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Mensagem por Romeo Ivey Croft Sex Mar 29, 2019 4:44 am

Post's dedicado a Romeo Ivey Croft para o encontro com o Ministro,  Matteo Heikk. Hughes Com a perda de seu filho, o ministro obteve pelo silêncio e ignorou Romeo por algum tempo, até que então, resolveu encontra-lo.

— Local: York: Catedral York Minster - Área Externa.

— Horário: Aproximadamente 23:00 pm

— Clima: O céu limpo, as estrelas podiam ser vistas claramente. A lua em quarto minguante, o que ocasionava uma bela visão.

— Temperatura: Por ser a noite, o frio permanecia no local e potencialmente túnicas vão ser usadas para suportar o frio.



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Romeo Ivey Croft
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Mensagem por Romeo Ivey Croft Sex Mar 29, 2019 6:06 am
Às vezes o homem prefere o sofrimento à paixão
Tag: @Matteo Heikk. Hughes
Local: Catedral.
Todo enluarado e cheio de uma beleza sobretural, Romeo se sentou no último degrau da entrada da catedral com a sua roupa no estilo exótico de ser; uma camisa preta seguido de uma calça moletom cinza, a túnica decaia até quase encostar nos seus pés calçados com um tênis comum de adolescente, havendo uma coloração mesclada de preto a marrom. Ali o vento silenciava a sua mente, a rajada da qual insistia em bagunçar os seus lisos cabelos loiros, deixando-o levemente alterado por conta disso, além de dar uma ênfase em relação ao seu rosto levemente corado por lembrar de certos momentos.  Ao redor só se ouvia o barulho da noite; o que é exatamente isso? Nem ele mesmo sabe se expressar em relação a isso, somente sabe exemplificar que é um som esquisito.

Sua visão era de ruina, pelo menos a frente daquele local havia uma boa quantidade de garrafas, muitas pessoas provavelmente não sabem utilizar o lixo e jogam o seu resíduo por ai. Os olhos do homem estavam mais brilhantes naquela noite, talvez por esperança de rever Matteo e com uma pressão no peito que estava a sentir toda a semana. Problemas cardíacos ou causa naturais de quem está amando. O que Romeo não via eram os pequenos rostos demoníacos, vivos e reais, que espreitavam por trás das paredes daquela igreja. Muitas vidas foram sacrificadas para a catedral ser erguida e o arrepio constante dele era diretamente ligado isso.  

Os adultos pensam que controlam as coisas, porventura de obter dinheiro e fama, isso estraga a mente dos seres humanos e com Romeo não fora diferente. A sua própria revista publicou que Matteo estava saindo com um rapaz mais novo, entretanto ninguém estava ciente de que o citado é o funcionário da mesma.

Todos, absolutamente todos não estavam desconfiados e assim permanecerá por um bom tempo. Eu me sinto um adolescente saindo escondido de casa... Tinha que ser a essa hora, caralho? Reclamou um pouco mentalmente, enquanto recuava os braços para o centro de seu corpo para mantê-los aquecidos com o próprio calor que emanava de sua pele.  

Mas Romeo apenas estava ali, sentado, esfriando o seu glúteo no degrau frio a espera de um homem da qual é apaixonado... Reconhecer que está caidinho por ele não fora fácil e agora com a morte do filho de Matt, o mesmo não soube lidar com tanta informação e sua cabeça se encontrava em um momento de distorção de realidade da qual mergulhou com vontade, ficando até mesmo ignorante em relação ao luto do outro. Quando estava prestes a sumir dali o ministro apareceu, no exato momento em que o loiro se levantou e descendo os degraus, envolvendo-o em um abraço apertado, desferindo um suave beijo na lateral de seu rosto e sussurrando em seu ouvido. — Você veio. — Com um tom doce, o mesmo se afastou um pouco lançando as mãos contra os respectivos bolsos da túnica. Ele me parece um pouco mais magro. Arqueou a sobrancelha em uma forma de tentar demonstrar suspeita e paralisou a sua feição quando soltou um ar mais pesado de sua boca. — Vamos entrar... É um ótimo lugar para desabafar. Além de ser bem quieto.— Disse em um tom baixo enquanto erguia a mão para o outro pegar. — E é melhor do que ficar aqui, no frio. — Resmungou um pouco e subiu os degraus.  

O olhar azul se encontrava já um pouco abatido quando pisou naquele chão da catedral. O interior era, de fato, maravilhoso e possuia infinitos detalhes de ouro, imagens e coisas religiosas. Seu corpo tremeu em uma resposta negativa de permanência, quem estivesse ali, não quer deixar Romeo ficar. — Por que não me ligou antes, Matt... Eu teria ido, nem que fosse no outro lado do mundo. — Até então, o homem estava calmo e sensato com as suas palavras doces e, de fato, saudável. Um pouco submisso, sendo fácil de se magoar.  
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Mensagem por Matteo Heikk. Hughes Sáb Mar 30, 2019 4:16 am

Something Better
Make me Forget.


A dor podia ser menos insuportável que a lembrança e o pensamento, mas ela os acompanhava e tornava tudo pior. Eram como socos em todo o seu corpo, que atravessavam seus ossos e rumavam ao coração, gritando em sua mente que ele não fora capaz de protegê-lo e que o destino sempre, não importa quantos anos passassem, iria tirar alguém que ele amava de seus braços. Leonard se fora e Matteo jamais se perdoaria por permitir aquilo. Ele experimentara a dor de perder a mãe, a dor de perder a esposa e por fim, a de perder um filho, e cada uma delas conseguia ser diferente e arrasadora, da forma mais ruim possível.

Talvez ele estivesse fadado a sofrer perdas.

Fora necessária uma semana inteira para que ele voltasse a sair do quarto. Se mantivera todos os dias trancado ali, chorando baixo, de modo que nenhum dos familiares que batiam incansavelmente na porta do cômodo conseguiam ter a certeza se ele ainda estava li, ou se resolvera acabar com a própria vida. A verdade é que ele pensara, mas o ministro não tinha coragem e nem forças para o suicídio, e o amor que existia pelos outros, que ele sabia que sofreriam, ajudara naquela questão. Mas ainda sim, ele não tinha vontade de levantar da cama e sobrevivia com a aparição de Tibbie, que lhe trazia comida e o ajudava a se manter nutrido em meio a tantas lágrimas.

Na segunda semana ele voltara a aparecer em público. Claro que apenas em casa. O Ministério lhe dera folga, mas mesmo não dando ele sabia que não iria, não teria coragem de encarar ninguém, observar as pessoas esperando por suas ações e decisões quanto a aqueles que atacaram a estação e o trem de Hogwarts, assim como não teria coragem de ouvir o ódio gratuito que provavelmente existiriam na mídia bruxa. Matteo queria apenas abraçar-se ao silêncio e assim permaneceu até Aeryn cansar-se e obrigá-lo a sair de casa. Não fora por maldade, ele entendia o que o irmão queria, mas ainda sim sentia raiva daquilo. Ele queria apenas manter-se em luto, mas o outro Hughes resolvera pegar seu telefone e enviar uma mensagem a Romeo, em seu nome, dizendo-lhe para encontrá-lo.

E Matteo não tinha como simplesmente chegar e falar "Eu não quero te ver, foi meu irmão que digitou.". Até porque acreditava que talvez Romeo pudesse ser uma presença boa, já que sua filha também não queria falar com ele, ou com ninguém.

Ele não se preocupou muito com as roupas que estava vestindo. Manteve-se apenas no senso estético de não sair de pijama, ou de cueca, colocando um sapato simples e uma camisa social, acompanhada de um jeans e se dirigiu ao local marcado. Tivera a certeza que fosse no mundo trouxa, onde as chances de encontrar algum bruxo para falar qualquer coisa ou encará-lo eram menores e ele não teria que se preocupar com nada que não fosse a sua própria dor. E assim, ele aparatou em frente a Catedral, de cabeça baixa. Sentiu os braços lhe envolverem e a voz atingir seu ouvido e soltou um longo suspiro, retribuindo o conforto. Não tivera forças para erguer o olhar e ver como o loiro estava, mas não se preocupava com aquilo, apenas balançara a cabeça fracamente, concordando com o que ele falara e deixando-se ser guiado para o interior da construção.

Eu não estava com vontade... — Começou a partir da pergunta dele, quando ambos já estavam dentro. — ... de ver ninguém. Preferi ficar no meu canto. — Logo após, seus braços envolveram-se no próprio corpo. Era algo que ele vinha fazendo bastante. Não sabia de onde exatamente a sensação de solidão o estava atingindo, mas o ato de abraçar-se melhorava aquilo e se tornara uma mania. A cabeça baixa, o olhar perdido, as pernas trêmulas e os braços envolvendo o corpo magro de quem perdia muitos nutrientes e não os estava recuperando. Nenhum detalhe lhe chamando atenção; Não havia vontade de apreciar o belo. A vida costumava ser a coisa que ele mais prezava, a maior das belezas, mas ele perdera mais uma delas. Como faria, naquela situação? — Sinto muito. — Pediu desculpas. Aquele também sendo um novo costume, onde aquelas palavras pareciam atingir não só quem estivesse ao seu redor - mesmo que sem necessidade -, como também eram uma resposta para o próprio filho.

Um pedido de desculpas por permitir que sua vida fosse tirada daquela maneira.



Matteo Heikk. Hughes
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Mensagem por Romeo Ivey Croft Sáb Mar 30, 2019 5:38 pm
Eu ouço você chamar, mas eu não sei responder.
Tag: @Matteo Heikk. Hughes
Local: Catedral.
—  De qualquer forma eu fiquei feliz em ver a sua mensagem. —  Romeo não sabia lidar com toda a situação que envolvia Matteo, sua feição era de empatia juntamente com o seu coração que palpitava para lhe mostrar que também sentia pena. Mas ele não queria sentir isso, não podia negar que o filho do Ministro, até então chamado de Leonard fora morto brutalmente no trem, principalmente da forma da qual ocorreu, carbonizado. Não podia julga-lo por sofrer já que nunca sentiu isso na sua vida. — Sente muito? — Confuso, apenas arqueou a sobrancelha e se aproximou de Matt até o ponto em que ficou com o seu rosto frente a frente do homem. A sua mão automaticamente fora apoiada no queixo dele erguendo o seu olhar, essa era a única forma de fazê-lo encarar aquilo que estava a sua frente.

— Matteo... Eu... Não sei muito bem o que falar, mas você precisa lidar com isso de uma vez. — Disse em um tom baixo, acariciando a maçã do rosto do outro. Sorriu de uma maneira mais gentil e tentou desferir um selinho em seus lábios, mas o outro acabou desviando. — Ele não vai mais voltar. — Retirou a mão de seu rosto e se afastou um pouco. — Vai ficar lamentando para sempre? — A pergunta foi feita, mas o tom parecia mais uma ofensa. Romeo tentou ao máximo controlar as palavras, mas pelo visto ser de uma revista da qual possui uma reputação não tão boa, estava fazendo-o ser mais rude. — Pelo jeito, sim... — Desviou o olhar e se sentou em um dos bancos, curvou a coluna e entrelaçou ambas os dedos das mãos enquanto pousava o seu braço no banco da frente, sua feição era, de fato, intrigante.  

Romeo nunca perdeu alguém dessa maneira, o mesmo só não conseguia entender que cada pessoa tem um tempo de luto e que isso pode durar até três meses. Sua mente tentou organizar algo para falar, mas o silêncio dominou totalmente o ambiente e o homem soltou um ar mais pesado ao decorrer dos segundos. — Talvez eu saiba como você se sinta, na verdade eu sei que dói lembrar de tudo o que vocês dois passaram antes dele partir... Mas você tem que deixar a vida te levar para outro lugar. — Olhou de relance para o outro e continuou. — Se continuar assim... Leonard não vai partir em paz. —

Ele estava tentando desabafar, pois estava nítido que Matteo não estava 'tankando' isso tudo.  — Lembro que me disse que perdeu a sua esposa... Não posso nem imaginar como é perder quem tu tanto ama, mas... Negar a presença de todos a sua volta vai te fazer ir para um caminho sem volta... Ter me deixado sem notícias por dias... Eu imaginei tanta coisa, Matteo. Só conseguia imaginar acordar e ler no jornal que o ministro tirou a própria vida essa manhã. — Romeo se controlou na hora, sua fala ficou um pouco pesada como se fosse chorar, mas segurou. — E eu nem te conheço a tanto tempo assim e já fiquei me culpando de tanta coisa... A única coisa que fiz foi ir a sua casa, mas sempre falavam que você não queria me ver... E eu acreditei profundamente nisso. Houve uma pausa e disse um pouco tremulo.   Eu...  — Aquela frase, Romeo ia mesmo falar a frase que todo filme clichê diz, mas balançou a cabeça em uma forma negativa e evitou.  — Lamento por ter te tirado do seu refugiu.  —  
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Mensagem por Matteo Heikk. Hughes Dom Mar 31, 2019 5:19 am

Something Better
Make me Forget.


Matteo sempre fora um rei na dramaturgia. Um homem que crescera sendo ensinado nas artes da encenação, de forma que ele conseguisse controlar o modo como seu corpo e fala atuavam diante das pessoas e das câmeras. Uma figura pública como ele precisava daquilo para comandar as multidões e manter a calmaria na tempestade. Mas o seu interior era um furacão, e definitivamente, ele não estava fazendo drama a toa. De todas as encenações de Matteo, nenhuma seria tão real quanto a própria realidade. Seu rosto virou na tentativa dele de beijá-lo, diante das palavras que Romeo escolhera usar para conversar. Ele sabia, mantinha fixo em sua mente que o homem estava ali para vê-lo bem, mas o nervosismo e a tristeza não conseguiam compactuar com as ideias. Era uma luta em sua mente.

Ele ouviu as palavras dele com atenção, mesmo que a cabeça ainda estivesse baixa e ele sentisse o outro se afastar para sentar. Manteve-se parado onde estava, com as mãos no bolso e o olhar perdido, levando alguns minutos para que conseguisse fazer outro movimento. Os olhos se ergueram para ele observar o lugar, uma construção trouxa que conseguia até mesmo se equiparar as belezas do mundo bruxo. Talvez poderia ter sido um lugar em que ele levaria os filhos, mas o tempo não permitira. O destino brincava com a vida de Matteo, e ele odiava aquela brincadeira.

Eu... — Começou, arranhando a garganta com a voz que ainda demonstrava indícios do choro e do cansaço emocional. Respirou fundo, se aproximando lentamente de Romeo e sentando-se ao seu lado, apesar de ainda manter certa distância e não encará-lo. Seus olhos mantiveram-se focados em frente. — Fiz uma promessa a minha mãe que cuidaria dos meus irmãos, quando ela morreu. Vi Aeryn e Rehan crescerem e se tornarem fortes, seres humanos incríveis e sempre acreditei que eu podia fazer o mesmo, com a minha própria família, sabe? — Sua mão seguiu rapidamente aos olhos, onde ele secou as lágrimas. — Quando conheci Karen, eu acreditei que fosse acontecer o mesmo, e a notícia de que ela estava grávida de gêmeos foi uma das minhas maiores felicidades, até ela morrer. E a mesma promessa que eu havia feito antes, eu fiz a ela. Prometi que cuidaria de Leonard e Alaska com a minha vida, Romeo. E eu quebrei a promessa...

Sua mente relembrou as duas noites em que perdera as mulheres de sua vida, e em seguida, do trem pegando fogo e dos restos mortais carbonizados de seu filho, sua sobrinha, e uma aluna do terceiro ano que falecera com eles. As cenas doíam como se ainda estivessem acontecendo.

Eu me sinto um fracassado por isso. Sinto que o destino está brincando comigo, e... — Pela primeira vez, encarou o loiro. — Eu não quero me sentir sozinho, mas parece que eu só perco... Sei que em breve, os Hughes irão se separar e cada um seguirá para criar a própria família e eu vou ficar sem ninguém. Perdi minha mãe, que era a única pessoa que eu tinha, perdi minha esposa e meu filho, e agora minha filha não fala comigo. Eu não quero isso, não sou capaz de lidar com nada sem eles, não aguento viver nessa solidão. — As lágrimas voltaram aos seus olhos e estes foram logo cobertos pelas mãos, usando-as para apoiar a cabeça abaixada. O soluço viera em resposta, indicando o choro pelo desabafo. Ele sentia vergonha pelo modo como estava falando. — Eu não fazia ideia de que você tinha tentado me ver, os últimos dias minha família estava preocupada em tentar me manter alimentado, acho que estavam tentando evitar mais preocupação para a minha cabeça. Você não precisa se lamentar disso. — Tentava controlar a voz, que mantinha-se embargada pelas emoções. — Talvez fosse hora de eu sair do quarto e encarar a realidade.




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Mensagem por Romeo Ivey Croft Seg Abr 01, 2019 5:20 pm
The moment I saw you cry.
Tag: @Matteo Heikk. Hughes
Local: Catedral.
Romeo se manteve quieto ao escutar o outro, afinal, suas palavras naquele momento poderiam machuca-lo de alguma forma, não sendo possível utilizar de uma maneira mais gentil, apenas ouviu tudo antes de abraça-lo fortemente e de apoiar o seu próprio queixo no ombro de Matteo.  Sentiu o cheiro dele e — Matteo... Eu sei que você é forte o bastante para superar isso e que a sua família é a única coisa que te mantém vivo, pelo menos o único motivo de não ter feito nenhuma besteira. — O homem se afastou um pouco e sorriu em uma tentativa de fazê-lo se animar. — Só precisa lembrar que eu estou aqui, beleza? E entendo agora que esteja sofrendo muito com isso... E entendo que passou por muita coisa em pouco tempo. Suspirou e cerrou o olhar, lançando a mão no rosto de Matt, mas de uma forma gentil, acariciando a rala barba que nascia ali. — Mas eu to aqui... E você precisa cuidar melhor de si mesmo. —  

As pessoas tem medo de lembrar os velhos tempos principalmente quando ocorre algo assim, cada aventura que passou com fulano, as risadas, o cheiro, obviamente Matt teria se sacrificado para Leonard não morrer, só que infelizmente o destino quis assim. A vida é dura e todos nós perdemos amigos, familiares, todavia devemos continuar firmes porquê a vida não para. Evitar se perdoar daquilo que não tiveram culpa, pois ninguém vive em um mundo perfeito. — E se a saudade apertar, Matt... Eu vou estar contigo... — Deslizou a mão para segurar a dele e respirou fundo antes de novamente demonstrar um sorriso daqueles de se apaixonar. — Sempre. — Arqueou a sobrancelha e esperou por alguns segundos antes de completar. — Sempre que desejar, claro... Não sou nenhum serial Killer e perseguidor ou outra coisa perigosa... Mas posso ser policial, se quiser. — Brincou, tentando tirar uma risada ou qualquer coisa que pudesse ver o sorriso dele novamente.  

Romeo sentia o seu coração bater mais forte, se ele pudesse traduzir tudo o que o mesmo diz ao pulsar seria mais ou menos uma declaração de amor, mas a todo momento se sentia pressionado em não falar nada para Matteo, afinal, pouco tempo de convivência não o permitia a falar algo tão profundo.  

Remexeu no bolso da túnica obtendo nas mãos uma barra pequena de chocolate e permaneceu encarando-a por um tempo, o sabor da mesma era de chocolate branco com caramelo como recheio. — Não jantei hoje. — Revelou, abrindo calmamente o pacote e mordendo um terço do alimento. Mastigou de uma forma tão educada que nem parecia estar com tanta fome assim e permaneceu olhando ao redor enquanto tentava não fixar o olhar em Matteo, pois sabia que iria ficar com aquela expressão de apaixonado caso olhasse demais. — Quer? — Ofereceu, erguendo a mesma para ele. — É muito bom... E você precisa comer bem, se não, não vai ter energia para as tarefas do trabalho... — Desviando novamente o olhar, começou a observar tudo ao seu redor, o ouro daquele lugar iluminava e refletia toda a luz, muito sofrimento permanecia naquele lugar e Romeo sentia um arrepio enorme em lidar com aquilo.  

— Sabe... Quando eu te beijei pela primeira vez até achei que estivesse sonhando, sabe? E desde então eu não consigo não pensar nisso... Posso estar sendo rude por falar isso em um momento como esse, mas é que eu sinto falta... Aliás, você me deixou impregnado com o seu perfume naquele dia... E sendo sincero? Eu gostei. — Terminando de comer o alimento que estava na sua boca, Romeo passou a língua nos lábios e tentou limpar o bastante para não ficar com algo de chocolate branco ali. — Eu to parecendo um idiota falando essas coisas, eu sei... Infelizmente eu sou assim, não consigo parar de falar. — Contou um dos pequenos segredos de sua vida e respirou fundo. — Mas eu vou ficar quieto... Só preciso que fique perto de mim, me abrace e chore se quiser... Mesmo que isso parta o meu coração, vê-lo triste. Colocou a pequena barra de chocolate ao lado do banco, okay, isso não era nada higiênico, apesar de estar coberta pela embalagem. Chegou mais perto de Matteo e o envolveu em um abraço, afundando o seu rosto no congote do outro e desferiu alguns selinhos naquela região. E disse algo que talvez fosse se arrepender de falar. — Cara... Eu acho que te amo. —


 
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Mensagem por Matteo Heikk. Hughes Qui Abr 04, 2019 4:35 am

Something Better
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Seus olhos se fecharam diante do abraço que recebia. A mente não sabia, mas era aquilo que o corpo precisava nos últimos dias, o conforto de outro corpo que não o julgasse pela sua dor, mas se mostrasse próximo o suficiente para recebê-la e o ajudasse a lidar. As mãos subiram para os lados do loiro, como um toque de agradecimento enquanto a respiração começava a ser controlada. A marca das lágrimas no rosto ainda estava bem marcada, mas esse apenas balançou quando a cabeça concordou com as palavras que haviam sido ditas pelo menor; Nos últimos dias, a última coisa que ele pensava era em seu bem, e nem por um minuto a preocupação se voltara a si próprio.

Seu olhar ergueu para encarar o maior. Hipnotizado poderia ser uma palavra decente para descrever como ele estava diante do brilho intenso dos olhos azuis daquele que envolvia suas mãos com o mesmo carinho que usava em suas ações e palavras. Seu peito inflou e ele sentiu o estômago revirar com tudo aquilo, principalmente a mistura da ansiedade com o turbilhão de sentimentos. O luto, a tristeza e a dor ainda estavam vivos ali, mas a presença de Romeo os controlava, tornava eles menores. Sua mente o fez recordar do que Karen costumava dizer sobre Matteo parecer um personagem de filme, em que o seu drama faria a todo momento existir uma trilha sonora diante do que acontecia. O sorriso daquela mulher existia na saúde e na doença, e prevaleceu em seus últimos segundos, onde enquanto os recém nascidos davam olá ao mundo, ela dizia seu adeus e pedia que o ministro buscasse sua felicidade, agradecendo pelos momentos em que sua risada ecoara. Matteo não costumava acreditar tanto naquelas coisas, mas ter tantos pensamentos sobre sua ex-esposa naquele instante podia significar algo, principalmente diante de Romeo.

Suas bochechas coraram e ele sentiu a vergonha o tomar, forçando-o a novamente manter a cabeça baixa. Os olhos focaram nos dedos entrelaçados, vendo inconscientemente que os seus próprios aos poucos começaram a deslizar pelos do rapaz, como um carinho simples. O silêncio perdurando entre eles, mas somente externamente pois o seu interior gritava o quanto aquilo era algo que ele não podia deixar fugir. Talvez fosse aquela a felicidade que Karen lhe dissera para alcançar, e podia ter sido ela que colocara Romeo em seu caminho. Sendo verdade ou não, Matteo sussurrou um obrigado para a mulher, onde quer que estivesse. Ele adquirira maturidade e principalmente, construíra uma família a partir dela. Se fosse hora de seguir em frente, ele teria orgulho daquilo. E, se também fosse certo, ele esperava que Leonard concordasse que o pai poderia seguir em frente. A dor não seria esquecida fácil; Uma vez derramado, o sangue, ainda mais sangue importante para outras vidas, deixaria marcas eternas, mas seriam manchas, como cicatrizes. Não como sujeira, mas como história, como amor.

Um sangue derramado para que a luta pelo bem de todos se tornasse mais forte e ávida.

Percebeu que estava perdido em sua própria cabeça quando ouviu o questionamento de Romeo, lhe oferecendo a barra. Matteo a encarou, sentindo uma vontade momentânea de rir pela aleatoriedade que aquilo surgira, mas apenas segurou o braço do outro, permitindo que avançasse e desse uma mordida pequena no alimento. O estômago roncou em agradecimento, pois ele mesmo não comera nada o dia inteiro. Deixou que o silêncio permanecesse mais uma vez, até ele ser destruído pelas palavras do outro. O ministro notara a ansiedade dele enquanto tentava secar o rosto molhado pelas lágrimas, como se cada frase fosse dar a ele uma chance de destruí-lo. Sentia que viria algo impactante, e esperava não demonstrar nenhuma surpresa, mas falhara drasticamente pois o que Romeo dissera era a última coisa que ele esperava.

Ele definitivamente parecia apaixonado pelo mais velho, e aquilo também definitivamente não era ruim, pois Matteo já tinha certeza do que sentia. Dias após a primeira vez que se encontraram ele não parara de pensar no loiro e em como ele o prendera em todas as suas ações. — Romeo, eu... — Sua fala fora cortada pelo novo abraço e os beijos que foram estalados em seu pescoço e o fizeram fechar os olhos diante do arrepio que percorreu seu corpo. Seus braços o envolveram, retribuindo a ação enquanto ele acreditava que o momento terminaria por ali, mas o loiro resolvera preparar surpresas para ele.

Os sentimentos entraram em conflito. A surpresa brigando com a ansiedade, a alegria discutindo com a tristeza, a dor se opondo a sair do peito para que as sensações provocadas por aquela declaração tomarem rumo ali. Sem perceber, ele puxou o loiro para mais perto, forçando qualquer espaço livre que ainda existia entre eles enquanto os olhos lacrimejavam mais uma vez. Não era possível que logo após a perda, ele havia ganhado. Não, ele não tinha perdido nada. Leonard não se perdera, ainda estava consigo. E agora, havia Romeo também.

Afastou Romeo de seu pescoço e o deixou mais próximo, colado, a sua boca. Os lábios pedindo que ficassem assim, igualmente ao corpo. A necessidade de se sentir amado tomando conta e agradecendo o que Romeo estava fazendo. Por um momento, um breve momento, pensou se aquilo não era apenas uma tentativa do jornalista de tentar deixá-lo melhor, mas ignorou aquela possibilidade. Mesmo que não o conhecesse tão bem, Matteo conseguia notar mentiras. E a menos que o loiro fosse um ótimo mentiroso, ele acreditou em cada palavra, mesmo com o 'acho' no meio daquilo tudo, e ao final do beijo que perdurou até o limite de sua respiração, ele permitiu que os olhos molhados encarassem o outro e a boca se abrisse para responder.

Eu tenho certeza que amo você.




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