[RP FECHADA] The Beauty of the Moon

Data de inscrição : 22/02/2019

The Beauty of the Moon

rp fechada | clara hardy & octavio clearwater

Por detrás das montanhas, é possível ver os restantes raios de sol que iluminam os céus. E, por detrás de Hogwarts, a lua cheia impõe-se poderosa, refletindo a sua luz por quase todo o lago. A brisa fria sopra pelo local, trazendo não só o frio como uma melodia suave das folhas de outono embatendo umas nas outras.

「R」

Data de inscrição : 22/02/2019

no alarms and no surprises

Clara adorava a calma que o lago negro lhe proporcionava. Raramente via alguém ali e, por isso, podia tirar um tempo para não ser só a Clara Hardy engraçada e desastrada que todo mundo conhecia. Ela poderia ser um pouco mais do que isso.

As pequenas ondas batiam levemente nos dedos dos pés da jovem, que passeava descalça pela areia grossa das margens daquele lugar, com os olhos azuis vidrados nos restos de por-do-sol que se via no horizonte. Um sentimento de melancolia a atingiu naquele momento, enquanto via o dourado do dia desaparecer rapidamente por detrás das montanhas e soltou um suspiro.

Uma onda mais forte a fez olhar para o lago novamente e pode contemplar a beleza do reflexo da lua, que se estendia poderosa por cima da escola. Clara deixou escapar um sorriso. A lua sempre a deixava mais calma, como se a simples presença daquele astro fosse capaz de tirar toda a ansiedade de um dia de escola.

Então, ouviu um barulho que a assustou, fazendo-a soltar um gritinho. Rapidamente virou-se para trás, apenas para encarar o absoluto nada. Não era novidade que Clara era uma pessoa extremamente assustadiça. Recuou um pouco para dentro do lago, até que a água gelada batesse em seus joelhos.

Alguns segundos depois, viu um jovem alto sair de dentro da mata que cercava o lago. Engoliu em seco quando viu a cara confusa do recém-chegado ao ver uma lufana aleatória, dentro do lago, olhando para ele com completo terror.

Uma pessoa normal, teria ignorado a chegada e seguido a sua vida. Talvez tivesse pego as suas coisas e dado o fora dali e rezado para nunca mais se cruzar com aquela pessoa. Mas bem, estávamos falando de Clara Rose Hardy.

— Oi! — Disse, rasgando um sorriso e saindo em passos lentos da água. — Ufa, você não sabe o quanto me assustou. Pensei que estivesse vindo alguém me matar. Quer dizer, você está aqui para me matar? Se estiver, devo avisar que eu corro, e muito.

Data de inscrição : 14/12/2017

@Clara but the moon know my secrets "Nas noites de lua cheia, fique longe das janelas e não ouse sair de dentro do castelo... caso contrário, a sua metade bruxa será hipnotizada." E mais uma vez eu contrariava os conselhos da minha mãe super protetora, a minha curiosidade me transformava em uma criança imprudente e sem medo algum das consequências dos seus atos. Digo, quais problemas a lua cheia seria capaz de causar? Eu com certeza não me transformaria em uma serpente marinha ou coisa do gênero - o que seria muito interessante, confesso.

Eu me lembrava de algumas histórias contadas pela minha mãe, aparentemente transmitidas entre as gerações da sua família para alertar os mais jovens - e, segunda uma delas, minha tia tataravó se deixou levar pela lua cheia e desapareceu no mar, sem deixar rastro algum. Entretanto, os relatos que deviam me assustar apenas serviam como um incentivo para compreender melhor o que acontecia, tanto bruxos quanto trouxas sabiam das propriedades mágicas dos raios lunares para poções, celebrações ou rituais, mas ninguém havia documentado nada a respeito da influência da lua sobre o comportamento de criaturas mágicas, e eu seria o primeiro!

Consultei os mapas celestes da torre de Astronomia e anotei todas as datas do calendário lunar, estava decidido a colocar o meu plano em prática o quanto antes. A semana se arrastou e a minha ansiedade me consumia feito um lufano faminto, mas o dia finalmente chegou - eu não esperaria pelo jantar, consegui algumas maçãs na cozinha e saí das paredes do castelo enquanto o sol ainda cobria os terrenos de Hogwarts com sua luz alaranjada. Alcancei as proximidades do lago negro rapidamente, não queria ser visto e nem seguido por ninguém, entretanto, a maioria dos alunos não ousava abandonar a proteção do castelo em noites de lua cheia - os lobisomens viviam ocultos na escuridão da floresta proibida e seus uivos apavoravam qualquer um.

Me sentei em uma pedra oculta pela vegetação alta do lago e apenas esperei, enquanto isso as luzes de Hogwarts se acendiam em uma sincronia perfeita. O tempo passou e quando me dei conta a lua já estava alta no céu, meus olhos simplesmente não desgrudavam dela - e eu conseguia sentir algo diferente, como se eu estivesse sendo dividido em dois. Meus sentidos ficaram desnorteados e meu lado "racional" parecia estar perdendo espaço para um outro Octavio - que desejava intensamente mergulhar nas águas sombrias do lago, respirei fundo e me impulsionei para trás, mas meu corpo parecia confuso sobre o que fazer. Fechei meus olhos e quebrei o contato com o reflexo da lua sobre o espelho de água.

A confusão pareceu diminuir, olhei ao meu redor e percebi que havia tropeçado e caído. Eu me sentia um pouco enjoado, e algo me dizia que a única coisa capaz de me ajudar era a água, me levantei e caminhei com cuidado, tentando evitar a lua. Não consegui voltar para o castelo e me detive em um barranco do lago, sendo observado por uma desconhecida que parecia assustada, ri internamente quando percebi que o responsável pelo seu medo era eu. Ela me encarou momentaneamente, sua voz evidenciava o quanto estava aliada, e supus que a minha também sairia com o mesmo tom, ela não deve ter presenciado o meu pequeno show esquisitão, pensei, tentando forçar uma expressão gentil.

- Aposto que corro mais rápido do que você. Brinquei, ela parecia estar confortável com a situação, retirei a poeira das minhas roupas com as mãos e pulei na areia fofa, sentindo uma pontada de dor no joelho. - Mas o que você faz aqui fora? Já está um pouco tarde, não acha? Soltei as perguntas e senti medo por alguns instantes, e se ela fosse uma lobisomem prestes a se transformar? - Digo, todos sabem que é perigoso e todo tipo de coisa caminha por essas terras a noite. Olhei ao redor para ter certeza de que estávamos sozinhos, no fundo eu não sabia o que era pior: estar na companhia de uma desconhecida ou ser atacado por algo ou alguém. - Claro que não sou uma delas, você sabe. Ri nervoso e engoli em seco, ainda existia outra possibilidade ainda pior do que lobisomens ou outras criaturas sanguinárias: o zelador ou os monitores.

MONTY

Data de inscrição : 22/02/2019

no alarms and no surprises

O rapaz saltou na areia a seu lado, fazendo Clara rir. Ele não parecia querer matá-la ou algo do género, na verdade, parecia estar naquele lugar tão pacífico pela mesma razão que ela: paz.

— Estou aqui para ter algum sossego. — Clara admitiu, olhando para as próprias mãos. — E porquê este é o meu lugar favorito em toda a escola, é tão calmo, não acha?

E ouviu-o responder quanto os seus olhos azuis observavam o movimento repetitivo das ondas provocadas pelo vento chegando à costa. Clara achava aquele movimento quase terapêutico, a calmaria das ondas misturada com aquele som relaxante era capaz de tirar a ansiedade até do mais nervoso dos homens. Clara foi até um dos bolsos da sua capa e tirou uma barra de chocolate, a qual se apressou a dividir em dois.

— O meu nome é Clara. — Disse, oferecendo uma das metades de chocolate ao rapaz à sua frente. — É um prazer te conhecer, espero que possamos ser amigos.

Começou a comer a sua parte do chocolate enquanto sorria na direção do seu mais novo amigo. Quando ela finalmente acabou de devorar o chocolate (como a boa lufana que era), olhou na direção do castelo, pensando em como eles os dois estariam fritos caso o zelador ou algum monitor decidisse ir até o Lago naquele momento. Ficar na detenção não era propriamente uma novidade para Clara, que normalmente ficava de castigo uma vez no mês por fazer alguma pegadinha idiota.

— Sim, que rude da minha parte. — Clara disse, rindo baixinho. — Eu nem perguntei o que você estava fazendo aqui. Desculpe, eu realmente sou um pouco avoada as vezes.

Data de inscrição : 14/12/2017

@Clara but the moon know my secrets O carisma da garota era inegável, seu sorriso me contagiou e fiz o mesmo. Encarei a água e contive o desejo de mergulhar até o fundo do lago, o contato do ar com a minha pele tinha se tornado desconfortável, como se o próprio universo tentasse me dizer que meu lugar não era na superfície.

- Também vim pelo mesmo, mas acho que o problema sou eu e não o lugar. Murmurei tentando pensar em outra coisa para me distrair, como a lista enorme de deveres que eu ainda não tinha finalizado. - Ah, sem dúvida alguma, o som da água é pura magia. Sorri com meu comentário, por um momento pude enxergar minha mãe dizendo o mesmo em uma de nossas caminhadas pelas falésias de Moher.

Meu estômago roncou feliz quando o aroma doce do chocolate se misturou a brisa fresca, assenti e quase revirei os olhos de prazer ao ouvir a guloseima sendo partida ao meio. - Muito prazer, Clara, pode me chamar de Oc ou Oct. Mordisquei o chocolate tentando não comer tudo de uma vez. - Octavio é um nome muito pesado, pelo menos eu acho, odeio como tudo no mundo bruxo parece ter, no mínimo, 100 anos.

- Se tiver chocolate para mim todos os dias podemos construir uma bela amizade, te juro. Brinquei, a garota tinha um aura bastante tranquila que me deixava bastante confortável na sua presença, já tinha até esquecido do desconforto de antes. Quando me dei conta já havia terminado com o chocolate.

- Visitar o lago negro no meio da lua cheia parece estranho, eu sei. Sussurrei tentando forçar um olhar sinistro, mas sem muito sucesso. Ponderei durantes instantes, a maioria das pessoas não reagia bem aos mestiços, principalmente os bruxos ocidentais com seus costumes antiquados. - Digamos que eu tenha um probleminha e só esse lugar pode me ajudar com ele. E você? Vi um montinho de gravetos e algas secas em um canto próximo e os peguei, montando uma estrutura piramidal. Puxei minha varinha de um bolso e lancei uma faísca tímida contra a madeira, um fogo baixo e contido se espalhou e agora tínhamos uma fogueira improvisada.

MONTY