[RP FECHADA] Home is where my heart is

Estava feliz de voltar para casa mas ao mesmo tempo seu olhar parecia preocupado, sabia que o irmão levaria bronca por conta das suas ações sem pensar, mas ela precisava dos ingredientes, não tinha como arranjar sem pega-lo, mas poderia ter sido mais cuidadosa.

Assim adentrava em casa, vendo seus pais esperando na sala, assim Gwen suspirava, encostando sua mala na parede após ouvir o irmão falando naquele tom irônico, ficava a alguns passos atrás do garoto com cara de paisagem, até respirar fundo e começar a caminhar. Nesse momento a garota ouvia as palavras do pai, assim arregalava os olhos e caminhava para o lado irmão, passando ao lado dele e se segurando no sofá da casa enfiando as unhas no mesmo - VOCÊS ENLOUQUECERAM? ME MANDAR PARA BEAUXBATONS??? - Olhava assim para o irmão desesperada, perdendo completamente a pose por um segundo, estava com medo de ficar longe do irmão, afinal sabia que iria entrar em parafusos quando isso acontecesse. - VOCÊS NÃO PODEM FAZER ISSO... NÃO É JUSTO!!! - a menina gritava ao ouvir o irmão falar, mas ainda sim não adiantava nada, os berros da loira apenas deixavam o pai ainda mais bravo, assim o mais velho olhava para a menina com o canto do olho e dizia

- Em primeiro lugar Gwendolin Harris Green, abaixa esse tom de voz e isso é para o bem de vocês, vocês precisam crescer, principalmente você Gwendolin, mas com o seu irmão tomando culpa de tudo que você faz você nunca vai conseguir, ou você acha que quando você fizer qualquer besteira seu irmão vai parar a vida dele, deixando a esposa e os filhos de lado para ser preso e ir a julgamento no seu lugar? pensa Gwendolin, você fazendo isso só demonstra que você é Imatura. Eu e sua mãe já decidimos!---

Aquelas palavras machucavam ainda mais por sentir que fazia mal ao irmão vendo daquela forma, porem o que mais machucava a loira era " seu irmão vai parar a vida dele, deixando a esposa e os filhos" não queria trabalhar com a ideia de se separar de seu gêmeo, na cabeça da menina nasceram juntos e morreriam juntos, assim se aproximou do mais velho e segurou firme a mão dele, estava completamente sem rumo, não sabia o que dizer e pensar em passar um ano sem ter nem como ver o irmão doía a ponto de fazer a menina ficar com os olhos cheios, porem segurava o choro. - Isso não é certo... você não podem me separar do Max... não é justo... -falava com a voz tremula enquanto abaixava a cabeça segurando com força a mão do irmão, enquanto levava a mão que estava livre aos lábios, para assim começar a morder o cantinho da unha demonstrando o nervoso e preocupação que sentia

Gwen sentia a raiva naquelas palavras do irmão e isso quebrava seu coração, detestava ver o mais velho sofrer por qualquer coisa que fosse e pela forma como ele gritava a loira sabia que ele estava tão furioso quanto ela se não mais. Ouvia então a mãe abrir a boca, fazendo se passar pela cabeça da mais nova "fodeu" sabia que aquela mulher nunca tinha nada de bom a falar era uma pau mandada de seu pai, tanto que geralmente não a chamava de mãe a chamava pelo nome.

Seu sangue fervia ao ouvir a mulher falar tais palavras, afinal ela era a maior sem opinião ali, quem precisava crescer era ela, assim quando Gwen foi abrir a boca o lufano tomou suas dores e disse tudo o que a loira queria dizer, tirando um sorriso maligno dos lábios da mesma por um instante. Era engraçado ver aquela dona fazer cara de magoada, uma bela atriz, afinal nunca se importou realmente com os gêmeos, apenas fez tudo o que fez para segurar o marido e só. Se deliciava com a expressão da mãe quando ouvia o tapa que o irmão levava para em seguida voltar seu olhar, agora estupidamente furioso para o mais velho, sentia o corpo estremecer de ódio, tinha que segurar suas mãos que se fechavam para não meter um soco no pai, afinal quem aquele vagabundo era para meter a mão na cara de seu irmão? assim respirava pesado pensando nas formas como desejava socar o mais velho enquanto via o irmão falar e sair. Assim o pai olhava para o lado parecendo decepcionado e suspirava - Onde eu errei - exclamava como se aquilo fosse culpa dos menores, fazendo assim Gwen se aproximar no ódio e dizer - Eu sei onde você errou... e agora você vai me ouvir... quando você casou com uma incompetente como a Rose, quando você decidiu ser pai sem saber se tinha a capacidade para isso, quando você decidiu fazer escolhas estúpidas, tendo uma madame ainda mais estúpida ao seu lado... Quando você desistiu de usar a razão porque ficou sem resposta e decidiu bater na cara de seu filho achando que iria conseguir algum respeito, eu tenho nojo desse tipo de ação... porque...você se iguala a uma criança birrenta do primeiro ano de Hogwarts, que não tem argumentos e mete a mão para achar que manda em alguma coisa... então agora eu pergunto para você pai... quem está sendo infantil aqui? -

Ao ouvir as palavras da loira o mais velho levantava a mão para a garota, mas antes que ele batesse a menina erguia o rosto o olhando nos olhos, seu olhar era cheio de ódio, ele podia sentir o desejo de acabar com a raça dele a distancia mesmo sem olhar para os olhos da garota, afinal ele não tinha ideia da ferida que ele havia tocado em encostar em Max, afinal se existia uma pessoa que a loira amava mais do que tudo era seu gêmeo e se precisasse apanhar por ele apanharia sorrindo. E assim fez, colocou um sorriso no rosto olhando para o pai com ódio e desprezo assim falava - Ah então você precisa me bater para se sentir o dono da casa? vá em frente, mete a mão na minha cara... igual o animal irresponsável que você está se tornando... apesar que não posso comparar você nem a um animal, afinal animais cuidam das suas crias, coisa que você não tem feito né... pois você sabe criticar e dizer que eu não cresci, mas não sabe ver o que está bem embaixo do seu nariz e se preocupar com os seus filhos mais do que você se preocupa com as suas ideinhas que parecem ter saido da cabeça daquela mulher ali - Falava apontando para a mãe - Antes de ir atras do que me importa, do meu único amigo eu já deixo avisado... se vocês me trocarem de escola, vão ter que ir me buscar em Azkaban! - Falava de maneira sádica e com tanta propriedade que era difícil de duvidar daquelas palavas, antes de virava as costas e sair deixando os pais completamente sem reação.

Sentia o sangue ferver mas não podia ser burra, assim se escondia em meio a alguns arbustos e ficava apenas a observar a casa, afinal o que tinha certeza aconteceu, seu pai saiu pela porta a procura da garota, tentaria segui-la sem ser visto para descobrir para onde iriam e talvez continuar a briga, mas por mais que ele procurasse ao redor não encontrava a corvina em lugar nenhum. Assim o Pai voltava para dentro de casa dando a oportunidade da menina sair de dentro dos arbustos enquanto ouvia o mais velho gritar com Rose e corria ainda abaixada e escondida por parte do caminho que daria a casa que haviam encontrado, seu coração dizia que Max havia corrido para lá, afinal só os dois tinham a chave e só os dois conheciam aquele lugar.

Tirava algumas folhas das mechas loiras enquanto se aproximava, assim ficou um tempo parada olhando o local de longe, podendo ver seu irmão ali sozinho sentado no balanço, aquela cena quebrava seu coração, tanto que não conseguia segurar e sentia algumas lagrimas escorrerem de seus olhos, antes de secar o rosto e respirar fundo, tentando fingir que não havia chorado, para assim caminhar até Max e olhar para ele apontando para o lado vago ao lado do mais velho no balanço, tentando fazer graça.

- Eu não comi muito hoje no almoço... posso me sentar aqui com você? -

A garota dava um breve sorriso ao ver ele se ajeitar e logo se sentava ao lado do rapaz, por um breve momento se surpreendia que e aquele balanço aguentasse os dois, afinal eles haviam crescido bastante, Mas isso não era importante. Importante era acalmar o rapaz e tirara a ideia estúpida da mente do pai de separa-los.

Estava realmente nervosa, sentia o estoma revirar conforme sua cabeça tentava pensar em soluções, assim levou a mão até o bolso da jaqueta para procurar seu maço de cigarro, sabia que aquela merda poderia matar um dia, mas com aquilo conseguia ficar calma. Quando finalmente o achava, via o irmão estender a mão para o lado e oferecer a ela o baseado que ele fumava, não tinha tanto costume de usar aquilo, seu vicio maior era o cigarro mesmo, mas estava tão nervosa que pensava "porque não" assim pegou o beck da mão do rapaz e levou aos lábios tragando aquela fumaça enquanto o ouvia falar, segurou ela por um tempinho, mas logo sentiu como se sua garganta coçasse e isso a fez tossir e sorrir com o que o irmão dizia. - Obrigada por sempre cuidar de mim maninho. - Falava de forma doce aproximando o rosto do rosto do irmão, assim dava um beijo apertado na bochecha dele, para em seguida encostar o rosto no ombro do mais velho e tragar novamente devolvendo o beck para ele.

Sua mente estava nas palavras de seu pai, como viveria vendo ele ter toda sua atenção roubada por uma outra mulher e crianças? como viveria sem seu irmão? Gwen já se sentia completamente frustrada de não estar na mesma casa que o Lufano, imagina morar em outra casa e não poder ve-lô sempre... aquilo quebrava seu coração toda vez que pensava sobre, seu pai havia pegado pesado com aquela fala, talvez sem nem saber. - Maninho.... - falou baixinho olhando para o por do sol, queria perguntar para ele se o pai deles tinha razão, como ele imaginava a família dele quando ele arranjasse outra mulher... mas não teve coragem tinha medo de ouvir o que não queria ouvir. Assim ficou alguns segundos em silencio- Aquele otário te machucou muito? -falava virando o rosto para a bochecha do irmão ainda encostada no ombro dele, tentando olhar onde o pai havia batido no rapaz, se sentia péssima pelo fato dele ter apanhado assim por defende-la, não queria que machucassem seu irmão, afinal se existia algo precioso para ela era ele.

Podia ouvir as palavras dele mas sabia que não era qualquer um que tomaria suas dores assim como Max fazia, ele era o melhor irmão do mundo, não o trocaria por nada nem ninguém... seria muito mais fácil Gwen ser trocada do que Max na vida da loira, afinal quando era pequena e as pessoas achavam fofo, Gwen sempre era muito vocal quanto ao que sentia sobre o irmão, mas depois que as pessoas começaram a critica-la a menina se fechou e parou de dizer qualquer coisa sobre esse assunto.

Fechou os olhos sentindo o beijinho no topo da cabeça, para em seguida sentir a mão do garoto acariciar a sua, com isso a menina suspirava, olhando para o horizonte, tentando mais uma vez esconder o que sentia pelo irmão e assim apenas movia a mão para o colo dele fazendo uma caricia leve na coxa do mais velho enquanto olhava para o rapaz. - Menos pior, se ele tivesse te machucado... eu ia ser obrigada a voltar para casa... e dar o tapa que eu me segurei para não dar na cara daquele velho babaca! - Falava irritada, porem sua voz parecia de um desabafo, queria tanto ter batido no pai quando ele bateu em seu irmão. Assim se mantinha olhando para o rosto do irmão, ele era tão bonito... tanto que se perdia naquele momento não vendo ele entregar o baseado de primeira, porem quando percebeu pegou o mesmo e voltou o olhar para o horizonte dando mais uma tragada e soltando.

- Seria uma ótima ideia, acho que conseguiríamos pegar estágio em algum lugar... assim não precisaríamos nos preocupar com nada a não ser.... nós... - Aquela frase seguida daquele abraço do rapaz fez o coração da loira disparar, mas esta tentava voltar as ideias para o lugar, afinal mesmo que morassem juntos... ele era seu irmão e se o que seu pai disse acontecesse, um dia o perderia para alguma menina e esse pensamento realmente doía. Assim se aninhou aos braços do mais velho encostando o rosto no pescoço dele, mantendo a mão sobre a coxa do gêmeo a menina falava baixinho - O que acha de ficarmos uns dias aqui? podemos voltar para casa só para não piorar as coisas, mas começar a ajeitar essa casa para nós... afinal... nós crescemos... não sei se vou precisar de toda aquela coleção de bonecas - ria ao terminar de falar se lembrando que realmente haviam arrumado a casa ao gosto deles, porem ainda tinham varias coisas que gostavam de quando eram pequenos, coisas que as vezes seus pais queriam se desfazer, como no caso de Gwen, suas bonecas e suas pelúcias, mas ela não queria deixar que fossem tirados dela, então escondia ali dizendo que havia dado embora, ou dado para alguma amiguinha.

- ah é que... Talvez fique apertado com todas elas... E bom... Não tem mais nenhuma criança aqui -Falava mostrando a língua para o irmão quando ele apertava seu nariz, se divertia tanto na presença do mais velho que se alguém aparecesse por perto ela nem veria afinal sua atenção era apenas dele. Com isso a menor suspirou, gostava de suas bonecas e das coisas que estavam na casa, mas realmente tinha medo do local ficar apertado com as coisas novas que teriam que trazer, afinal tinha bonecas até no armário da cozinha escondidas.

Aqueles momentos eram o que Gwen chamava de preciosos, poderia viver o resto da vida sentada naquele balanço ao lado do irmão, desta forma aproximava os lábios da bochecha dele dando mais um beijinho, afinal mesmo que ali não fosse onde desejava beijar, ter seus lábios encostando-se à pele do mais velho a fazia se sentir bem.

- Sim podemos, eles nem sabem o que nós temos... Então acho que precisamos dar uma geral no que tem na casa e dar uma ajeitada para caber as coisas novas que precisam vir.... -Falava assim tentando pensar friamente em como fazer aquilo, porem se arrepiava todinha com toque do irmão que a fazia perder completamente a linha de pensamento e se aninhar no rapaz. Como era gostoso sentir o irmão tocar sua pele, fazia seu coração acelerar, queria poder ser muito mais do que apenas a irmã dele, mas todos já haviam deixado bem claro para a garota que isso não poderia acontecer, desde pequena ela ouviu que não poderia ter nada com o mais velho, então apenas guardou o amor que sentia pelo mais velho e se forçava a reprimi-lo sempre que sentia a vontade de expressar ele, como naquele momento. - Pode apagar! -Dizia se aninhando ainda mais nos braços do rapaz, desejando do fundo do coração que um dia pudesse se abrir de verdade para ele e poder contar o que realmente sentia pelo rapaz, sem causar problemas para nenhum dos dois.

A garota sorria ao ouvir as palavras do irmão, mas ao ver ele se queimar segurava a mão dele para assim leva-la aos lábios e dar um beijinho na queimadura dele, para em seguida olhar para o mais velho e falar baixinho - Você deveria parar de se machucar assim maninho... -assim olhava aos olhos do rapaz e voltava a sorrir com o canto do lábio - Claro maninho, me parece uma ideia maravilhosa! -

Assim o via conjurar um pano para que pudessem deitar e um cobertor para se cobrirem, achava tão fofo como ele sempre pensava em tudo, afinal conforme a noite havia caído havia esfriado e Gwen realmente não estava com a roupa mais adequada. - Objeto trouxa? -Falava curiosa pensando no que poderia ser e levava o dedo ao canto do lábio tentando pensar sobre o que ele falava até ele se lembrar do nome - Ah uma ótima ideia!!!! -falava animada, afinal adorava musica. Assim quando o rapaz entrou a menina encostou os pés no chão e moveu um pouco o balanço, era tão estranho ver ele se levantar e entrar em algum lugar sentia falta do irmão ao seu lado.  Assim sua mente voltava a ideia de um dia o irmão ter uma família, esposa e filhos e ela ficar de lado, isso fazia seus olhos se encherem de lagrimas, no final seu pai havia conseguido envenenar seu coração com uma ideia, mas não iria deixar aquele sentimento vencer, assim tirou o maço de cigarro e acendeu um na esperança de acalmar seu coração, enquanto observava o caminho da casa, se lembrava de coisas que passara com o irmão, das brincadeiras, nunca precisaram de ninguém para se divertirem e ser feliz, porque teriam que precisar quando crescessem? Talvez seu pai estivesse enganado e Gwen torcia para isso.

Ouvia a voz do irmão falar sobre a musica e abria um enorme sorriso, afinal sabia no fundo que ele não a abandonaria fácil, mesmo que fossem separados ele pensaria nela, talvez não da mesma maneira - Musica? Hoje você está cheio das ideias boas! -Sorria apagando o restinho do cigarro no cantinho do balanço e guardando a bituca para se livrar depois, assim se aproximou do irmão, o deixando deitar primeiro para depois se sentar ao lado dele, sem demora, para em seguida se deitar com a cabeça no braço do mais velho. Sentia-o abraça-la, assim se aconchegava no único lugar que se sentia realmente protegida, sentindo seu coração acalmar, deixava de observar as estrelas para olhar para o rapaz, falando assim baixinho para disfarçar enquanto virava o rosto para o céu finalmente observando as estrelas. - Eu amo o brilho das estrelas... é tão bonito. -Assim ficava curtindo o som da caixinha até que a musica se aproximava do fim, desta forma a menina pegava sua varinha e apontava para a caixinha colocando uma musica que gostava muito para tocar Arctic Monkeys - Do I Wanna Know?, sem perceber a letra da mesma, apenas sorria e se aconchegava passando a mão pela cintura do irmão, fazendo uma suave caricia enquanto cantava baixinho quase em um sussurro.

- Simmer down and pucker up...I'm sorry to interrupt, it's just I'm constantly on the cusp...Of trying to kiss you....I don't know if you feel the same as I do....But we could be together if you wanted to...Do I wanna know...If this feeling flows both ways?...Sad to see you go...Was sorta hoping that you’d stay...Baby, we both know....That the nights were mainly made....For saying things that you can’t say tomorrow day -

O mundo poderia estar acabando que estaria em paz nos braços do irmão, tanto que já nem se lembrava direito da briga de mais cedo enquanto olhava as “estrelas” afinal olhava mais para o irmão admirando cada traço de seu rosto, como se desejasse guardar aquela silhueta em sua mente e em seu coração o mais detalhado possível e não cansava de olhar para ele.  Tanto que depois que ele respondia ela voltava a olhar para o rosto dele respondendo com a voz suave de forma que quase se confundia com o ambiente, mas falando de seu coração - Realmente, é uma paisagem que deveria dar para ver sempre, tão bela. -Falava do rosto do irmão enquanto ainda o admirava.

Assim quando trocou a musica e começou a cantar baixinho sentia ainda mais longe do mundo, era como se aquele momento fosse deles, e só deles, o mundo havia deixado de existir por aquele momento que parecia durar por muito mais tempo do que realmente durava, mas ainda sim não tempo bastante para ser o suficiente. Chegava a sorrir ao perceber ele bater o pé no chão curtindo a musica que ela havia colocado, mas aos poucos se arrependia de tela colocado, falava tanto sobre si e o que sentia, era quase como se abrisse para ele por uma musica, mas ele, por sorte, parecia não perceber, o que deixou o coração da loira mais calmo, afinal não podia dividir a dor que sentia em ter nascido irmã de sua alma gêmea com ele, era crueldade dizer para ele que o amava mesmo sabendo que todos seriam contra, achava que ele só iria carregar essa culpa para o resto da vida.

Assim tentou deixar a mente limpa novamente ouvindo a próxima musica, até que ainda aconchegada, a menina aos poucos fechava os olhos, parecia brigar com o sono, afinal se sentia tão protegida e tão aconchegada aos braços do mais velho, que o corpo relaxava mesmo com o frio que sentia pegar em suas costas que haviam se descoberto sem ela nem perceber. Estava quase pegando no sono ali no chão mesmo quando ouvia as palavras do rapaz - hã? Dormir? Acho que eu preciso um pouquinho... -Falava bocejando em seguida, assim se levantava, olhando para o mais velho se espreguiçava, em seu rosto tinha a marquinha do pano da camisa do rapaz que havia dobrado enquanto dela se deitou aos braços do mais velho, assim o seguia para dentro de casa, abrindo um enorme e sonado sorriso, se lembrava daquele lugar exatamente daquele jeito, era tão bom finalmente voltar para casa, afinal aquele era seu verdadeiro lar, onde tinha seu irmão consigo.  - Ok, eu te espero! -Assim caminhava pelo local olhando ao redor rapidamente, seu sono não a deixava prestar atenção em nada, enquanto ele saia, a loira se aproximou do sofá, se sentando no mesmo e se cobrindo com o cobertor, podia sentir o perfume do irmão e assim aos poucos foi pegando no sono.

Não sabia quanto tempo havia dormido quando sentia os braços de seu irmão segura-la, na verdade não sabia se era real ou um sonho, assim apenas sorria de olhos fechados enquanto era carregada até a cama, meio acordada meio dormindo.  Logo o corpo mole da garota tocava a cama e era coberto, a fazendo abrir um pouco de um dos olhos, mas não conseguia enxergar direito, assim apenas via um borrão se aproximar e sentia um beijo em sua testa, para em seguida mover os dois braços o abraçando enquanto falava enrolado - voe...fica.... Meu... -para em seguida forçar o abraço para puxa-lo para a cama com ela.

A garota sorria mesmo que adormecida, provavelmente não se lembraria de ter chamado o irmão para dormir com ela e se ela se lembrasse pensaria que era apenas mais um de seus sonhos apaixonados e não a realidade. Por mais que tivesse sonhos intensos que a fazia se mover na cama e bater em que estivesse perto durante a noite, após sentir o calor do corpo do irmão e o carinho em seus cabelos, a menina ficou quietinha naquela posição, apenas sentindo as caricias que se transformavam em um sonho um tanto romântico demais, tanto que preferia morrer do que falar sobre ele, mas não demorava para se aconchegar no rapaz quando sentia ele abraça-la, assim colava seu corpo no do mais velho se encaixando nele.

Assim a noite passava e aos poucos o dia ia raiando, finos rastros de luz invadiam o quarto pela janela, que estava sem cortina, afinal quase nunca podiam dormir ali, só podiam mesmo, quando pequenos, fugir para o local para brincar. Virava-se assim em busca ao abrigo da luz se virando de frente para o irmão e se aconchegando, ficava assim com o rosto na frente do dele e entrelaçava a perna na perna do rapaz, enquanto o observava por um curto período de tempo, estava tão sonada que não sabia se o que via era sonho ou realidade, então tentou pensar um pouquinho, mas nada fazia sentido naquilo que parecia para a loira um sonho, daqueles bem reais, assim aproximou os lábios dos lábios do mais velho, sentia que deveria acorda-lo, mas não sabia o porquê, assim roubava um selinho demorado, para em seguida sussurrar nos lábios dele  - Bom dia meu amor... -Com isso voltava a colar os lábios nos lábios do mais velho, ao perceber que ele havia despertado, nada como acordar quem se ama com um belo beijo de bom dia, assim aos poucos abrir os lábios dele com os dela, para assim começar a beija-lo de forma carinhosa e cheia de amor, levando a destra para a cintura do maior, pela primeira vez podia sentir a sensação e o sabor dos lábios do mais velho, eram tão deliciosos, deixou sua língua se entrelaçar com a dele, parecendo natural o movimento, por mais que fosse um tanto atrapalhado, afinal havia feito isso muito em seus sonhos e apenas neles.

Ainda acreditava que aquele beijo fazia parte daquele sonho gostoso, tanto que no fundo se sentia triste em ter que acordar dele, afinal os lábios do mais velho eram tão macios, tão deliciosos, quentinhos, lhe proporcionavam uma sensação tão boa que fazia a menina pensar como aquele sonho poderia ser tão detalhado em sensações desconhecidas, sentia a mão dele em seu ombro enquanto discutia consigo mesma sem parar de beijar o rapaz, quando sentiu o corpo dele subir sobre o dela, assim despertando por completo. Os lábios da menina pareciam congelar por um instante, seu corpo se arrepiava todo e estremecia inteiro, seu coração se acelerava e sua língua voltava a acariciar a do mais velho, até sentir que perdia o fôlego, estava em choque com o que havia feito e não tinha ideia de como olharia para o mais velho depois daquilo, só ai que percebia a mão dele em sua coxa, o que a fazia pensar se ele também estava apenas em um sonho louco como ela, se ele havia gostado do que ela havia feito ou se ele gostava dela da mesma forma que ela.

Conforme afastava os lábios lentamente dos lábios do rapaz a menina abria os olhos, não tinha coragem de olhar para ele, estava completamente sem graça e confusa com o que ele poderia pensar dela, assim desviava o olhar para o lado e falava baixinho  - Desculpa maninho, eu acho que me deixei levar nos meus sonhos de infância... Eu.... Eu... -Não sabia como continuar a frase, afinal falar que não deveria ter feito aquilo seria errado, falar que aquilo era errado seria ainda mais errado, afinal seu coração era dele desde pequena. Esses pensamentos a faziam ficar perdida até que um deles fez seus olhos começarem a se encher de lagrimas, mas ela não as deixava escorrer, não na frente dele, afinal sabia que ele tinha todo o direito de ficar bravo e irritado com aquilo, que ele podia até deixar de ser tão próximo dela, afinal como ele podia confiar na irmã se ela poderia lhe roubar um beijo ao despertar. Isso apenas fazia as palavras travarem em sua garganta, se nesse tempo rápido de pensamento ele falasse algo ela provavelmente não o ouviria, assim ela separava os lábios para tentar se explicar, mas apenas conseguia falar baixinho com a voz tremula.  - Eu... Me desculpa... Não se afaste de mim por isso por favor, eu imploro! -Assim a loira apertava as mãos na blusa do rapaz e escondia seu rosto no peitoral dele, não iria chorar na frente do mais velho, mas não tinha ideia de como iria viver se ele estivesse bravo e decidisse se afastar dela.

Ver o irmão sentar na cama apenas a deixava ainda mais desesperada, para a loira aquilo era a certeza que tinha feito merda, sentia o coração apertar ainda mais com aquele olhar confuso, havia jogado seu problema nas costas dele também, se sentia uma péssima irmã por conta daquele momento, queria chorar por achar que tinha afastado a única pessoa que realmente era importante para ela.

Ao segurar a blusa do mais velho e implorar por desculpas ele voltou a se deitar, assim deixando com que a corvina se escondesse em seu peitoral, não tinha cara para olhar para ele, estava com vergonha e se sentindo culpada, então sentia o rapaz se mover e com isso abaixou o rosto, mas logo sentia o rapaz tocar seu rosto e fazer com que Gwen o olhasse, estava tão sem jeito que tentava achar uma forma de se esconder por mais que fosse impossível.

-Eu sei maninho mas... Pera? Oque? Você...go...gostou? -Começava a falar como se ouvisse ele dizer que aquilo era errado, porem no final percebia que ele havia falado de outra coisa, sentia seu coração perder uma batida, seu estomago tinha o zoo inteirinho porque borboletas eram pouco para descrever aquele momento, estava feliz acima de qualquer coisa em ter ouvido aquelas palavras, assim respirava fundo e roçava o nariz no dele tentando entender aquele momento, todo mundo sempre a fez parecer um monstro por amar o irmão, mas nunca havia pensado que esse sentimento pudesse ser retribuído daquela forma.  Assim a loira respirou fundo para dizer algo, mas desistiu ao ter os lábios tocados pelos dele, sentia seu corpo estremecer todinho de ansiedade e nervoso, seu coração estava acelerado, mas retribuía o beijo, com todo o amor e carinho que podia, tentando passar o que sentia em seu coração, mesmo assim as lagrimas de seus olhos escorriam lentamente por suas bochechas, mas desta vez não era por medo, receio ou remorso, mas sim por felicidade, afinal aquele momento era um sonho que finalmente se tornava realidade. Assim sentindo o carinho dele e de forma completamente tímida de inicio, a menina colocava ambas as mãos ao redor da cintura do mais velho para puxa-lo para mais perto, colando seu corpo ao dele sem perder o foco no beijo.

Gwen também não tinha a menor ideia se estava beijando bem ou não, afinal ela amava o irmão e nunca teve espaço em seu coração para outra pessoa, porem para ela aquele beijo era realmente incrível, finalmente entendia como a Cinderela se sentia após finalmente poder sentir os lábios de seu príncipe encantado depois de tanto tempo esperando que ele a reencontrasse. Sentia o carinho e o amor dele naquele beijo, assim como adorava a forma como ele agarrava firme em seus cabelos, a fazia sentir como se estivessem juntos desde sempre, parecia tão claro como aquilo era certo, bom pelo menos por agora.

Sentia então o mais velho se arrumar sobre ela, ficando entre suas pernas enquanto não desgrudavam seus lábios, deixando suas línguas dançarem aquela musica que estavam aprendendo, juntas, porem em sincronia, fazia tantos anos que desejava aqueles lábios que realmente não cogitava de separar os lábios dos de Max, nunca mais se fosse possível, afinal finalmente sentia seu coração completo, por mais que o nervosismo de estar beijando o homem de sua vida ainda tomasse seu corpo e seu coração, queria agrada-lo ao máximo. Assim ficou agarrada no irmão, tentando dar o melhor de si naquele beijo, quando sentia seu celular vibrar, mas a loira o ignorava. -Quando você quiser meu príncipe encantado. -respondia levando uma das mãos ao rosto dele e a outra mantendo na cintura do mais velho, fazendo uma suave caricia para em seguida sussurrar -eu te amo muito, maninho. -

Assim quando tinha os lábios do irmão de volta colados aos seus seu celular começava a notificar, talvez estivesse sem sinal durante a noite e todas as mensagens chegavam uma por uma enquanto a menor estava com o irmão aos beijos. Assim colocou a destra no bolso e tirou o aparelho o jogando para trás sobre uma mesa de madeira que o fazia agora fazer barulho ao vibrar, porem todo aquele vibra aos poucos a trazia de volta para a realidade da noite passada, sentiu seu coração apunhalado pelo que vinha em sua mente e desta forma intensificou aquele beijo, por um tempinho, até separar seus lábios dos lábios do irmão e falar baixinho. -Duvida da luz dos astros, De que o sol tenha calor, Duvida até da verdade, Mas confia em meu amor - após recitar o poema, levava a destra ao rosto do irmão e assim olhava para os olhos dele de forma um tanto triste. -Maninho... por mais que me doa dizer....Como diria a Cinderela acho que é nossa hora de virar abóbora... afinal ficamos a noite toda longe daquela casa e por mais que eu queira ficar aqui com você e esquecer que o mundo la fora existiu um dia, nos ainda precisamos resolver o problema de Beaux...e para o meu celular ta vibrando desta forma, aqueles dois estão nos procurando desesperadamente. -assim a loira suspirava pesado, o olhando de forma triste, podia sentir o peso que seria trocar de escola e ficar um ano longe do irmão, desta forma o abraço, não queria também voltar para casa, ainda mais agora que poderiam curtir aquele momento que era deles, juntos. Assim dizia - O que acha de depois falarmos que vamos visitar amigos e vir passar uns dias aqui... Só eu e você? Por que... Agora mais do que nunca eu não iria suportar ficar tão longe de ti--