[RP Fechada] Are u joke?



Matteo depositou seus dedos abaixo do bico do animal, acariciando com cuidado e carinho. Um sorriso esticou-se em seu rosto, dando-lhe um bom momento antes do que aconteceria logo em seguida. O hipogrifo emitiu um piado baixo, apreciando o cuidado que seu dono tinha com ele, semelhante aos dos outros animais que com ele viviam e abaixou sua cabeça, em uma reverência que foi rapidamente seguida pelo Ministro.

— Vá reencontrar seus amigos, Talon. Talvez eu demore um pouco. — Proferiu aquelas palavras, vendo o animal assentir e bater suas asas, erguendo-se e rumando para trás do grande castelo que Matteo solicitara que ele o trouxesse. O Heikkëniastry gostaria que aquela visita fosse por uma boa situação, principalmente para parabenizar algum aluno por alguma proeza, ou premiações, eventos, qualquer coisa que trouxesse felicidade aos pensamentos do Ministro da Magia, mas como era mais comum, viera aquela tarde para discutir com o diretor da escola.

Acenos, sorrisos, cumprimentos diversos até que as escadas fossem gentis e o levassem para a porta da sala do guia de Hogwarts. Dispensou a ajuda de outros bruxos, com extrema educação. Sabia que a conversa que teria precisava ser particular. Sua mão se ergueu para dar apenas duas batidas na porta, antes que por si mesmo a abrisse. O homem que se encontrava ali dentro esperava sua visita e ele tinha certeza de que como ele, não queria perder tempo. Aquilo o irritaria? Provavelmente, mas era necessário.

— Vieram ao meu escritório pessoalmente dizer que você os expulsou. — Começou, fechando a porta atrás de si, enquanto as palavras saíam em tom formal, firme, mas demonstrando calma, mesmo que ele estivesse um pouco decepcionado. — Os aurores foram feitos para proteger a todos, Magnus. Hogwarts não é exceção. Por que você os mandou embora? Quantas vezes teremos essa conversa?

Sua expressão tornou-se mais propensa a demonstrar a decepção diante das palavras do diretor de Hogwarts. Ele observou com atenção cada movimento dele e do animal que voltara a repousar em seu colo após a tentativa de ameaça. Balançou a cabeça negativamente, caminhando para a frente da mesa e sentando-se na cadeira, conforme indicado anteriormente.

— Não tente defender seu dono, Salem. Ele está errado. — Olhou nos olhos do gato, como costumava fazer com suas próprias criaturas mágicas diante de outras situações. Matteo sabia como lidar com os animais e entendia a lealdade, mais que tudo. Seus dedos tamborilaram, conforme o moreno falava, dando seus argumentos contra a ação dos aurores ali, palavras que ele esperava escutar e com certa facilidade, conseguia contrapor. Ele apreciava a confiança do homem que ali estava, por mais que não o conhecesse completamente. Magnus tinha uma história interessante que para muitos significava coisas ruins, mas o ministro sabia a verdade - ou pelo menos, aquilo que o outro permitia saber-. Ele, em si, confiava na gestão de Hogwarts às mãos daquele homem, mas em algumas situações, como aquela, questionava se algum dia, aquelas decisões poderiam afetar sua sina.

— Agradeço as boas vindas, amigo. É sempre um prazer voltar para cá. — Fora incapaz de conter o sorriso quanto aquela situação, enquanto cumprimentava o dono do sorriso malicioso. Hogwarts fora palco de muitas de suas histórias e um refúgio diante do seu passado e os problemas que lhe afligiram com a família. Era um lugar importante para ele, assim como deveria ser para muitos outros bruxos, incluindo Magnus. — E é por isso que eu continuarei a pressioná-lo quanto a essa decisão. Você realmente acredita que se alguma coisa acontecer aqui e for necessário uma batalha, seus docentes irão conseguir preservar os arredores? A única coisa que eles deveriam pensar em uma situação assim é manter as vidas a salvo. Construções podem ser reconstruídas. Vidas perdidas não. — Parou a fala brevemente, analisando as reações do outro diante de suas palavras. Conhecia Magnus o suficiente para saber que raramente ele concordava ou demonstrava algo a partir de ideias como aquela, mas o Ministro da Magia precisava ser persuasivo e insistente. Muitas vezes falhava na primeira, mas a segunda era algo que nunca deixaria de ser. — Não concordo com os métodos que os aurores utilizam, mas digo-lhe que não é impossível ensiná-los como agir na sua escola. Você tem este poder.

O dono dos olhos esverdeados encarou momentaneamente os olhos azuis do que estava em sua frente, respirando fundo. A teimosia era uma inimiga naquela conversa, mas Matteo sabia ser teimoso em certas circunstâncias.

— Bruxos das trevas existem em todos os lugares. Influenciam muitas mentes, sejam elas adultas ou crianças. E você, mais do que muitos sabe disso. — Sua expressão tornou-se séria enquanto ditava aquelas palavras. Ele era um dos poucos que sabia a verdade e conhecia os verdadeiros motivos para muitas das ações do diretor. — Espero que não esteja realmente confiando que suas capacidades possam encontrar todas as mentes ocupadas pelas sombras. Estou certo? — A pergunta fora proferida de forma que ele entenderia. O sorriso, demonstrando certa provocação, voltara ao rosto.