[RP Fechada] Tales of Past

Antonella e Aiken marcaram um encontro em um hotel e ao chegarem no destino se puseram a trabalhar na terapia que ajudaria Zoldyck a lidar com o passado e a maldição. Flashback's ocorriam, relembrando o primeiro encontro de ambos no St. Mungus. A RP é atemporal e fechada aos demais.

TALES OF PAST

"Big bad wolf"

 Um estampido e um farfalhar se pano sendo surrado pelo vendo anunciou que o beco não estava mais vazio. Dele saía uma figura baixa, magra e coberta por uma capa preta que lhe tampava até o rosto e se misturava às sombras da noite. Segundos antes parecia carregar em sua mãe um objetivo comprido e fino, mas este desapareceu em meio ao tecido negro. Andou despercebida em meio aos trouxas por mais dois quarteirões até entrar em um pequeno hotel que se confundia com as demais fachadas. Atravessou o hall simples até alcançar o balcão de madeira com um rapaz que virava lentamente as folhas de um jornal onde as imagens pareciam se mover. — Reserva para Antonella Pellegrini. — Murmurou a menor. — Quarto número 112, tenha uma boa estadia, Senhorita Pellegrini. — Respondeu numa voz sonolenta. Apanhou a chave sobre o balcão e subiu as escadas até o primeiro andar, buscando nas postar o número 112 desgastado e ao entrar no local tirou a capa e a jogou sobre a cama, deixando os cabelos morenos caírem pelas costas e expondo o vestido preto que descia suavemente até os joelhos. Meia-calças presas por uma cinta liga cobriam suas pernas e eram acompanhadas por saltos.

 Um pequeno nó se formava em sua garganta a cada segundo que se passava, se aproximando da hora marcada. Aiken não deveria demorar muito mais a chegar e agora ela se perdia nos pensamentos sobre ele, lembrando-se da primeira vez que o vira.



                             Flashback ON

Antonella segurava uma xícara de café em uma das mãos e um cigarro na outra. A fumava subia em direção ao céu e ela observava a pálida névoa que se dissipava aos poucos conforme o sol nascia. O turno da noite havia sido cansativo e já estava pronta para ir embora, se não tivesse que cumprir mais 4 horas no St. Mungus. Encostada na parede a morena quase vegetava de sono, aguardando as horas se arrastarem lentamente antes de finalmente ser liberada.

— Senhorita? Pode nos ajudar? Um homem chegou desacordado ao Hospital. — A senhora da recepção lhe dirigia a palavra. Minerva era uma mulher na casa dos 60 anos, simpática e engraçada, cuidava de Antonella no hospital desde que chegara, como uma mãe. — Um casal o encontrou nu em um vilarejo próximo. — A mais jovem apagou o cigarro e o jogou no cinzeiro antes de seguir a mulher para dentro, até o paciente. Ele encontrava-se deitado sobre uma maca totalmente despido como previamente avisada — Um pedaço de mal caminho, não? — Riu e cutucou a costela da outra.

— Sinceramente, Minerva! Você não tinha arranjado um namoradinho semana passada? O que houve com ele? De qualquer forma, pode trazer algumas torradas e um café antes de voltar à recepção? — A morena se aproximou do desconhecido e com a varinha apontada para ele, disse: — Enervate! — E aguardou que ele recuperasse a consciência aos poucos, parecendo perdido confuso. — Aguamenti! — O jarro de água encheu-se com o líquido incolor, o qual encheu um copo e posicionou sobre a boca do homem com uma mão, enquanto a outra levantava sua cabeça. — Bom dia, dorminhoco! Parece que teve uma noite difícil, hein. — Disse em tom de riso. — Sou Antonella e você está no St. Mungus. Pode me ajudar a entender como veio parar aqui? — Colocou o copo de volta à mesinha ao lado da cama, deixando-o livre para servir-se se quisesse mais, enquanto isso procurou por vestes do hospital para o paciente e logo as atirou em seu colo. Os braços cruzados, observou-o atentamente enquanto ele se situava.

Minerva voltara com o pedido da médica e espiava pela porta quando foi surpreendida pelo olhar da mais jovem, censurando-a. Ela deixou a bandeja sobre a mesma mesa do lado da cama antes de sair, sem deixar de olhar o desconhecido que agora se trocava, ainda parecendo intimidado.

— Sinta-se a vontade pra comer. É pra você. — As palavras ecoaram como se estivessem muito distantes.

                             Flashback OFF

                             Toc, toc, toc.

A batida despertou Antonella de seus devaneios. Aiken chegara e ela se pôs de pé para atender a porta, tremendo sobre os saltos finos. Olhando pelo olho mágico confirmou que se tratava do homem e então escancarou a porta com um sorriso largo ao ver a figura que a seguia em seus sonhos nas últimas semanas, sentindo uma onda de alívio percorrer seu corpo.— Olá. Espero que não tenha tido problemas para chegar aqui. — Comentou enquanto dava passagem para que ele entrasse. Fechou a porta e o seguiu para o interior do cômodo.— Quer beber algo antes de começarmos? Trouxe uma garrafa de vinho. Imaginei que fosse querer relaxar um pouco antes de... Bom. Você sabe. — Teve as bochechas tingidas de rosa enquanto se enrolava nas palavras, percebendo que parecia estar falando de um encontro romântico, não entre paciente e médica. Para disfarçar a vermelhidão se virou e foi buscar as taças que podia ter feito aparecerem com um gesto de varinha. Serviu-as e entregou uma a Aiken.