[RP FECHADA] – buying

O Beco Diagonal era uma rua pavilhada e inundada de bruxos e bruxas de todos os tipos. Era feita de pedras irregulares, e cercada de lojas de diferentes tamanhos, que se divergiam na cor e nos letreiros que adornavam sua estrutura. E, em meio a esses bruxos, Hope – uma figura diminutiva, de cabelos muito escuros e parcialmente ondulados – atravessava a multidão. Caminhando rudemente e movimentando-se mais do que era realmente necessário. Por obviedade o frio abraçava o corpo bem agasalhado da adolescente, propagando seus sinais pelas feições bonitas que eram modificadas pela queda da temperatura que caracterizava alguns dias do outono. Eram em tais momentos que Hope amaldiçoava as regras escolares que a impedia de utilizar quaisquer magias fora dos terrenos da velha e imponente Hogwarts – ainda que só houvesse vislumbrado o local através de livros.

E, infelizmente para ela, seus pais – um casal composto por um bruxo asiático que pouco se interessava pela comunidade bruxa e uma trouxa francesa – pareciam determinados em passarem longe do beco diagonal. E essa era essa a causa dela estar transitando sozinha pelo Beco Diagonal, com determinada quantidade de galeões pesando no bolso do casaco. Era óbvio que Mori estava ali para realizar compras, mas o grandíssimo fato é que ela havia quebrado a própria varinha em um acidente bastante ridículo, que envolvia correr e cair sobre o objeto mágico. Notavelmente ela havia ocultado as partes vergonhosas da história para qualquer um que lhe questionasse, informando apenas que a varinha estava quebrada, utilizando uma expressão que informava a baixa abertura para perguntas. Resultando que apenas ela tinha total conhecimento do fato – e se envergonhava do mesmo.

Mas a adolescente já havia comprado o necessário que era exigido no primeiro ano anteriormente. Lhe dando um tempo de sobra para… andar pelas ruas do beco diagonal.

E a primeira passada da adolescente foi na Olivaras. O visual da loja era configurado do exato modo que Hope se recordava e o vendedor ainda era o mesmo idoso de cabelos grisalhos e cheios. Seus olhos de imediato se iluminaram, recordando-se de Hope ao que parecia. E conseguir uma nova não foi difícil, já que os modelos semelhantes a antiga varinha pareceram cair bem para a asiática. Lhe fazendo testar poucas varinhas antes de achar a adequada, de qualquer modo ela acabou saindo da loja antes do tempo que havia estipulado, lhe dando uma quantidade de tempo extra absurda. Afinal deveria estar em casa antes das quinze.

Por fim, Hope passou a caminhar em passos lentos, parando de segundo em segundo para observar qualquer coisa nova que viesse a lhe chamar atenção – afinal nunca havia tido a chance de observar o beco de fato quando estava com sua família.

Em um acompanhamento rítmico a tamborilares das unhas no queixo, arqueando as sobrancelhas a cada loja que passava, se perguntando se possuía dinheiro o suficiente para gastar com algum dos artigos das lojas. Acabando por entrar em algumas das lojas casualmente – quase sempre sorrindo em desculpas para os vendedores, já que realmente não pretendia comprar nada. Mas Mori viu-se interessada pela loja de gemialidades, avançando rumo a entrada da loja e facilmente se perdendo em meio a tantos produtos de origem duvidosa. E o único fim de maioria parecia ser o divertimento, fosse provocando pequenas explosões ou modificando cores. Para uma adolescente que nunca havia realmente adentrado no mundo mágico a loja era muitíssimo interessante.

Em determinado momento da análise dos produtos, com um óbvio fascínio no olhar, Hope acabou se questionando o que diabos um feitiços patenteados para devanear faria, honestamente ela não tinha a mínima ideia do que poderiam fazer, já que o conhecimento sobre feitiços que ela possuía era bastante baixa. E ao olhar para os lados percebeu que não estava completamente sozinha na seção de produtos, havia uma garota que parecia possuir a mesma idade e tinha olhos azuis. Hope tinha uma habilidade sociável bastante alta. E com um sorriso no rosto, ela aproximou-se da garota, exclamando: - Desculpe, com licença. Você parece saber mais do que eu sobre as coisas! – Ela movimentou a mão, indicando os produtos, oferecendo uma expressão que indicava estar um pouco perdida, o que era uma completa verdade. – Você saberia para que isso serve? Eu li o fundo e não me parece familiar… E, bem, me chamo Hope, prazer!