E se tudo desse errado e as coisas não acontecem como havíamos planejado? Desviava meus olhares à Rizzi sempre que a ansiedade se tornava mais intensa, como se meu coração procurasse sair de meu corpom. Por outro lado, meu irmão parecia calmo, deveria ter pensado em todos os possíveis erros e como os consertaria. Athos vinha logo atrás, uma tranquilidade incontornável parecia parear sobre sua cabeça. Ela sabia o que aconteceria. Acho que sabia.

Chegamos a Godric's Hollow e chegamos à verdade. — Athos, sabemos o que você fez, nós vimos. — Proferi com o último resquício de confiança que poderia haver em mim. Estava em pé, em frente ao garoto loiro que havia tentado matar uma menina. Rizzi se posocionara atrás dele, para que pudesse me proteger caso a situação saísse de controle. Sim, o loiro era mais novo e mrnos experiente, mas parecia diferente desde o ocorrido, não peceria o Athos que todos estavam acostumados. Uma pele de Athos. Uma camada superficial, uma roupa, sendo usada por algo que só conseguia transparecer a maldade.

— Rizz e eu já conversamos, decidimos que vamos guardar seu segredo, mas você não pode mais chegar perto daquela menina. — Não conseguia me impedir de desviar o olhar à Rizzinsky, aquela se tornada uma função quase automática. Infelizmente, meu irmão era um homem de projetos, eu seria o encarregado das ações. Estar na mira de um sociopata não me agradava muito, fugir de casa também não, nunca mais faria isso novamente se algo me acontecesse.

Eu não sou um rebelde e não sou aquele que irá chantagear alguém para conseguir alcançar meu objetivo.

Estranhamente, Rizzinsky me explicara que isso poderia acontecer, pois Athos se sentiria encurralado quando o confrontássemos, ou seria o mais provável. Embora estar naquela situação fizesse meu sangue congelar, procurei manter a calma. Nós éramos uma dupla e tínhamos pensado  em tudo. Athos não conseguiria fugir, até por quê, não era Athos. Desde sempre, precisávamos lidar com a outra personalidade de nosso primo e não poderíamos culpá-lo por coisas que ele nem lembrava ter feito. Rizzi e eu, além de Keegan e Martín, éramos os únicos a saber. Descobrimos por conta de um incidente, provavelmente causado por mim, que quase custou a vida de Rizzi. Athos tomava remédios quando era mais jovem, mas agora não sabíamos como controlar pelo que houve na festa.


Durmstrang estava em Hogwarts, Alaska era uma lufana primeiranista, Athos era segundanista, Rizzi e eu queríamos testar a poção polissuco. Nós três decidimos que seria ótima ideia beber e conversar na comunal da Lufa-Lufa após o toque de recolher, afinal, o que poderia dar errado? Alaska era amiga de Athos, e aparentemente eles se gostavam. Insisti para que eles conversassem durante a noite. Por volta dàs 2:00 da manhã, já estava bêbado demais para raciocinar perfeitamente e, mesmo que Rizzinsky tenha insistido veementemente não ser uma boa opção colocar os remédios de Athos num copo de whisky, assim o fiz. O esperado aconteceu. Athos desmaiou por um tempo e quando voltou não estava mais em si. Ele atacou Alaska e nós precisávamos impedir o mais rápido possível. A noite não acabou do jeito que planejávamos e nada poderíamos fazer até que chegasse as férias. Após o ocorrido, soubemos que Athos teve ataques mais frequentes de amnésia e surtos mais violentos.


Coloquei minhas mãos nos pulsos de Athos, procurando afastá-lo de mim. Necessitava respirar e sabia que não conseguiria se fosse esperar para que Athos recobrasse sua consciência. Tentei desviar meu olhar para meu irmão, procurando desesperadamente mandar-lhe o sinal de que estava na hora de agir. Athos estava desarmado, eu também. Não poderia dizer o mesmo de Rizzi. Segurei o jovem loiro com a força que ainda me restava e senti suas mãos afrouxarem em meu pescoço. Cuspi em seu rosto, fazendo-o se distrair e me largar. O empurrei para trás, vendo-o cair no chão, como o esperado. — Diga adeus, seu maníaco infeliz. — Pronunciei-me ao andar na direção do lufano e colocar meu pé sobre seu peite, pressionando contra sua caixa toráxica.