The Marauder's Map
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[RP FECHADA] Tell me your secrets and ask me your questions

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Mensagem por Adèle Duskin Lavillenie Sex Mar 22, 2019 9:11 am
Essa é uma RP restrita entre  Adèle Duskin Lavillenie e  Raphael A. W. Hughes. A interação se passa no Corredor de Tapeçarias do Castelo de Hogwarts. É noite, por volta das sete e vinte.
Ataques não são permitidos.
Adèle Duskin Lavillenie
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Mensagem por Raphael A. W. Hughes Sex Mar 22, 2019 2:37 pm

BURY A FRIEND, TRY TO WAKE UP

Raphael não se sentia confortável naquele lugar maldito. O burburinho (mesmo que mais calmo e mórbido) do Salão Comunal o irritava profundamente, Raphael queria quebrar alguma coisa. Sentia a raiva subir-lhe pelas veias, enquanto a ansiedade fazia seu coração palpitar descoordenadamente, como se ele tivesse acabado de correr a maratona.

Ele comeu mais um pedaço do bolo que estava na sua frente, mas o cheiro de chocolate o fazia ficar enjoado. Não era comum, ele adorava chocolate. Alguma coisa estava errada com ele. Seria muito fácil saber o que seria, se não houvesse um banner com a cara da sua irmã morta atrás de si, olhando-o e julgando-o.

Sério, a presença daquilo estava deixando-o demasiado desconfortável.

Abanava a sua perna violentamente, esperando que os alunos tivessem autorização para sair do Salão. Mas parecia que nunca mais. Ele estava ficando tão irritado com aquela demora, mas tanto. Ele queria sair correndo, queria se trancar em algum lugar, não importava qual. Ele queria chorar.

Então começou. Do nada. Raphael deixou de conseguir respirar direito novamente. Ele inspirou o ar, com dificuldade, sentindo pouquíssimo oxigênio chegando aos seus pulmões. O desespero do rapaz era notório na sua cara. Num instante ele se apercebeu que devia estar tendo algum tipo de ataque.

Levantou-se bruscamente da mesa da Corvinal, atraindo olhares dos mais próximos para si. Raphael olhou para todos os lados, num estado quase de desespero e avançou pelo Salão, olhos presos no chão, sentindo lágrimas subirem-lhe até as orbes azuis. Ouvia o burburinho atrás de si, sentia olhares nas suas costas e ele ainda não conseguia respirar.

Quando as grandes portas se fecharam atrás de si, Raphael começou uma caminhada rápida pelos corredores do castelo. Tentava se concentrar nos retratos de bruxos antigos, na arquitetura, qualquer coisa, qualquer coisa que não o lembrasse do que estava acontecendo com ele, com as pessoas à sua volta. Segundos depois de ter começado a caminhar, já estava chorando.

Aos poucos, Raphael se apercebia da gravidade da situação. Não era desconhecido à morte, tinha assistido a mãe morrer cedo, mas não, ele não aceitava que Clara estivesse morta também. Ele tinha jurado protege-la. Ele tinha jurado para a irmã que, quando crescessem, eles comprariam a casa aonde cresceram e seriam felizes lá. Ele tinha jurado que a levaria a Disney, quando ela acabasse o terceiro ano. Mas isso não ia acontecer. Ela não existia mais. Nem ela, nem Leonard. E Raphael se sentia num total inútil. Ele não fez nada. Se ele tivesse ficado para trás, talvez…

Não, não. Ele merecia ter trocado de lugar com ela. Clara saberia muito bem se desenrascar sem ele, afinal, tinha toda a família para a ajudar. Ela era um espírito vibrante, fazia amizade com todos. Ela poderia ter mudado o mundo.

Raphael não faria nada disso. O que era ele além de um génio triste?

Quando deu por si, estava sentado no chão do corredor das tapeçarias, como se tivesse perdido todo o controle do seu corpo: pernas esticadas e braços descaídos. Olhava para uma pedra do grande aparelho de alvenaria que adornava as pareces do corredor, enquanto os olhos azuis, inchados e vermelhos, tremiam incessantemente. Contudo, ele sentia a ansiedade a dissipar a cada segundo.

Mas isso mudaria rapidamente quando ele ouviu o som de passos na sua direção. Rapidamente, recolheu-se, apressando-se em esconder a cara nos joelhos e encobrir a sua cara chorosa. Seria patético se alguém o visse daquele estado.

Vai embora! – Berrou, num tom ameaçador.

what do you want from me?

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Mensagem por Adèle Duskin Lavillenie Qui Mar 28, 2019 4:51 pm
I lift up my head
and the world is on fire

O silencio foi a única resposta que obteve do garoto. Mais uma vez. Por que ele tinha que ser tão difícil? Não lhe custaria nada dar a ela ao menos uma resposta, por mais curta que está fosse.  Lembrava-se das histórias que Clara contava sobre o irmão mais velho e seu gênio forte, que na maioria das vezes era difícil de se lidar, mas nunca imaginou que fosse pra tanto. Ela só precisava ouvi-lo dizer algo para ter certeza que ele ficaria bem e conseguiria suportar aquela dor, só assim poderia deixa-lo em paz, sozinho sobre a melancolia de seu luto.

A cada segundo que se passava, ali diante das costas dele, expectar por uma resposta a deixava levemente frustrada, mas não faria nada a respeito além de esperar mais e mais, por quanto tempo fosse preciso. Uma hora ou outra ele iria dizer algo, nem que fosse para manda-la embora. Quando ele se ergueu, Adele pensou que finalmente teria uma resposta, mas ele nem sequer a olhou, apenas correu, abandonando o salão. Os olhares que observaram o garoto, agora recaiam sobre ela, curiosos.

Entre os banners estendidos sobre o grande salão, o de Clara se destacava para ela, como se a encorajasse a ir atrás de seu irmão fujão. As orbes castanhas correram mais uma vez pelo salão antes de deixar o local, atentando-se ao fato de que nenhum dos parentes de Raphael havia se manifestado em ir atrás dele, nem os tios, nem os primos. Ninguém.

Após alguns minutos de caminhada, no primeiro andar, sentado sobre o chão do corredor foi aonde ela o encontrou. Os passos da corvina eram curtos e cautelosos, não queria que ele a notasse e fugisse outra vez, mas infelizmente a sola barulhenta das sapatilhas a entregava, denunciando a ele presença de alguém. A voz do menino a fez estremecer, mas não o suficiente para que ela se sentisse intimidada por ele, não a ponto de recuar. Ele precisava de alguém, e ela estaria lá. Clara jamais gostaria de vê-lo assim e na ausência da amiga, Adèle sentia-se na obrigação de não deixa-lo só – Eu não vou embora, Raphael! – manteve o tom firme na voz – E se quiser fugir de novo tudo bem, mas eu vou te achar outra vez. Eu não posso e nem vou te deixar aqui sozinho, ok? Eu sei que é difícil, mas só me deixe ficar... – Aproximou-se dele por trás, ajoelhando-se e repousando ambas as mãos sobre os ombros do rapaz, apertando-os levemente afim de conforta-lo – Vai ficar tudo bem...  

Adèle Duskin Lavillenie
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