria algumas palavras em homenagem aos mortos.Mortos, era uma palavra forte demais e só agora eu conseguia entender o peso que ela possuía. Desci até lá embaixo e parei na entrada do salão cheio, senti um nó apertar a minha garganta ao notar os rostos serenos de Leonard, Caitlin e Clara, todos estampados em grandes bandeiras dispostas pelo ambiente. Alguém parecia estar discursando, já que todas as atenções estavam voltadas para a frente, me apoiei no batente da porta e respirei fundo, só precisava dar alguns passos e me juntar aos outros corvinos. Mas me virei, me encaminhando novamente para as escadas, eu precisava ficar sozinho.
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Mensagem por Olga Rüdenhausen Hughes Seg Mar 18, 2019 11:59 pm
Sempre que o Sol pinta de anil todo o céuo girassol fica um gentil carrossel
O ponteiro insistia em correr depressa mostrado ao mundo que, apesar das catástrofes, o tempo jamais parava. Ele apenas corria, algumas vezes nos passando a impressão de lentidão ou rapidez. Todavia, para os mortais o tempo era valioso, uma preciosidade incomparável ao ouro ou qualquer tesouro, afinal, nosso relógio era pausado após a morte.

As vestes azuis indicavam o início de mais um ciclo. O segundo ano de Olga em Hogwarts se iniciara de forma turbulenta, com o assassinato de duas jóias que o mundo ainda estava lapidando. O olhar vago de seu primo, o diretor de Hogwarts, transparecia a dor das perdas, mas não somente por seus familiares, e sim a todas as vidas que se perderam no ataque.

A criança das flores observava os outros alunos, gravando seus nomes, mas sem pronunciá-los. Memorizando rostos, expressões, manias. Olga gostava de estudá-los. Um corvino - Raphael - de cabelos escuros e olhos azuis como as águas de um oceano profundo deixava evidente os sentimentos que pressionavam seu coração. Apesar de não ser muito próxima aos familiares, a filha de Safira não abandonaria seu primo num momento como aquele. A ruiva esticou o braço, segurando uma das mãos do rapaz, a apertando.

Olga nada disse, apenas o encarou, fazendo com que todas as palavras, conselhos, consolo, fossem passados através do olhar. Por fim, esboçou um breve sorriso e redirecionou sua atenção para o banquete que começava a surgir nas mesas. Ela não sentia fome, mas segurou uma maçã entre os dedos e a assoprou, mantendo os olhos amendoados mergulhados no vermelho profundo.


Jaz aqui dois girassóis,
flores de grandes nobreza,
sempre se erguendo,
girando,
em busca de suas aventuras e beleza.

Em memória de Leonard e Clara Hughes, segundanistas, lufanos.
E, mais do que isso, leais e heroicos.
Olga Rüdenhausen Hughes
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Mensagem por Aeryn Thomas Hughes Ter Mar 19, 2019 12:10 am



O Discurso
A terrível dor do luto.
Os alunos que tiveram o interesse de postar ganharão 20 pontos cada.


Made by Me[/quote]
Aeryn Thomas Hughes
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