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[RP Atemporal/Fechada] I see you

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Mensagem por Davon Rowan Andersen Dom Mar 17, 2019 3:18 pm
I see you
rp atemporal fechada | Davon Rowan Andersen & Adèle Duskin Lavillenie
É fim de tarde, a luminosidade diminui vagarosamente com a chegada do crepúsculo vespertino, concedendo às águas tranquilas brilho distinto e cativante. Os últimos raios solares tornam a temperatura agradável, havendo uma constante brisa fresca a circular pelo ambiente.
「R」
Davon Rowan Andersen
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Mensagem por Davon Rowan Andersen Dom Mar 17, 2019 3:54 pm

Os olhos firmes do grifino caminhavam com serenidade pela paisagem peculiarmente iluminada, como se desejasse desvendá-la. Não sabia explicar com exatidão o motivo, mas desde que iniciara seus estudos em Hogwarts sempre se sentira em paz naquele lugar. Na verdade, talvez aquele fosse o único lugar capaz de fazê-lo se sentir daquela maneira, tão exposto e vulnerável. Poderiam ser as lembranças de seu falecido pai, lembranças que invadiam sua mente sempre que não possuía nada para distraí-lo, forçando-o a aceitar sua própria realidade quando se encontrava absolutamente sozinho.

Não era como se seu pai tivesse morrido há pouco tempo, não, partira há muitos anos, quando Davon ainda era uma criança que compreendia ainda menos o mundo complexo em que vivia. No entanto, não parecia importar o quanto os anos insistissem em passar a frente de seus olhos, um incansável e leal vazio permanecia a acompanhá-lo. Normalmente ele dizia a si mesmo que sentir-se daquela maneira não fazia sentido, passando a agir como acreditava que deveria. Buscava construir amizades, criar laços e desenvolvê-los, e devido à sua personalidade extrovertida e sociável acabava cativando a maioria. Contudo, não sentia-se verdadeiramente conectado com ninguém, assim como sabia que ninguém podia vê-lo como ele verdadeiramente era.

De tempos em tempos, quando já se encontrava saturado das atuações, via-se retornar metodicamente ao lago, quase como em um ritual de purificação. Ali, observando o movimentar suave das águas em sintonia com o vento, tinha seu ânimo renovado. Era como se as águas lhe sussurrassem que para tudo havia uma explicação, que a vida e morte não eram livres de significado. Ali, à beira do lago, não costumava encontrar-se com ninguém, principalmente ao fim da tarde, o que para ele era ideal pois desejava o silêncio, mesmo que momentâneo. Talvez passasse a pensar diferente caso ouvisse a voz de alguém que visse aquelas águas da mesma forma que ele, com os mesmos olhos intensos e indecifráveis.


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Mensagem por Adèle Duskin Lavillenie Dom Mar 17, 2019 11:57 pm
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Dispersa em seus próprios pensamentos, mal havia conseguido se concentrar na aula. A única coisa que havia registrado com a pena sobre o pergaminho fora círculos, apenas. Nenhuma anotação importante sobre história da magia, que era sua matéria preferida. Talvez nos outros dias, todos os dias, mas não naquele especifico. Quando o sinal tocou, anunciando o fim das aulas naquele dia, um suspiro de alivio fora expelido dos lábios da corvina, que também buscou agradecer mentalmente. Havia desejado o fim daquele dia antes mesmo dele começar, e o motivo disso era a angustia que lhe apertava o peito, por um motivo que nem ela mesma sabia.

Em dias assim, quando seu humor não era dos melhores ou não se sentia bem, buscava refugiar-se na torre de astronomia. Lá era quase como seu ponto de paz em Hogwarts, lugar onde ela podia ler, praticar feitiços e relaxar, isto quando o local se encontrava vazio, obviamente. Para a sua má sorte e também inesperada surpresa, quando abriu a porta, teve o desprazer de presenciar a cena de um casal de alunos se pegando de maneira um tanto “exaltada”, a ponto de nem notarem sua presença. Com revirar de olhos, fechou a porta. Agora teria de encontrar outro lugar. Sem procrastinar, seguiu rumo as áreas adjacentes do Castelo. Depois da cena anteriormente presenciada respirar ar puro com certeza iria lhe fazer bem.

Enquanto caminhava, Adèle concluía que talvez a causa de sua angustia fosse os testes que estavam cada vez mais próximos de acontecer e, junto a isso, a fase adulta de sua vida também se aproximava, fato que a preocupava. Ainda não estava decidida sobre o que seria ou faria quando terminasse o terceiro ano. Haviam tantas possibilidades, mas ao mesmo tempo nenhuma. Sempre que era questionada pelo pai sobre qual carreira pretendia seguir, a corvina dava um jeito de fugir do assunto. Ao mesmo tempo em que se sentia culpada, também se sentia envergonhada por ainda não ter traçado nenhum objetivo para o futuro, questão na qual a maioria de seus colegas já se mantinham firmes: a maior parte seriam aurores. Tudo seria mais fácil se tivesse herdado o lado decidido se seu pai, coisa que naquela situação Adèle estava longe de ser.

O olhar se estendia sobre o horizente quando as orbes castanhas de Adèle pousaram sobre o garoto parado na beira do Lago negro, que estava apenas a poucos metros dela. Ele parecia estar tão concentrado que a faz hesitar, cogitando se aproximar-se seria mesmo uma boa ideia. Apesar de pensar que não, Adèle prosseguiu, caminhando na direção do rapaz. Arquitetou uma brincadeira, da qual ela esperava que ele não fosse se aborrecer. Sentia necessidade em espairecer, e por que não se divertir com um garoto distraído na beira do lago? É claro que não possuía pensamentos perversos sobre ele, afinal nem o conhecia.

A destra tratava de erguer a varinha, segurando-a com firmeza. A canhota segurava a gravata da corvina, que com alguns movimentos da varinha, logo passava a flutuar. Em poucos segundos, com movimentos rápidos e ágeis realizados por ela, a gravata azul se encontrava sobre os olhos do garoto, vendando-o – Me diz, o que vê agora? – A resposta seria a mais óbvia, ela sabia, mas ainda assim aquilo a divertia. Caminhou, colocando-se na frente do garoto, para impedir que em um ato tolo ele seguisse em frente e acabasse indo parar dentro do lago. – Aliás, eu nem me apresentei. Me chamo Adèle – Girou a varinha, permitindo que a gravata caísse, liberando a visão do rapaz – E você, como se chama? – Indagou, abaixando para pegar o tecido listrado sobre a grama.    



Última edição por Adèle Duskin Lavillenie em Seg Abr 01, 2019 11:45 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Davon Rowan Andersen Seg Mar 18, 2019 1:08 am

Davon perdia-se em seus próprios pensamentos, deixando-os fluir em sincronia com as distorções que a constante brisa formava na superfície do lago. Aquelas águas profundas, por mais perigosas que fossem, carregavam certo mistério que o fascinava e atraía. Com os olhos ainda fixos no horizonte crepuscular, o grifino fora surpreendido ao subitamente ter sua visão obstruída por uma espécie de tecido azulado. Sua reação imediata fora de genuína surpresa, mas logo começara a imaginar que aquilo não passava de uma brincadeira boba. Quando levava as mãos ao rosto no intuito de livrar-se do material que o impedia de enxergar, ouvira uma voz desconhecida às suas costas. Tratava-se de uma voz feminina, gentil e aparentemente entusiasmada. A pergunta que lhe fora feita, embora simples à princípio, possuía certa complexidade para ele.

Nos poucos segundos que se seguiram ele não pôde pensar em absolutamente nada, restando-lhe apenas a voz da menina desconhecida em meio à escuridão. Ela provavelmente apenas realizara uma inofensiva brincadeira, até mesmo fofa e criativa, mas acabara mostrando a Davon algo importante sobre si mesmo. Aquele breu simbolizava o vazio que carregara consigo por todos aqueles anos, seu fardo pessoal. Nada falou até que a venda, que revelou-se ser uma gravata, livrou seus olhos e deslizou por seu rosto até finalmente cair e tocar o solo. Naquele instante, a singularidade do que vira lhe encantara em nível ainda desconhecido. A garota encontrava-se à sua frente, parecendo divertir-se com a situação. Seus olhos castanhos contrastavam com a pele alva e as mechas longas de seu cabelo iluminavam-se com as luzes mornas do anoitecer ao horizonte. Ela era linda. — Eu vejo você, Adèle. — Fora tudo o que conseguira dizer, sorrindo honestamente pela primeira vez naquele dia.

Assim que Adèle abaixou-se para reaver a gravata que usara em sua empreitada, Davon também o fez. Agachado, tendo os olhos femininos na altura dos seus, fitou-a com curiosidade enquanto recuperava a peça de roupa, estendendo-a para que ela a pegasse. — Me chamo Davon. — Dissera sustentando os olhos nos dela, erguendo-se junto à ela. — Você costuma atacar pessoas distraídas com a sua gravata frequentemente ou eu fui um caso especial? — Mantinha um tom leve e extrovertido, ainda tentando entender o que havia acabado de acontecer. Após tantos anos refugiando-se à beira do lago, encontrara por diversas vezes outras pessoas, mas pela primeira vez não sentia-se desconfortável  com a companhia, e isso o intrigava


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Mensagem por Adèle Duskin Lavillenie Sex Mar 22, 2019 2:11 am
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Engraçado. Adèle não pode negar o sorriso ao notar o olhar do garoto, que pairava sobre ela, encontrando-se com o seu. Foram efêmeros segundos, mas aqueles haviam sido o suficiente para que ela se imaginasse em uma daquelas cenas de típico clichê de filmes de romance produzidos por trouxas. A mocinha derruba algo, o garoto bonitão ajuda ela a pegar, suas mãos se tocam e no final, o obvio, eles se beijam. Mas a realidade destoava da ficção, as coisas não costumavam acontecer tão fácil assim. Na maioria das vezes, ao menos. E, para Adèle, sua vida estava bem distante de ser um filme e, se fosse, com certeza se enquadraria melhor na categoria de drama. Porém, não se conteve em tirar proveito da situação, para brincar com ele – Então, acha que eu devo te agradecer e aí nós nos beijamos agora? – O olhar se mantinha fixo nele, utilizando daquele instante para observar minuciosamente cada traço de seu rosto. Até que não seria uma má ideia beija-lo, ele possuía uma aparência quase equivalente à dos garotos bonitões dos filmes, só que mais sobressaltado. Era mais bonito, mais alto e também mais atraente. E muitos outros adjetivos ela poderia reunir, mas nenhum lhe daria um motivo verdadeiramente plausível para beija-lo. Adèle maneou levemente a cabeça, dispersando-se dos pensamentos que haviam a feito se perder por alguns segundos. Ou minutos?

Igual nos filmes, sabe? – Arqueou a sobrancelha enquanto o questionava. Desejou que ele soubesse mesmo do que ela estava falando, não queria que a primeira impressão dele sobre a sua pessoa fosse que ela era uma maníaca que vendava garotos para depois beija-los – Filmes trouxas, ãn? Ou você faz parte daqueles que nunca sequer assistiram um filme na vida? – Infelizmente, alguns bruxos ainda eram adeptos a moda antiga e recusavam-se a explorar o mundo trouxa. Seu pai também a proibia de explorar o mundo trouxa, pois ele costumava os classificar como “criaturas perigosas”, mas para Adèle, que constantemente costumava quebrar a tal regra, aquilo era apenas uma questão de opinião e preconceito, que deveriam ser revistos.

E, respondendo a sua pergunta, normalmente sim. Principalmente garotos que ficam distraídos na beira do lago, Davon. – Estendeu sua varinha para ele, para que a segurasse. – Então... – deu alguns passos, colocando-se ao lado dele para poder ter a visão ampla do lago. Passou a gravata pela nuca, ajeitando-a enquanto a amarrava envolta do colarinho da camisa – Tome cuidado, pois da próxima vez eu posso não ser tão agradável . – Pegou novamente a varinha – Obrigada! Agora me diz, o que você tava vendo lá? Não me diga que foi a famosa lula.– Abaixou, sentando-se sobre a grama verde – Engraçado, eu nunca vi ela. Mas deve ser porque cheguei aqui no final do ano passado, acho que ela não gosta muito de novatos. Aliás, de qual ano você é mesmo?  







Última edição por Adèle Duskin Lavillenie em Ter Abr 02, 2019 12:26 am, editado 2 vez(es)
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Mensagem por Davon Rowan Andersen Sex Mar 22, 2019 9:49 am

Ao longo dos anos acostumara-se ao mais completo silêncio quando naquele lugar. Os únicos sons que invadiam seus ouvidos provinham da própria natureza, como o soar do vento e o fluir lento das águas misteriosas. Contudo, agora via-se na presença de um som distinto, incomum para ele. Normalmente precisava de algum tempo longe das vozes dos outros, mas a garota à sua frente possuía um tom doce e divertido que o encantava. Ouvindo-a brincar quanto ao beijo clichê dos filmes, o rapaz sorriu e a fitou prolongadamente, ouvindo-a falar sem cessar. — Bem, a paisagem é linda e nós estamos aqui sozinhos. — Deu um passo em sua direção em brincadeira, para provocá-la. — Eu acho que daria uma ótima cena. — Após um instante de seriedade em seu semblante permitiu-se rir, voltando a observá-la com atenção.

Ele pôde notar uma espécie de interesse nos olhos femininos, interesse que ele também demonstrava. — É claro que sei, sei tudo sobre filmes. Então você e do tipo que assiste comédias românticas? — Mantinha um tom divertido, notando o quanto terminara envolvido em meio à conversa com a garota que acabara de conhecer. Davon sempre assistira a muitos e diversos filmes com sua mãe, uma trouxa, principalmente após a morte de seu pai. Eles encontravam conforto nas histórias e compartilhavam um tempo importante onde permaneciam juntos, apenas os dois. O grifino segurou a varinha de Adèle quando esta a estendeu para ele, respondendo ao movimento com espontaneidade. —Sério? Eu pensei que eu era especial por ter a honra de ser vendado por sua gravata. Me sinto enganado. — Sorriu, observando-a por-se ao seu lado.

Devolveu a varinha para a garota, voltando sua atenção para ela. — Então quer dizer que já está pensando na próxima vez? — Sorriu de canto, continuando atento às palavras e aos gestos alheios. A pergunta que se seguira fizera o semblante de Davon tornar-se mais sério. Não sentia-se seguro o suficiente para revelar o real motivo que o levava até aquele lugar com tanta constância, mas Adèle lhe transmitia uma peculiar confiança.— Não, eu também nunca vi a tal lula. Acho que ela não gosta de ninguém. — Suspirou, voltando a observar o horizonte. — É lindo, você não acha? E tranquilo também. Me sinto bem quando olho para essas águas. — Retornou aos olhos dela calmamente, deixando-se animar pelo falar constante da menina. — Você fala bastante, já te disseram isso? — Sorriu brevemente, logo a respondendo. — Sou do terceiro ano, e você? Diz ter chegado aqui há pouco tempo mas não parece tão novata assim. — Por um instante pegou-se admirando-a. Não poderia culpar-se, ela era bela em todos os aspectos, hipnotizando-o com o sorriso constante em seus olhos contagiantes.


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Mensagem por Adèle Duskin Lavillenie Qua Mar 27, 2019 11:29 pm
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Normalmente, sim. Não costumo ver muitos de comédia, gosto mais desse lance romântico e tal – Mordiscou levemente o próprio lábio inferior, maneando a cabeça com um leve sorriso se apossando de seus lábios – Mas no geral eu gosto de todos os gêneros, embora romance seja o meu preferido. –  Não sabia como a sua preferência por tal gênero havia se iniciado, talvez por ser aquele o primeiro tipo de filme que assistiu às escondidas do lado de fora da janela de um casal de trouxas? Ou pelo clichê repetitivo que ela adorava e fantasiava que algo assim pudesse acontecer na sua vida algum dia? Se tratando da corvina, a segunda opção certamente seria a mais viável.  

Sério? – Rebateu, indagando-o no mesmo tom, numa tentativa quase falha de imitar a voz dele – Então sinto lhe informar que você se ilude muito fácil, Davon. Mas... – Ergueu o dedo indicador, tocando-o sutilmente sobre o tórax do garoto enquanto fitava – É claro que isso pode mudar. Sempre pode. – Um sorriso tomou seus lábios enquanto a garota recolhia o dedo, recuando um passo para trás. Não costumava vendar pessoas desprevenidas, aquela havia sido a primeira vez, e Adéle não podia negar ter gostado, ainda mais quando se pegou tendo aquela conversa que se fluía de forma leve.  – Sim, estou pensando numa próxima vez... E depois dela outra. E aí, talvez, tenha mais outra ou algumas outras... O que acha? – O olhar apreensivo se estendeu sobre o semblante do garoto aguardando dele uma resposta positiva. ou ao menos considerável.

Enquanto ouvia o garoto falar sobre a tal criatura marinha, Adèle aproveitou para apreciar a vista que dali lhe era proporcionada. Conforme o anoitecer se aproximava, as aguas se tornavam ainda mais admiráveis ao refletir a escuridão que tomava o céu, dando a ilusão de que o lago era mais obscuro do que aparentava ser na luz do dia. – É, talvez você esteja certo e ela realmente não goste de ninguém. Eu não conheço ninguém que já tenha a visto... Não que eu tenha perguntado, também... – Sentiu a brisa gélida bater levemente contra seu rosto, fazendo com que ela estremecesse enquanto algumas mechas de seu cabelo eram jogadas para trás.- Sim, é lindo. – Assentiu, cruzando os braços na frente do peito. A observação inesperada que fora feita pelo garoto fez com que a corvina ruborizasse involuntariamente. De fato, ela falava bastante e sabia disso, só não esperava que ele fosse lhe dizer isso logo de cara. No entanto, a expressão de divertimento estava nítida em seu semblante, fazendo com que ela logo sorrisse – É, meu pai principalmente. – Confessou – Segundo ele, eu comecei com um ano de idade, depois disso descarrilhei e nunca mais parei. – Espalmou a mão sobre a grama, sinalizando para que Davon se sentisse à vontade para se sentar no espaço livre ao seu lado – Terceiro também. Eu cheguei no finalzinho do ano passado, então talvez não seja tão nova assim. – Desviou brevemente o olhar para ele - Ou se referre a mon sotaqué? É, eu nasci aqui, mas me mudei para a França e agora estou de volta.  






Última edição por Adèle Duskin Lavillenie em Ter Abr 02, 2019 12:27 am, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Davon Rowan Andersen Qui Mar 28, 2019 11:30 am

O grifino não costumava sentir-se enrubescer com facilidade, mesmo perto de garotas lindas como ela. Contudo, ainda sorrindo devido à imitação que Adèle fizera de sua voz, Davon sentira seu rosto aquecer quando ela posicionou um de seus dedos sobre seu tórax, podendo perceber a insinuação em seus olhos e em cada um de seus gestos. Era difícil descrever o efeito que ela possuía sobre ele, mas ele não poderia negar que estava gostando daquilo. Ele a fitou intrigado, retomando a compostura e decidindo entrar no jogo da corvina. — Da forma como fala parece que você quer que mude. Talvez você também queira se tornar especial pra mim. Estou errado? — A resposta seguinte da garota fizera as sobrancelhas do grifino arquearem-se sutilmente em surpresa, gerando ao mesmo tempo a formação de um sorriso satisfeito em seus lábios enquanto podia notar nitidamente a apreensão em sua expressão. Caminhou na direção feminina, encurtando a distância entre os corpos enquanto a observava com interesse. — Tantas vezes assim? Eu acho ótimo. Mas vamos ficar só nessa de você me vendar? Fiquei curioso quanto a como você poderia não ser tão agradável. — Ele a observava com minúcia, como se cada pequeno detalhe em seu rosto lhe importasse completamente.

Para Davon aquele lugar era mágico. Não apenas pelo seu mistério e beleza, mas pela paz que lhe concedia sempre que ali se encontrava. Agora, vendo a corvina que acabara de conhecer observar com olhos cativados as mesmas águas profundas que sempre o fascinaram, ele sentia uma leveza em seu peito que a muito não era capaz de sentir. Não pôde conter um sorriso largo ao notá-la ruborizar com seu comentário. — Bem, você pode falar comigo o quanto quiser. Sua voz é quase tão bonita quanto você. — Neste momento seu semblante tornou-se mais apreensivo, interessado na reação de Adèle ao seu comentário. Sentou-se sobre a grama assim que fora convidado, mantendo-se ao lado da corvina enquanto seus olhos voltavam-se brevemente para o cair da noite que se aproximava pontualmente. — França? É um dos países que desejo visitar algum dia. Se é do terceiro deve ter frequentado a Beauxbatons. Sente falta de lá? — Davon sabia que mudanças como aquela poderiam ser difíceis, mas intimamente, mesmo que ainda não conseguisse compreender bem aquilo, sentia-se feliz por ela ter retornado ao Reino Unido. — E não, quase não se nota o seu sotaque. Mas talvez tenha trazido um pouco do famoso charme francês com você. — Sorriu, divertindo-se com a inesperada companhia enquanto sentia-se cada vez mais atraído à ela.


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