RP FECHADA - UM DIA COM TINKIWINKI

Finalmente o fim de semana havia chegado, o que deixava Allyson mais elétrica do que ela já era de costume e porque? Bem, a sua madrinha sempre lhe pegava nos fins de semana para as duas passarem ele juntas e a pequenina amava isso. – Eu quero dormir na casa da dinda! – exclamava Allyson toda mandona igual via sua irmã Nikki fazer com a mãe. – Mas a dinda deixa... – fez bico ao escutar as mais velhas e cruzou os bracinhos revoltada. O grande bico que estava formado em meus lábios sumiu quando o som da campainha soou pela casa e a menina saiu correndo do quarto em direção a hall. – CHEGOU, ELA CHEGOU, CHEGOUUUUUUU – berrava enquanto tentava abrira porta, porém não obteve sucesso por sua mãe sempre deixar trancada com magia. – Ally, pronta! – disse assim que viu a madrinha e lhe abraçou com a mochilinha nas costas. – Tchau, mamãe, até depois! – se despediu com um sorriso fofo nos lábios e segurou a mão de Aalyah.

Tykkyäinen estava feliz da vida com o passeio e não parava de falar. – Sorvete? E um bichinho dinda? E as roubas que nem da dinda? Aqui tem skate? A dinda sabe andar nele? – era uma pergunta atrás da outra que ela nem dava tempo para que a mulher respondesse uma e fazia várias outras. O beco não estava muito cheio, o que fazia a menina ter mais liberdade para andar, mesmo que fosse sem soltar a mão da morena ao seu lado. – Eu comecei a ir para a escolinha! – falou alegremente para Aal e sorriu. – Tem pipoca? – perguntou ao ver uma criança passar comendo, ela nem estava com fome, mas sim com vontade. – Dinda, tem vassoura pequena do meu tamanho? – ao fazer essa pergunta seus olhinhos brilharam sem parar só de imaginar montada em uma.

Era incrível como a pequena se dava tão bem com a madrinha, ela se dava melhor com ela do que coma  própria mãe, Ally sempre vivia em pé de guerra com a mãe, o que sempre levava a mesma levar uns tapas ou ficar de castigo, afinal, não era de levar bronca calada, sempre retrucava o que era dito por um mais velho, se ele não soubesse saber lhe convencer.  Ao escutar a onde estaria seu presente, Ally quis logo pegar, mas conteve um pouco, por incrível que pareça as vezes a educação falava mais alto, mas só as vezes.  Escutou o que a mais velha falava e a ordem que dizia como iriam fazer as cosias e foi assentindo de leve. – Vale muito! – exclamou com um sorriso de orelha a orelha e retribuiu o Hi-Five, abraçando a mulher com toda a forcinha que tinha em seus pequenos braços. – AAAAEEEEEEEEEEEEEEEEEEE! – gritou eletricamente e se segurou como podia e se equilibrou nos ombros de Aalyah, ela amava ser colocada nos ombros, coisa que sua mãe nunca havia feito e olha que a pequenina já tinha pedido várias vezes. – Mas já? Nem deu para aproveitar! – brincou enquanto era colocada sobre a cadeira e ficou de joelhos sobre a mesma. Apoiou os cotovelos sobre a mesa e encarou o grande cardápio na parede.  – É a mamãe que colocou um monte de coisa que não precisa, ela é exagerada.. – Tykkyläinen sempre tinha uma resposta na ponta da língua, o que a fez responder a brincadeira da madrinha sem nem desviar os olhos do que estava encarando, porém ela mal sabia ler. – Que tal aquela sorvete que vem banana? Ou o de chocolate flutuante? – a menina amava o que fazia as pessoas ficarem flutuando. – Podemos dividir o que vem banana.. – desviou o olhar do cardápio e encarou a pessoa que mais amava, além de sua mãe, mesmo a velha sendo chata a maior parte do tempo por não lhe deixar fazer as coisas. – A gente pode acampar na casa da dinda? – perguntou animada imaginando altas historinhas na frente de uma fogueira e várias porcarias para comer durante a noite. A pequenina desviou o olhar da mulher ao seu lado e encarou um menino que fazia birra se jogando no chão, gritando e se debatendo. – Que mico, ninguém merece, ainda bem que nunca vi mais preto! – falou alto e em bom tom para quem tivesse perto escutasse e começou a rir.

Claro que Allyson iria largar a mão da sua dinda, afinal, amava ver  a mesma doidinha de preocupação de que a pequena conseguisse chegar até a porta e ir flutuando para o céu. Seu sorriso sapeca deveria ter lhe denunciado, pois a mais velha começar a fazer cócegas, que obrigou a pequenina a se contorcer enquanto tentava segurar as mãos da morena. A jovem se segurou ao máximo ao escutar que tinha que pedir uma coisa para que as cócegas parassem e só as pediu quando no aguentava mais. – PIIIIINICOOO! – gritou entre risos , enquanto a mulher fazia o pedido, Ally aproveitou para recuperar o fôlego e a encarou ao escutar sobre falar de sua mãe. Arqueou a sobrancelha a olhando e pensou seriamente. “Mas eu já contei várias e até hoje nunca ele cresceu” pensou com seus olhos miúdos encarando a dinda, mas não disse uma palavra por ficar na dúvida do que havia escutado. – Não preocupa não, ela deixa a Nikki fazer tudo, mas a Ally não pode! – exclamou bravinha, mas acabou rindo com o toque na pontinha de seu nariz.  Por um momento a menina ficou triste ao escutar que aparentemente não poderiam acampar, mas ao escutar a ideia de bagunçar a sala e ficar comendo cosias deliciosas na beira de uma lareira quentinha, um grande sorriso tomou conta dos lábios da jovem. Ally encarou a mais velha com atenção ao escutar sobre a conversa e mordeu levemente o lábio inferior, se levantou ao receber o convite para sentar no colo da dinda e não demorou em se acomodar nas coxas da mesma. Ela pensou ao escutar a pergunta e respondeu. – Negra! – tombou a cabeça de lado ao escutar sobre preconceito, ainda não entendia muito bem sobre isso, mas sabia que era uma cosia que deixava as pessoas tristes. – Mas todas as cores são bonitas, inda!! E eu posso usar azul, rosa, preto, vermelho.. Ally usa todas as cores! – exclamou com um sorriso nos lábios. Pois ainda não entendia o quão grande o assunto poderia se tornar um problema por chamar alguém de preto, mas assentiu levemente coma cabeça de forma delicada, mostrando que tinha entendido o que havia sido explicado. – Está bem, eu fala desse jeito, que papelão feio! – disse de forma determinada e tirou a mecha da frente de seus olhos.  – Eu amo você ainda mais! – falou rapidamente. – Amo mais que o infinito! – riu com o abraço apertado que recebia e retribuiu o mesmo. – Eu vai ganhar hoje! – saiu rapidinho do colo da mais velha e se ajeitou na cadeira ao lado de Aalyah. – Está bem! – pegou a colher, ficou de joelhos sobre a cadeira e esperou a contagem ser terminada. Não demorou para que a menina ficasse coma boca cheia de sorvete por comer rápido demais e sentir a boca gelada. Nem se importava com as pessoas que pudessem estar olhando, afinal, ninguém tinha nada a ver com a vida delas. Ally parou de comer por um momento ao escutar a mulher falar com um cara e olhou de cara feia para o mesmo, mas não disse nada, ela estava bolando no que falar, seria um desafio isso sim. Voltou a comer sentindo o corpo começar a flutuar e então obedeceu as ordens da mais velha, segurou a mão da mesma com uma mão e a outra a taça. Virou o rosto em direção ao homem ainda de boca cheia e passou a falar.  – Aposto que não ganha em uma competição de 15 bolas com a minha ainda. – limpou a boca com as costas das mãos. – Eu desafio você a ganhar ela em quem come quinze bolas mais rápido. – afirmou o que falava e então olhou para a morena ao seu lado.

Allyson ficou ainda mais empolgada quando o alvoroço começou. E os olhos dela brilharam ao escutar que as bolas seriam pelo dono da casa, o que a fez pensar na ideia de competir contra o remelento que estava com o homem mandão. - Eu? Eu não fiz nada! - disse a pequena na maior cara de pau e deixou uma risada escapar de seus lábios enquanto ela e a madrinha voltava para  a cama. - A magrela vai acabar com a sua raça.. - a pequena parou para pensar se vira-lata era uma raça, afinal, achava que aquele homem feio não poderia ser colocado na tabelinha de raça de animais. - A dinda vai deixar ele falar assim e não fazer nada? - perguntou colocando as mãozinhas na cintura e fazendo um cara de: Sério isso produção? - Dinda, mostra pra ela que a magrela come muito mais rápido e dá de dez a zero nele, mostra, mostra, mostraaaaa!! Por favor dinda do meu coração bandido! - usou a frase de sempre quando queria conseguir convencer a dinda e sorriu quando finalmente ela aceitou o desafio. - Essa que é a minha dinda e só minha! - Ainda bem que Shafir anão estava no local para escutar o que a Allyson havia falado, afinal, as duas começariam a brigar. - VocÊ é você, até porque ninguém pode ser a minha dinda mais que perfeita. - comentou Ally beijando os ombros toda toda e encarou o pirralho. - Seu pai vai levar uma gelada! - gargalhou da cara do pequeno e olhou para a madrinha. Claro Que a pequena não deixou de começar a gritar junto com os outros, afinal, queria que a morena comesse muito mais rápido que o valentão e mostrasse para ele como é mexer com quem não se conhece. - Eu quer uma taça dessa da próxima vez que a gente vir aqui!- disse a pequenininha com os olhinhos brilhando. - VAI DINDA! VAI DINDA! VAI! COME! COEM! COMEEEEEEEEEEEEEEE! - berrava Ally desesperada ao ponto de ficar com o rostinho todo vermelho. - CALA A BOCA, SEU TAMPINHA! - berrou a pequena quando o menino começou a gritar mais alto e claro que ela não permitiria isso. Pegou com gosto um pouco da banana split que tinha na mesa que estava comendo com a madrinha e meteu com tudo na boca do garoto. - SEU PAI VAI PERDER, VAI PERDER!! - berrava a pequena já sabendo que a vitória seria de sua madrinha. - AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA ELA GANHOU, VIU? AS MAGRELAS SÃO AS MELHORES! - berrou mais uma vez com um sorriso de orelha a orelha ao ver que a sua madrinha tinha ganhado. Claro que ela abraçou a Aalyah com força e gritou para que todos do Beco Diagonal escutassem. - ELA É O MACHO ALFA NESSA MERDA! - falou com grande sorriso. - Dinda, ele deve ser fraco até pra leite.. Deve ser água.. - claro que ela não deixou de provocar o homem. A menina ficou encantada pela madrinha ter ganhado e ver o homem sair bufando e arrastando o remelento fez um sorriso ainda maior aparecer em seus lábios, a pequenina até parecia o filho do coringa por causa do grande sorriso. Enquanto a morena ia pagar pelo que haviam consumido, Ally deveria  acabar com sua banana split, mas quem comeria algo que poderia ter alguma sujeira do remelento? - Vixi, lá vem querer arrumar briga. - comentou Ally ao ver o homem chato e o menino voltar. O mais velho seguiu até o balcão enquanto o menino se aproximou de Allyson falando que a madrinha tinha roubado. - Ela não roubou nada! - falou entre os dentes fechando as mãos em punhos. Ela podia só ter cinco anos, mas seu coração era legal e ela era muito corajosa ao ponto de defender quem gostava com unhas e tender literalmente. - Ela só misturou a água com o resto do sorvete, podia beber água, estava dentro das regras! - deu um passo em direção ao garoto e o mesmo a empurrou para trás, claro que não foi um empurrão capaz de empurrar, mas sim de cutucar a onça com uma vara e fazer a menina ir para cima do menino. Graças a Merlin a criança aparentava ter a mesma idade de Allyson pelo tamanho que ele tinha e isso facilitava a briga deles. Como a madrinha tinha lhe ensinado, Ally tentava a todo custo acertar o meio das pernas do garoto, ela não sabia o porquê desse ataque, porém se a mais velha falou que deveria acertar os meninos ali, deveria ser muito bom tal golpe. - LARGA MEU CABELO! - berrou, fazendo com que o grito chamasse a atenção da madrinha, mas ela pouco se importava com isso, ninguém chamava a madrinha de trapaceira e falava que a mesma havia roubado. Os dois não demoraram em cair no chão e começar a embolar, batendo o pé em algumas mesas e fazendo sorvetes irem para cima deles, deixando ambos uma sujeira, mas nada que parasse eles de brigarem. Se a sorveteria não estivesse muito cheia, provavelmente o pai e a madrinha dela já tinha chegado até eles a tempo, mas com a multidão que se formou em volta dos pequenos brigões impediu que eles chegassem tão rápidos. Finalmente ela conseguiu ficar em cima o que a fez enfiar os dedos nos olhos do menino para que ele soltasse seu cabelo. Claro que os braços dela estavam arranhados por causa da unha do porco, provavelmente o pai não sabia o que era higiene. Logo a cintura dela foi envolvida por um braço, fazendo com que ela afastasse do garoto, porém ela aproveitou esse afastamento para meter uma bela bicuda no meio das pernas do menino. - EU SOU O MACHO ALFA JUNIOR NESSA MERDA, NÃO FALA MAIS ASSIM DA MINHA DINDA! - berrou com ódio nos olhos. Claro que ela estava sentindo a pele arder dos arranhões, mas nenhuma lágrimas escorriam dos olhos da pequena e tudo por causa da raiva que sentia.